segunda-feira, 16 de junho de 2014

Martín e Curiazzi vencem marcha nos mediterrânicos de sub-23

A italiana Federica Curiazzi e os espanhóis Marc Tur
(2.º) e Álvaro Martín (1.º). Fotos: fb Atleti per Caso e
Begoña Luis Pérez. Montagem: O Marchador
Numa jornada marcada pela grande intensidade do calor, com temperatura bem acima de 30ºC, foram bem distintas as provas que permitiram a Álvaro Martín e Federica Curiazzi sagrarem-se campeões mediterrânicos de marcha em sub 23, sábado, em Aubagne, no Sul de França. Para o espanhol, a tarefa foi bem mais difícil, com forte oposição de vários colegas de prova. Terminaria os 10 mil metros em 42.50,87 m, pouco mais que um segundo melhor que o compatriota Marc Tur (42.52,19), com o italiano Francesco Fortunato a fechar o pódio, com 42.54,52 m. Para a italiana, a prova foi uma espécie de contra-relógio individual na mesma distância, cumprida em 46.33,33 m, um novo máximo pessoal, que não permitiu à francesa Émilie Tissot (47.16,80) e à espanhola Amanda Cano (48.19,41) melhor que os segundo e terceiro postos, respectivamente.

A competição masculina foi sempre mais equilibrada, com um considerável grupo na frente e pouca distância a separar os demais concorrentes. Miguel Carvalho, o único português em prova, terminaria no oitavo lugar, com 43.58,66 m, marca que não pode ser desvalorizada, levadas em consideração as condições atmosféricas.

Nos femininos, com Curiazzi bem destacada à procura de novo recorde pessoal, a luta era desenvolvida mais atrás, com Émilie Tissot e Amanda Cano a digladiarem-se pela medalha de prata. Muitas vezes prejudicada pela impossibilidade de garantir a completa extensão e evitar faltas por flexão, a francesa conseguiu desta vez terminar a prova, apesar de ter recebido duas notas de desclassificação que causaram susto. Mesmo assim, Tissot conseguiu em grande risco garantir o segundo lugar, depois de se destacar de forma clara da espanhola. Um bom prémio para a atleta francesa, impossibilitada de treinar-se durante várias semanas, devido aos estudos de fisioterapia que desenvolve na Alemanha.

Não muito longe mas já fora do pódio terminaria outra representante de Espanha, Mar Juárez (48.37,92), seguida da primeira portuguesa, Filipa Ferreira, cuja marca de 49.01,17 m, não sendo a melhor pessoal, é ainda assim consequência de um excelente desempenho individual. Nádia Cancela, com 50.06,27 m, foi sétima e Vitória Oliveira, na primeira internacionalização, terá sido quem mais se ressentiu do calor, terminando no 10.º lugar, com 51.55,71 m. Para a marchadora da Juventude Vidigalense, melhores dias virão, certamente! Pelo menos, mais frescos.

Classificações:
10.000 metros masculinos
1.º, Álvaro Martín, 1994 (Espanha), 42.50,87
2.º, Marc Tur, 1994 (Espanha), 42.52,19
3.º, Francesco Fortunato, 1994 (Itália), 42.54,52
4.º, Muratcan Karapinar, 1996 (Turquia), 43.03,74
5.º, Francisco Duran, 1993 (Espanha), 43.12,09
6.º, Leonardo Dei Tos, 1992 (Itália), 43.16,83
7.º, Vito Minei, 1994 (Itália), 43.34,45
8.º, Miguel Carvalho, 1994 (Portugal), 43.58,66
9.º, Hugo Andrieu, 1992 (França), 44.48,82
10.º, Aurelien Quinion, 1993 (França), 46.19,00
Desclassificado: Sahin Senocuncu (Turquia).

10.000 metros femininos
1.ª, Federica Curiazzi, 1992 (Itália), 46.33,33
2.ª, Émilie Tissot, 1993 (França), 47.16,80
3.ª, Amanda Cano, 1994 (Espanha), 48.19,41
4.ª, Mar Juárez, 1993 (Espanha), 48.37,92
5.ª, Filipa Ferreira, 1994 (Portugal), 49.01,17
6.ª, María Larios, 1992 (Espanha), 50.03,09
7.ª, Nádia Cancela, 1993 (Portugal), 50.06,27
8.ª, Maria Vittoria Becchetti, 1994 (Itália), 50.20,73
9.ª, Inès Pastorino, 1992 (França), 51.14,53
10.ª, Vitória Oliveira, 1992 (Portugal), 51.55,71
Desistentes: Chahinez Nasri, 1996 (Tunísia), Anna Clemente, 1994 (Itália) e Derya Karakurt, 1996 (Turquia).