Kristina Saltanovic agora e em 1986. Fotos: arquivo da própria e «O Marchador». |
Uma das marchadoras com maior longevidade no mais alto nível competitivo
internacional, Kristina Saltanovic completa hoje 40 anos, idade a que
corresponde uma extensa carreira desportiva com importantes pontos altos.
Nascida em Vílnius, a capital da Lituânia, cedo, em 1986, começou a
dedicar-se à marcha, tomando parte em provas escolares, que lhe proporcionaram
os primeiros contactos desportivos internacionais. Com o desenvolvimento das
capacidades reveladas nessa fase, viria a obter os mínimos de participação nos
mundiais de Sevilha de 1999, onde alcançou o 18.º lugar, uma classificação que
foi melhorando nas presenças seguintes: 14.º lugar em Paris-2003, 12.º lugar em
Helsínquia-2005, 7.º lugar em Berlim-2009 e também 7.º lugar em Daegu-2011. Nos
campeonatos europeus alcançou mais dois sétimos lugares, em Munique-2002 e
Barcelona-2010.
Em 2009 registou na Taça da Europa de Marcha realizada em Metz (França) a
melhor classificação em grandes competições internacionais, ao terminar os 20
km femininos no terceiro lugar, a que correspondeu a primeira e até hoje única
medalha obtida pela Lituânia em grandes eventos de marcha atlética desde que,
em 1990, o país se tornou independente e deixou de fazer parte da União
Soviética.
No entanto, datava já de 3 de Agosto de 2000 o primeiro grande momento de
notoriedade, que adveio da obtenção do recorde mundial de pista dos 20.000 m
marcha, feito conseguido na cidade lituana de Kaunas, com a marca 1.35.23,7 h.
De lá para cá, Kristina Saltanovic registou ainda quatro presenças nos
Jogos Olímpicos (de Sydney-2000 a Londres-2012), três em campeonatos europeus
de atletismo (de Munique-2002 a Barcelona-2010), nove em taças da Europa de
marcha (de Corunha-1996 a Dudince-2013) e dez em taças do mundo de marcha (de
Pequim-1995 a Taicang-2014).
Apesar de já não deter o recorde lituano da distância olímpica dos 20 km
marcha, Kristina Saltanovic permanece como a grande figura da história da
marcha feminina da Lituânia, país cuja nacionalidade manteve sempre, mesmo
depois de, em 2004, ter passado a residir em Portugal.