Rui Durão, o 1.º da direita, e a sua equipa. |
O Marchador – Quem é
Rui Durão?
Rui Durão – 34 anos
de idade, é um docente de Educação Física com mestrado em Treino Desportivo de
Crianças e Jovens, treinador grau 3 (especialização em Meio-fundo e Marcha).
Treinador na Região Autónoma dos Açores (São Miguel) em dois clubes (Clube
Desportivo e Cultural Juventude Ilha Verde; Clube Desportivo Escolar "Os
Fuseiros"), pertencente ao gabinete técnico da Associação de Atletismo de
São Miguel e ao Centro de Formação de Atletismo dos Açores e colaborador da
Federação Portuguesa de Atletismo no setor de Marcha.
OM
– Em que contexto surgiu a possibilidade de orientar jovens marchadores?
RD – A possibilidade
de orientar jovens marchadores deveu-se essencialmente à necessidade de
colmatar uma lacuna regional nesse setor, especificamente para o Campeonato
Nacional Olímpico Jovem. Na altura era treinador grau 1 e as noções eram muito
vagas. Serviram-me de base os treinos e exercícios que tive oportunidade de
acompanhar como atleta e que via fazer ao nosso prestigiado atleta de marcha, Pedro
Martins.
OM
– Quais os atletas que treina e as potencialidades dos mesmos?
RD – Os atletas
marchadores que treino neste momento são:
- Marco Amaral, Pedro
Amaral, Bianca Amaral, Frederico Medeiros, Luís Raposo, Bárbara Duarte - Com
enquadramento Nacional;
- Francisco Pereira, Ema
Tavares, Francisca Queirós, Maria Medeiros, Luís Feleja - com enquadramento
Regional/Ilha.
Destacam-se os
atletas Marco Amaral e Pedro Amaral que aspiram medalhas nacionais.
OM
– Qual a sua opinião sobre a disciplina nos Açores, no momento atual?
RD – Ao longo dos
últimos dez anos, assistimos a um aumento de praticantes marchadores.
Simultaneamente a qualidade destes praticantes tem apresentado uma forte
expressão tanto ao nível regional (com a melhoria de alguns recordes
regionais), como nacional (com medalhas nacionais). A maioria concentra-se na
ilha de São Miguel, aparecendo pontualmente alguns praticantes na ilha
Terceira.
OM
– Que haveria a fazer para o incremento do número de praticantes?
RD – Muito trabalho
já está a ser feito e o seu resultado é o aumento de praticantes. No entanto, a
sensibilização de treinadores e atletas, bem como formações de juízes de marcha
poderiam aumentar exponencialmente tanto o número de praticantes, como a sua
qualidade.
OM
- O que pensa da situação da marcha atlética no país?
RD – Penso que esta
disciplina tem apresentado resultados no quadro internacional, relembro o
bronze conquistado pela equipa feminina nos 20 Km, na Taça do Mundo de Marcha.
Estas excelentes prestações ajudam em grande parte na "publicidade"
da disciplina. Por outro lado, vemos antigos atletas a dinamizarem e a darem
apoio na prática da disciplina. De referir que o blogue "O Marchador"
é uma mais valia tanto no acompanhamento da marcha nacional como internacional.
No entanto, sou da opinião que muito ainda se pode fazer.
OM
– Que projetos tem em mente?
RD - Conjuntamente
com os atletas e clubes que represento, tenciono aumentar o número de
praticantes e ajudar a melhorar as prestações dos demais de forma a atingirem
os nossos objetivos. Objetivos estes que passam pelos mínimos regionais e
nacionais, alcançar recordes regionais e chegar às medalhas regionais e
nacionais.