A italiana Federica Curiazzi e os espanhóis Marc Tur (2.º) e Álvaro Martín (1.º). Fotos: fb Atleti per Caso e Begoña Luis Pérez. Montagem: O Marchador |
Numa jornada marcada pela grande intensidade do calor, com temperatura bem
acima de 30ºC, foram bem distintas as provas que permitiram a Álvaro Martín e
Federica Curiazzi sagrarem-se campeões mediterrânicos de marcha em sub 23,
sábado, em Aubagne, no Sul de França. Para o espanhol, a tarefa foi bem mais
difícil, com forte oposição de vários colegas de prova. Terminaria os 10 mil
metros em 42.50,87 m, pouco mais que um segundo melhor que o compatriota Marc
Tur (42.52,19), com o italiano Francesco Fortunato a fechar o pódio, com
42.54,52 m. Para a italiana, a prova foi uma espécie de contra-relógio
individual na mesma distância, cumprida em 46.33,33 m, um novo máximo pessoal,
que não permitiu à francesa Émilie Tissot (47.16,80) e à espanhola Amanda Cano
(48.19,41) melhor que os segundo e terceiro postos, respectivamente.
A competição masculina foi sempre mais equilibrada, com um considerável
grupo na frente e pouca distância a separar os demais concorrentes. Miguel
Carvalho, o único português em prova, terminaria no oitavo lugar, com 43.58,66
m, marca que não pode ser desvalorizada, levadas em consideração as condições
atmosféricas.
Nos femininos, com Curiazzi bem destacada à procura de novo recorde
pessoal, a luta era desenvolvida mais atrás, com Émilie Tissot e Amanda Cano a
digladiarem-se pela medalha de prata. Muitas vezes prejudicada pela
impossibilidade de garantir a completa extensão e evitar faltas por flexão, a
francesa conseguiu desta vez terminar a prova, apesar de ter recebido duas
notas de desclassificação que causaram susto. Mesmo assim, Tissot conseguiu em
grande risco garantir o segundo lugar, depois de se destacar de forma clara da
espanhola. Um bom prémio para a atleta francesa, impossibilitada de treinar-se
durante várias semanas, devido aos estudos de fisioterapia que desenvolve na
Alemanha.
Não muito longe mas já fora do pódio terminaria outra representante de
Espanha, Mar Juárez (48.37,92), seguida da primeira portuguesa, Filipa
Ferreira, cuja marca de 49.01,17 m, não sendo a melhor pessoal, é ainda assim
consequência de um excelente desempenho individual. Nádia Cancela, com 50.06,27
m, foi sétima e Vitória Oliveira, na primeira internacionalização, terá sido
quem mais se ressentiu do calor, terminando no 10.º lugar, com 51.55,71 m. Para
a marchadora da Juventude Vidigalense, melhores dias virão, certamente! Pelo
menos, mais frescos.
Classificações:
10.000 metros masculinos
1.º, Álvaro Martín, 1994
(Espanha), 42.50,87
2.º, Marc Tur, 1994
(Espanha), 42.52,19
3.º, Francesco
Fortunato, 1994 (Itália), 42.54,52
4.º, Muratcan Karapinar,
1996 (Turquia), 43.03,74
5.º, Francisco Duran,
1993 (Espanha), 43.12,09
6.º, Leonardo Dei Tos,
1992 (Itália), 43.16,83
7.º, Vito Minei, 1994
(Itália), 43.34,45
8.º, Miguel Carvalho,
1994 (Portugal), 43.58,66
9.º, Hugo Andrieu, 1992
(França), 44.48,82
10.º, Aurelien Quinion,
1993 (França), 46.19,00
Desclassificado: Sahin
Senocuncu (Turquia).
10.000 metros femininos
1.ª, Federica Curiazzi,
1992 (Itália), 46.33,33
2.ª, Émilie Tissot, 1993
(França), 47.16,80
3.ª, Amanda Cano, 1994
(Espanha), 48.19,41
4.ª, Mar Juárez, 1993
(Espanha), 48.37,92
5.ª, Filipa Ferreira,
1994 (Portugal), 49.01,17
6.ª, María Larios, 1992
(Espanha), 50.03,09
7.ª, Nádia Cancela, 1993
(Portugal), 50.06,27
8.ª, Maria Vittoria
Becchetti, 1994 (Itália), 50.20,73
9.ª, Inès Pastorino,
1992 (França), 51.14,53
10.ª, Vitória Oliveira,
1992 (Portugal), 51.55,71
Desistentes: Chahinez
Nasri, 1996 (Tunísia), Anna Clemente, 1994 (Itália) e Derya Karakurt, 1996
(Turquia).