domingo, 3 de março de 2024

1987, Portugal estreia-se na Taça do Mundo de Marcha

Em 1987, a equipa portuguesa na Taça do Mundo de Marcha - Nova Iorque, a frente das
provas dos Campeonatos de Portugal, nos masculinos, Hélder Oliveira, 1.º (dorsal 254) e
José Urbano, 2.º (42), nos femininos, Filomena Silva, 2.ª (45) e Ana Bela Aires, 1.ª (35), os
campeões nacionais de juniores, Luís Carapinha (205) e Lígia Gonçalves (349), e de
juvenis, Vítor Almeida (157) e Ana Cláudia (573), e José Pinto nos mundiais de Roma.
Fotos: arquivo «O Marchador», Álvaro Pires e dg77/Thierry Toutain.
Montagem: O Marchador

A participação de uma selecção nacional na Taça do Mundo de Marcha de 1987, em Nova Iorque, representou não apenas uma estreia do país nesse grande campeonato mundial de selecções de marcha mas, acima de tudo, uma vitória da marcha portuguesa, do bom senso e de uma visão de desenvolvimento do desporto. Depois de não ter procedido à inscrição para a Taça do Mundo de 1985, a Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) começou por decidir voltar a não ter participação na mais importante prova do mundo dedicada em exclusivo à marcha, mas uma intervenção determinada, esclarecida e esclarecedora da parte dos marchadores acabou por levar os dirigentes da FPA a rever a posição.

A 7 de Abril desse ano, o director técnico nacional, Fernando Mota, defendeu junto da direcção da FPA a participação de Portugal na Taça do Mundo de Marcha de Nova Iorque, marcada para 2 e 3 de Maio. Os membros do órgão directivo da federação consideraram insuficientes os argumentos que apresentou, decidindo negativamente sobre essa participação.

Aproveitando a realização do Grande Prémio da Urgeiriça no domingo seguinte, a Comissão Nacional de Marcha reuniu-se na véspera da prova para analisar a situação. Da reflexão efectuada resultou uma moção assinada não só pelos membros da comissão (José Dias, Luís Dias, Aires Denis e o treinador nacional de marcha, Adriano Pereira) mas também por dezenas de atletas e representantes de clubes participantes nas competições do dia seguinte. O documento apresentava o repúdio da decisão de não participação na Taça do Mundo, o lamento pela deficiente interpretação do regulamento da prova e a exigência de reanálise do assunto, terminando com a manifestação de intenção de tomada de medidas caso a FPA não alterasse a posição.

Quatro dias depois, a 15 de Abril, dois membros da Comissão Nacional de Marcha (José e Luís Dias) e ainda o atleta Paulo Alves participaram no início da reunião da Direcção da FPA, apresentando argumentos para a participação na prova de Nova Iorque, detalhando, entre outros aspectos, as perspectivas de resultados em função da comparação do valor dos atletas portugueses com o dos atletas participantes nas edições anteriores da Taça do Mundo. Esperavam, dessa forma, demonstrar que a qualidade dos portugueses não era inferior à dos atletas dos restantes países.

A argumentação apresentada foi convincente. A direcção da federação reviu o sentido da decisão e tratou de inscrever uma selecção nacional na competição que iria ter lugar daí a duas semanas e meia. A decisão da FPA foi tornada pública em comunicado emitido em 21 de Abril, documento que tinha ainda o objectivo de esclarecer a decisão inicial com base na ideia de que a marcha era uma especialidade recente, ainda em desenvolvimento, e que, por isso, ainda não teria condições para participar numa competição internacional por equipas em que a classificação por prova era obtida através de três atletas de cada formação. Uma visão que, como se constata, foi rebatida com sucesso pelos representantes dos marchadores.

A estreia de Portugal na Taça do Mundo de Marcha fez-se apenas no sector masculino, com sete atletas: José Urbano, Hélder Oliveira e Francisco Reis alinhariam nos 20 km; Carlos Albano, Jorge Esteves e José Gonçalves competiriam nos 50 km; José Pinto participaria nas duas provas. No plano individual, nenhum dos atletas registou especial evidência, apesar do desempenho positivo de todos os atletas classificados, em especial os que melhoraram os registos pessoais (Carlos Albano e José Gonçalves). Mas, em termos colectivos, o 12.º segundo lugar nos 20 km, entre 34 selecções, demonstrou que foi acertada a decisão da participação portuguesa, à frente de formações bem mais credenciadas, como as duas Alemanhas, a Austrália e a Suécia. Com Pinto, Urbano, Oliveira e Reis colocados entre o 30.º posto e o 67.º, Portugal tinha, de facto, lugar de mérito no palco internacional da marcha. Na prova mais longa, a desclassificação de José Pinto e a desistência de Jorge Esteves, por lesão, inviabilizaram uma classificação colectiva, que, a ter-se concretizado, não deslustraria a da prova mais curta e garantiria um posicionamento final global (consideradas as duas provas em conjunto) bem acima do 21.º lugar efectivamente alcançado.

Mais do que pelo resultado desportivo, a primeira participação de Portugal na Taça do Mundo de Marcha tinha a importância de um atestado de desenvolvimento da especialidade no país, poucos anos após a sua reimplantação. A marca estava deixada e nada poderia permitir voltar atrás no processo de crescimento e desenvolvimento da marcha atlética no país.

Em entrevista ao jornal desportivo «A Bola», Luís Dias, da Comissão Nacional de Marcha, manifestava a convicção de que, depois da excelente participação na Taça do Mundo de Nova Iorque, uma boa preparação que iria ser proposta pela CNM à direcção da FPA resultaria numa participação ainda mais positiva na edição seguinte, marcada para 1989, em Barcelona. A opinião era corroborada pelo chefe de delegação, Artur Madeira, e pelo atleta mais consagrado, José Pinto, ambos ouvidos igualmente para a reportagem que António Simões fez sobre a prova de Nova Iorque para «A Bola».

Entretanto, a 21 e 22 de Fevereiro, os três marchadores portugueses mais destacados (José Pinto, Hélder Oliveira e José Urbano) tinha participado, também em estreia, nos Campeonatos da Europa de Atletismo em Pista Coberta, realizados em Liévin (França). O direito de participação do trio português nos 5000 metros marcha destes campeonatos tinha sido conquistado apenas duas semanas antes, a 8 de Fevereiro, durante os Campeonatos Nacionais de Inverno. Na primeira jornada desses campeonatos realizados no Estádio Nacional, aqueles marchadores do Belenenses, do Sporting e do Olivais Sul protagonizaram o momento que a imprensa destacou tanto pela emoção da contenda como pelos resultados finais. Após animado despique, em que o trio se manteve unido até meio da prova, José Urbano venceria com novo recorde nacional de 20.00,5 m, adiante de José Pinto (20.08,8) e de Hélder Oliveira (20.10,1), todos a conseguirem superar os mínimos estabelecidos pela FPA em 20.15 m.

Em Liévin, cidade do Norte de França com grandes tradições no atletismo de pista coberta, nenhum dos portugueses conseguiu apurar-se para a final, tendo Hélder Oliveira sido 10.º na primeira série, enquanto, na segunda, José Pinto era 8.º e José Urbano terminava logo a seguir, na nona posição. Ainda assim, tratava-se de mais uma experiência importante numa realidade nova para os marchadores portugueses: a competição internacional em pista coberta.

No Verão, Pinto e Urbano haveriam de participar ainda na segunda edição dos mundiais de atletismo, em Roma (28 de Agosto a 6 de Setembro). O primeiro voltaria a competir sobre as duas distâncias, tal como na Taça do Mundo, mas agora com seis dias de intervalo da prova curta para a prova longa, ao contrário do que acontecera em Nova Iorque, em que dispôs de apenas algumas horas da prova longa para a prova curta. Numa competição ganha pelo italiano Maurizio Damilano (1.20.45), José Urbano foi 16.º nos 20 km (1.25.10) e José Pinto terminou em 18.º (1.25.24). Nos 50 km, vencidos por Hartwig Gauder, da República Democrática Alemã (3.40.53), Pinto finalizou em 15.º, com um novo recorde nacional de 3.56.40 h. Atestando o reconhecimento de que os mais destacados marchadores portugueses granjeavam no plano internacional, houve entre os colegas de prova quem tivesse confidenciado ao atleta do Belenenses, pouco antes da partida, que o considerava um dos favoritos para estes campeonatos. A «aposta» não se confirmou, mas a nota estava dada.

No âmbito interno, o ano de 1987 conheceu o aparecimento de novos atletas jovens ou a confirmação do valor evidenciado por outros no ano anterior. São os casos das gémeas Lígia e Isilda Gonçalves, do União do Montijo, primeira e terceira nos nacionais de juniores. Também de Vítor Almeida (CCD Olivais Sul), Rosendo Pereira (Leões Apelaçonenses) e Augusto Neves (AC Alfenense), que por essa ordem preencheram o pódio do nacional de juvenis. Ou ainda Pedro Pinto (CF União Coimbra) e António Cunha (GD Penha), que registaram bons desempenhos nos nacionais de clubes. Praticamente todos eles haveriam no futuro de vir a integrar selecções nacionais dos escalões de juniores ou absolutos.

Depois do I Grande Prémio de Marcha Atlética, levado a efeito no Verão do ano anterior, Ílhavo acolheu a 15 de Março os III Campeonatos de Portugal de Marcha em Estrada, momento alto da disciplina no calendário nacional, não só por reunir os melhores especialistas de todos os escalões etários mas também pelos resultados obtidos, a começar pelos recordes nacionais absolutos.

Nos 50 km, José Pinto (CF «Os Belenenses») triunfou com 3.58.12 h, novo recorde nacional absoluto, que, como se viu acima, haveria de superar nos mundiais de Roma. Nos 10 km femininos, Paula Gracioso (CO Lisboa), impôs-se com 53.50 m, também recorde nacional, naquele que foi o último título nacional alcançado pela atleta que se iniciara no Andorinha e que constituiu grande esperança da marcha portuguesa que nunca evoluiu para o nível internacional.

Por sua vez, Olhão conheceu em 28 de Março a realização da primeira edição do Grande Prémio de Marcha Atlética da cidade, organizado pelo Futebol Clube Império. Não tendo conseguido atrair grande quantidade de participantes, registou, ainda assim, a presença de vários atletas de topo nacional, incluindo internacionais, como José Pinto (CF «Os Belenenses»), vencedor dos 20 km com 1.25.30 h, Hélder Oliveira (Sporting CP, 2.º, 1.28.07) ou Paulo Santos (SL Benfica, 3.º, 1.31.27). Nos 4 km femininos, vitória de Filomena Silva (individual, 20.20), adiante de Ana Bela Aires (CPMA, 20.50). Terra de origem do consagrado Hélder Oliveira, Olhão haveria de dar à marcha atlética portuguesa outros grandes nomes, como o futuro se encarregaria de demonstrar.

A 9 de Maio, o Estádio Nacional foi palco de mais uma edição da fase final do Troneio DN Jovem, com provas de marcha no escalão de iniciados. Nos rapazes, Amílcar Dias, da seleção de Lisboa, notabilizou-se com os 13.46,1 m que constituíam novo recorde nacional de iniciados masculinos nos 3000 m marcha. O segundo, Luís Margalho (Setúbal), deu forte réplica, terminando com 13.51,5 m, também um resultado excelente. Nos 2000 m femininos, vitória de Carla Gonçalves (Porto, 10.18,5), seguida de Rita Silva (Aveiro, 10.31,4) e de Helena Pombo (Setúbal, 10.42,7). Também aqui, uma atleta, Rita Silva, haveria de dar continuidade ao empenho na prática da marcha, assumindo a condição de uma das melhores especialistas nacionais em épocas seguintes.

Sobre esta edição do DN Jovem e em especial sobre a componente da marcha, o jornalista Sequeira Andrade iria publicar dias depois, nas páginas precisamente do jornal organizador do torneio («Diário de Notícias»), um louvor ao trabalho da Comissão Nacional de Marcha, enaltecendo a criatividade dos seus membros. E ilustrava essa menção realçando a distribuição de postais humorísticos aos participantes, a mensagem individualizada para motivar cada atleta concorrente e a produção de um folheto contendo os dados estatísticos nacionais e do torneio, no referente à marcha atlética (documento distribuído a todos os interessados, com grande utilidade para os jornalistas). Mais nenhum sector desenvolveu procedimento semelhante.

No plano organizativo e do desenvolvimento, a Comissão Nacional de Marcha aprovou o primeiro documento formal de normas de ajuizamento, em articulação com a Comissão Nacional de Juízes. O documento entrou em vigor na época desportiva de 1986/87 e elencava os elementos necessários à realização de provas de marcha, desde os juiz-árbitro aos estafetas. Fazia também a descrição da função de cada um desses intervenientes, mas centrando-se em particular nos juízes de marcha. Para estes, o documento, com o título «Ajuizamento de provas de marcha atlética», assinalava a sequência de procedimentos, desde a reunião dos juízes de marcha antes do início das provas para escolha do juiz-chefe até à reunião final para análise do registo e controlo das informações, passando, por exemplo, pela advertência ao atleta ou pela emissão de informação de desclassificação.

A este documento, com duas páginas de informação, associava-se a divulgação dos modelos de impressos a utilizar: boletim para eleição do juiz-chefe, folha de registo de cada advertência ou informação de desclassificação, boletim com a relação de todas as intervenções de cada juiz de marcha e quadro geral da prova (englobando todos os juízes, todos os atletas e todas as advertências ou informações de desclassificação, identificadas pelo tipo de falta – flexão ou suspensão).

Estes materiais passaram a constituir a referência para ajuizamento em todas as provas de marcha realizadas em Portugal, contribuindo para a uniformização de procedimentos, ao mesmo tempo que continuavam a ser desenvolvidas acções de formação e informação aos diferentes tipos de agente interveniente na marcha, entre atletas, treinadores, dirigentes e juízes.

Tal como resultava do consenso verificado entre as diferentes associações distritais no congresso da FPA do final de 1986, a CNM apontou alguns aspectos de alteração ou inovação a adoptar a partir da época a iniciar no final de 1987. Uma das alterações era a possibilidade de as associações optarem por distâncias mais curtas para as provas de marcha de campeonatos distritais de atletismo, em função do nível de desenvolvimento em cada distrito. Entre as inovações contava-se a criação de campeonatos regionais de clubes de marcha e de campeonatos regionais de marcha em estrada, além da integração de torneios especiais para infantis e iniciados em associação ao programa dos Campeonatos Nacionais de Marcha em Estrada.

No plano comunicacional, a CNM assumiu o papel antes detido pelo Clube Português de Marcha Atlética, criando materiais informativos capazes de divulgar a nível nacional as notícias e os textos de reflexão sobre a disciplina. Neste último caso, assinale-se a colaboração de vários jornalistas desportivos consagrados, elaborando textos de opinião ou entrevistas – em 1987, como antes ou depois, podem ser referidos os exemplos de António Simões, Arons de Carvalho, Artur Madeira e Sequeira Andrade.

De seguida, a lista dos principais resultados de provas de marcha realizadas em Portugal ou de provas internacionais com participação portuguesa.

Internacional / Associação Europeia de Atletismo

21 e 22 de Fevereiro, Campeonatos da Europa de Atletismo em Pista Coberta, Liévin, França. 21/2, 5000 m masculinos, série 1: 1.º, Sandor Urbanik (Hungria), 19:14.64 (...) 10.º, Hélder Oliveira (Portugal), 20:19.70 (11 participantes). Série 2: Jan Staaf (Suécia), 20:08,08 (...) 8.º, José Pinto (Portugal), 20:20.06; 9.º, José Urbano (Portugal), 20:22.92 (12 participantes). 22/2, final: 1.º, Josef Pribilinec (Checoslováquia), 19:08.44; 2.º, Ronald Weigel (Rep. Democrática Alemã), 19.08,93; Roman Mrazek (Checoslováquia), 19.10,77 (15 participantes). 3000 m femininos: 1.ª, N. Dmitrochenko (União Soviética), 12.57,59; 2.ª, Giuliana Salce (Itália), 12.59,11; 3.ª, Monica Gunnarsson (Suécia), 13.06,46 (15 participantes).

2 e 3 de Maio, Taça do Mundo de Marcha (Troféu Lugano), Nova Iorque, E.U.A. 2/5, 50 km masculinos: 1.º, Ronald Weigel (Rep. Democrática Alemã), 3.42.26; Hartwig Gauder (Rep. Democrática Alemã), 3.42.52; Dietmar Meisch (Rep. Democrática Alemã), 3.43.14 (...) 67.º, Carlos Albano (Portugal), 4.30.50 (...) 71.º, José Gonçalves (Portugal), 4.35.50. José Pinto (Portugal), desclassificado; Jorge Esteves (Portugal), desistente (136 participantes). Colectivamente: 1.º, Rep. Democrática Alemã, 313 pontos; 2.º, União Soviética, 303; 3.º, Itália, 291 (...) 23.º, Portugal, 98 pontos (35 países). 3/5, 20 km masculinos: 1.º, Carlos Mercenario (México), 1.19.24; 2.º, Viktor Mostovik (União Soviética), 1.19.32; 3.º, Anatoly Gorshkov (União Soviética), 1.20.04 (...) 30.º, José Pinto (Portugal), 1.25.05 (...) 38.º, José Urbano (Portugal), 1.26.05 (...) 48.º, Hélder Oliveira (Portugal), 1.27.25 (...) 67.º, Francisco Reis (Portugal), 1.30.03 (137 participantes). Coletivamente: 1.º, México, 305 pontos; 2.º, União Soviética, 304; 3.º, Colômbia, 287 pontos (...) 12.º, Portugal, 213 (34 países). Classificação coletiva global masculina (50 km + 20 km): 1.º, União Soviética, 607 pontos; 2.º, Itália, 569; 3.º, Rep. Democrática Alemã, 518 (...) 20.º, Portugal, 311 (34 países). 3/5, 10 km femininos: 1.ª, Olga Krishtop (União Soviética), 43.22; 2.ª, Irina Strakhova (União Soviética), 43.35; Jin Bingjie (China), 43.45. Classificação coletiva: 1.º, União Soviética, 203; 2.º, Espanha, 174 pontos; 3.º, Austrália, 167.

28 de Agosto a 6 de Setembro, II Campeonatos do Mundo de Atletismo, Roma, Itália. 30/8, 20 km masculinos: 1.º, Maurizio Damilano (Itália), 1.20.45; 2.º, Josef Pribilinec (Checoslováquia), 1.21.07; 3.º, José Marín (Espanha), 1.21.24 (...) 16.º, José Urbano (Portugal), 1.25.10 (...) 18.º, José Pinto (Portugal), 1.25.24 (42 participantes). 1/9, 10 km femininos: 1.ª, Irina Strakhova (União Soviética), 44.12; 2.ª, Kerry Saxby (Austrália), 44.23; 3.ª, Hong Yan (China), 44.42 (35 participantes). 5/9, 50 km masculinos: 1.º, Hartwig Gauder (Rep. Democrática Alemã), 3.40.53; 2.º, Ronald Weigel (Rep. Democrática Alemã), 3.41.30; 3.º, Vyacheslav Ivanenko (União Soviética), 3.44.02 (...) 15.º, José Pinto (Portugal), 3.56.40, recorde nacional (37 participantes).

Campeonatos nacionais

7 e 8 de Fevereiro, Campeonatos Nacionais de Inverno (pista), Estádio Nacional. 7/2, 5000 m masculinos: 1.º, José Urbano (SL Benfica), 20:00,5, recorde nacional absoluto; 2.º, José Pinto (CF «Os Belenenses»), 20.08,8; 3.º, Hélder Oliveira (Sporting CP), 20.10,1 (10 participantes). 8/2: 3000 m femininos: 1.ª, Paula Gracioso (CO Lisboa), 14.44,6; 2.ª, Ana Bela Aires (CPMA), 14.55,6; 3.ª, Ana Cláudia Conceição (CF «Os Belenenses»), 15.40,2 (9 participantes).

15 de Março, III Campeonatos de Portugal de Marcha em Estrada - 50 km (...) Ílhavo. Masculinos, 50 km seniores, 1.º, José Pinto (CF «Os Belenenses»), 3.58.12, recorde nacional absoluto; 2.º, José Magalhães (AC Alfenense), 4.57.04 (8 participantes); 20 km juniores, João Maral (CDUL), 1.39.43; 10 km juvenis, Augusto Neves (AC Alfenense), 49.52; 5 km veteranos, Vítor Barata Silva (CCD Olivais Sul), 33.04. Femininos, 10 km seniores: 1.ª Paula Gracioso (CO LIsboa), 53.50 recorde nacional absoluto; 2.ª, Filomena Silva (individual), 53.53; Ana Bela Aires (CPMA), 54.14 (4 participantes). 10 km juniores, Isilda Gonçalves (União do Montijo), 57.14; 5 km juvenis, Ana Cláudia Conceição (CF «Os Belenenses»), 26.47; 3 km veteranos, Luísa Morais (CA Galinheiras), 20.31. Participação global: 88 atletas.

20 e 21 de Junho, Campeonatos Nacionais de Juvenis, Estádio Nacional (org.: FPA). 20/6, 5000 m masculinos: 1.º, Vítor Almeida (CCD Olivais Sul), 23.47,1; 2.º, Rosendo Pereira (Leões Apelaçonenses), 23.51,3; 3.º, Augusto Neves (AC Alfenense), 24.29,7 (23 participantes). 21/6, 3000 m femininos: 1.ª, Ana Cláudia Conceição (CF «Os Belenenses»), 15.51,03; 2.ª, Anabela Mendes (CA Galinheiras), 15.55,53; 3.ª, Isabel Conceição (CV Tavira), 16.25,09 (22 participantes).

11 e 12 de Julho, Campeonatos Nacionais de Juniores, Lisboa, Estádio Nacional (org.: FPA). 11/7, 10.000 m masculinos: 1.º, Luís Carapinha (SL Benfica), 47.28,1; 2.º, Paulo Mendes (NDC Gouveia), 48.01,9; 3.º, Paulo Pires (SL Benfica), 48.19,4 (16 participantes). 12/7, 5000 m femininos: 1.ª, Lígia Gonçalves (União do Montijo), 26.31,1; 2.ª, Anabela Mendes (CA Galinheiras), 26.54,2 recorde nacional de juvenis; 3.ª, Isilda Gonçalves (União do Montijo), 27.07,3 (16 participantes).

25 de Julho, Campeonato Nacional de Veteranos, Estádio da Luz (org.: CVA). 5000 m masculinos: 1.º, José Cândida, M45, 29.13,5; 2.º, Avelino Ferreira, M50, 29.13,6 (2 participantes). 5000 m femininos: 1.ª, Luísa Morais, W35, 33.00,5; 2.ª, Rosa Mendes, W45, 34.45,1 (2 participantes).25 e 26 de Julho, Campeonatos Nacionais de Clubes, II Divisão, Maia. 25/6, 5000 m masculinos: 1.ª, Paulo Revêz (Louletano DC), 23.51,3; 2.º, Carlos Gomes (AA Coimbra), 23.56,6; 3.º, José Silva (Vitória FC), 25.23,7 (6 participantes). 26/6, 3000 m femininos: 1.ª, Laurinda Ferreira (SC Beira-Mar), 18.03,1; 2.ª, Lavínia Conceição (GD Quimigal), 19.07,0; 3.ª, Suzana Diana (Vitória FC), 19.55,1 (5 participantes).

25 e 26 de Julho, Campeonatos Nacionais de Clubes - III Divisão, Estádio Nacional. 25/7, 5000 m masculinos: 1.º, José Almeida (Drizes), 23.59,1; 2.º, Pedro Pinto (CF União Coimbra), 26.15,7; 3.º, António Cunha (GD Penha), 26.24,7 (12 participantes). 26/7, 3000 m femininos: 1.ª, Isilda Gonçalves (União do Montijo), 16.18,7; 2.ª, Maria Laurinda Ferreira (Águias do Rossio), 17.11,4; 3.ª, Ana Barroca (AA Cartaxense), 17.45,7 (9 participantes).

25 e 26 de Julho, Campeonatos Nacionais de Clubes - I Divisão, Estádio Nacional. 25/7, 5000 m masculinos: 1.º, Hélder Oliveira (Sporting CP), 20.26,3; 2.º, Paulo Santos (SL Benfica), 21.30,2; 3.º, Vítor Taveira (NA Araújo), 24.56,4 (7 participantes). [26/7, 3000 m femininos (resultados a apurar)!]

2 de Agosto, Torneio Nacional Sub-23 (Pista), Maia (org.: AAP/FPA). 10.000 m masculinos: 1.º, José Urbano (CCD Olivais Sul), 42.56,5; 2.º, Paulo Santos (SL Benfica), 44.46,4; 3.º, Luís Carapinha (SL Benfica), 48.10,6 (11 participantes). 5000 m femininos: 1.ª, Ana Bela Aires (CPMA), 26.37,7; 2.ª, Gracinda Pinto (CA Madalena), 28.46,3; 3.ª, Manuela Fernandes (CA Madalena), 29.58,7 (5 participantes).

9 de Agosto, Campeonatos de Portugal, Estádio Nacional (org.: FPA). 20 km masculinos estrada: 1.º, Hélder Oliveira (Sporting CP), 1.28.21; 2.º, José Urbano (CCD Olivais Sul), 1.29.22; 3.º/extra, Manuel Alcalde (Espanha), 1.31.28; 4.º/3.º camp., João Maral (CDUL), 1.36.25 (14 participantes). 10 km femininos estrada: 1.ª, Ana Bela Aires (CPMA), 52.58; 2.ª, Filomena Silva (individual), 54.54; 3.ª, Isilda Gonçalves (União do Montijo), 56.08 (6 participantes).

Principais eventos (entre outros)

4 de Janeiro, Jornada de Promoção de Marcha Atlética (org.: FPA). 37 participantes (vários escalões). 20.000 m masculinos: 1.º, José Urbano (CCD Olivais Sul), 1.24.53,3 recorde nacional absoluto / mínimos mundiais de Roma-1987 e Jogos Olímpicos Seul-1988; 2.º, José Gonçalves (CF «Os Belenenses»), 1.42.37,7; 3.º, António Rosa (individual), 1.49.20,3 (9 participantes). 5000 m femininos: 1.ª, Filomena Silva (individual), 27.00,0; 2.ª, Ana Bela Aires (CPMA), 27.21,1; 3.ª, Fátima Batuca (CPMA), 28.46,3 (4 participantes).

1 de Fevereiro, Campeonato Galego de Marcha Atlética - estrada, Vigo (org.: Agrupación Viguesa Atletismo). 20 km masculinos: 1.º Hélder Oliveira (AA Lisboa), 1.29.37; 2.º, Juan Ramilo (AV Atletismo), 1.33.04; 3.º, Jorge Esteves (AA Lisboa), 1.36.48 (9 participantes). 10 km femininos: 1.ª, Rosa Sierra Palmeira (CUA), 53.37; 2.ª, Esther Martínez Pineiro (AV Atletismo), 54.10; 3.ª, Paloma Prieto Adanero (CAF), 55.01; 4.ª Ana Bela Aires (AA Lisboa), 55.09; Paula Gracioso (AA Lisboa), desistente (5 participantes).

14 de Março, 41.º National e 40.º C.A.U. Inter-Counties 10 Milhas (org.: RWA), Kingston, Surrey, Inglaterra. Masculinos 1.º, Ian McCombie (Cambridge Harriers), 1.07.36; 2.º, Andi Drake (Coventry RWC), 1.09.03; 3.º, Francisco Reis (Ilford AC), 1.09.12 (134 participantes).

28 de Março, I Grande Prémio de Marcha Atlética de Olhão, Olhão (org.: Futebol Clube Império), 23 participantes de 10 clubes (vários escalões). 20 km masculinos: 1.º, José Pinto (CF «Os Belenenses»), 1.25.30; 2.º, Hélder Oliveira (Sporting CP), 1.28.07; 3.º, Paulo Santos (SL Benfica), 1.31.27 (4 participantes). 4 km femininos: 1.ª, Filomena Silva (individual), 20.20; 2.ª, Ana Bela Aires (CPMA), 20.50; 3.ª, Fátima Batuca (CPMA), 22.15 (3 participantes).

5 de Abril, VI Campeonato de Clubes de Marcha Atlética (org.: AAL), Estádio Nacional, 88 participantes de 12 clubes. Masculinos: 1.º, CCD Olivais Sul, 47 pontos, 2.º, CF «Os Belenenses», 40, 3.º, SL Benfica, 22. Femininos: 1.º, CCD Olivais Sul, 37 pontos, 2.º, CO Lisboa, 30; 3.º, CA Galinheiras, 20. Vencedores individuais: infantis, Nuno Flores (CF «Os Belenenses») e Carla Silva (CCD Olivais Sul); iniciados, Amílcar Dias (CF «Os Belenenses») e Helena Pombo (individual); juvenis, Vítor Almeida (CCD Olivais Sul) e Ana Cláudia Conceição (CF «Os Belenenses»); juniores, João Maral (CDUL) e Paula Marques (CO LIsboa); seniores, José Urbano (CCD Olivais Sul) e Ana Bela Aires (CPMA).

12 de Abril, XII Grande Prémio da Urgeiriça (org. CP Minas da Urgeiriça), 91 participantes (vários escalões). 20 km masculinos: 1.º, José Urbano (CCD Olivais Sul), 1.29.11; 2.º, José Pinto (CF «Os Belenenses»), 1.29.11; 3.º, Hélder Oliveira (Sporting CP), 1.31.35 (13 participantes). 5 km femininos: 1.ª, Paula Gracioso (CO Lisboa), 26.36; 2.ª, Filomena Silva (individual), 26.38; 3.ª, Ana Bela Aires (CPMA), 26.45 (8 participantes).

9 de Maio, DN Jovem - Final Nacional, Estádio Nacional (org.: FPA). 3000 m sub-16 masculinos: 1.º, Amílcar Dias (Lisboa), 13.46,1 recorde nacional de iniciados; 2.º, Luís Margalho (Setúbal), 13.51,5; 3.º, Francisco Godinho (Santarém), 15.18,4 (15 participantes). 2000 m sub-16 femininos: 1.ª, Carla Gonçalves (Porto), 10.18,5; 2.ª, Rita Silva (Aveiro), 10.31,4; 3.ª, Helena Pombo (Setúbal), 10.42,7 (17 participantes).

16 de Maio, I Grande Prémio Internacional «Cantones de La Coruña» - Corunha (org.: FGA). 10 km masculinos: 1.º, Maurizio Damilano (FIAT), 40.19; 2.º, Ernesto Canto (CAM México), 40.19; 3.º, Bo Gustafsson (Suécia), 40.19 (...) 11.º, Hélder Oliveira (Sporting CP), 41.40 (15 participantes). 5 km femininos: 1.ª, Reyes Sobrino Jiménez (CNB), 21.25; 2.ª, Ann Janson (Suécia), 21.36; 3.ª, Teresa Palacio Giral (Scorpio Zaragoza), 22.24 (...) 11.ª, Ana Bela Aires (CPMA), 26.33 (12 participantes).

23 de Maio, Campeonato de Equipas de Kiev - pista, Kiev, União Soviética. 10.000 m masculinos, 1.º/extra, Gennadiy Melnik (Dinamo), 44.28,0; 2.º/extra, Luís Carapinha (KUG), 46.02,4; 3.º/1.º camp., Evgeniy Chovratov (Dinamo), 48.42,8 (6 participantes).

24 de maio, Grande Prémio de Marcha de Belvaux, Luxemburgo (org.: Cercle Athlétique Belvaux). 20 km masculinos: 1.º, Hélder Oliveira (Sporting CP), 1.27.24; 2.º, Jos Martens (Hasselt, BEL), 1.28.32; 3.º, Marco Sowa (Fola, LUX), 1.29.42 (20 participantes).

31 de Maio, Triangular Lisboa-Porto-Aveiro, Estádio Nacional (org.: AAL). 10.000 m masculinos, 1.º, Paulo Santos (Lisboa), 47.20,1; 2.º, Paulo Pires (Lisboa), 48.53,5; 3.º, Vítor Taveira (Porto), 49.15,0 (6 participantes). 5000 m femininos: 1.ª, Filomena Silva (Lisboa), 26.58,8; 2.ª, Ana Cláudia Conceição (Lisboa), 27.58,8, 3.ª, Gracinda Pinto (Porto), 29.33,2 (6 participantes).

31 de Maio, 4.º Grande Prémio de Gaia (org. Clube Atlântico da Madalena), 60 participantes (vários escalões). 20 km absolutos masculinos: 1.º, José Urbano (CCD Olivais Sul), 1.25.17; 2.º, Hélder Oliveira (Sporting CP),1.26.19; 3.º, José Pinto (CF «Os Belenenses»), 1.30.02 (13 participantes). 10 km absolutos femininos: 1.ª, Ana Bela Aires (CPMA), 52.54 recorde nacional absoluto; 2.ª, Isilda Gonçalves (União do Montijo), 53.45 recorde nacional de juniores; 3.ª, Lígia Gonçalves (União do Montijo), 54.09 (6 participantes).

13 de Junho, II Grande Prémio Internacional «Cidade de Lisboa», Belém (org.: CFB e CPMA). 20 km masculinos: 1.º, José Urbano (CCD Olivais Sul), 1.24.49 recorde nacional absoluto; 2.º, Hélder Oliveira (Sporting CP), 1.32.40; 3.º, Juan Ramilo (AV Atletismo, Espanha), 1.36.59 (13 participantes).

18 de Junho, Circuito Gallego Banco Pastor, 3.ª jornada, Prémio Alfonso Franco, Santiago de Compostela, Estádio Universitário (org.: FGA). 10.000 m masculinos pista: 1.º, Hélder Oliveira (Sporting CP), 42.25,8; 2.º, Enrique R. Malvar Alvarez (RCC), 43.15,4; 3.º, Juan Luis Ramilo Comesaña (AVA), 43.30,3 (7 participantes).

29 de Julho, Ilford G. Prix (org.: Ilford AC), Ilford, Inglaterra. 10 km masculinos: 1.º, Francisco Reis (Ilford AC), 43.26; 2.º, Martin D. Stone (Sussex), 46.28; 3.º, John Paul (Coventry), 48.58 (108 participantes).

2 de Agosto, Meeting Cristal Palace - Pista, Inglaterra. 10.000 m masculinos pista: 1.º, David McCombie (Cambridge Harriers), 41.16,0 (...) 4.º, Francisco Reis (Ilford AC), 42.04,0.

12 de Setembro, 19.ª Marcha Atlética de L'Hospitalet, Espanha. 20 km masculinos: 1.º, Roman Mrazek (Checoslováquia), 1.24.05 (...) 9.º, José Pinto (CF «Os Belenenses»), 1.29.23 (29 classificados).

23 e 24 de Setembro, 6.ª, Taça Internacional de Hildesheim, R.F. da Alemanha. 23/9. 10 km masculinos: 1.º, Josef Pribilinec (Checoslováquia), 38.54 (...) 4.º, Hélder Oliveira (Portugal), 42.47 (19 participantes). 3 km femininos: 1.ª, Kerry Saxby (Austrália), 12.16 (18 participantes). 24/9: 5 km masculinos: 1.º, Josef Pribilinec (Checoslováquia), 18.28 (...) 3.º, Hélder Oliveira (Portugal), 19.29 (24 participantes). 5 km femininos: 1.ª, Kerry Saxby (Austrália), 20.34 (22 participantes).

3 de Outubro, GP Kremnica, Checoslováquia. 10.000 m masculinos: 1.º, Josef Pribilinec (Dukla BB), 40.11,0 (...) 6.º, Hélder Oliveira (Portugal), 43.23,1.

28 de Novembro, Provas de Marcha no XI Grande Prémio da Guarda (org.: CMG e AAG). 5 km masculinos: 1.º, José Urbano (SL Benfica), 21.09; 2.º, Paulo Mendes (ND Gouveia), s/t; 3.º, Jorge Monteiro (NA Guarda), s/t (8 participantes). 3 km femininos: 1.ª, Ana Bela Aires (SL Benfica), 27.12; 2.ª, Laurinda Ferreira (Águias do Rossio), s/t; 3.ª, Alexandra Costa (CP Castendo), s/t (4 participantes).

20 de Dezembro, Grande Prémio de Natal (org. AA Lisboa), 8,5 km masculinos (do Estádio da Luz aos Restauradores). 1.º, José Pinto (CF «Os Belenenses»), 33.39; 2.º, Hélder Oliveira (Sporting CP), 33.50; 3.º, Jorge Esteves (CF «Os Belenenses»), 36.15 (16 participantes). 4,1 km femininos (de Entrecampos aos Restauradores). 1.ª, Isilda Gonçalves (U Montijo), 19.52; 2.ª, Paula Gracioso (SL Benfica), 20.13; 3.ª, Ana Bela Aires (SL Benfica), 20.15 (19 participantes). 2,4 km infantis e iniciados (do Saldanha aos Restauradores), vencedores: Luís Mota (CCD Olivais Sul), 10.16 (6 masculinos) e Carla Mendes (DJ Mira Sintra), 12.12 (11 femininos).

ESTATÍSTICA 1987

Recordes nacionais vigentes no final de 1987

Masculinos

Infantis, 1000 m, Nuno Flores (CF «Os Belenenses»), 4.46,2 (Lisboa-N, 5/4/1987)
Infantis, 2000 m, Nuno Flores (CF «Os Belenenses»), 10.29,1 (Lisboa-N, 14/6/1987)
Iniciados, 3000 m, Amílcar Dias (CF «Os Belenenses»), 13.46,1 (Lisboa-N, 9/5/1987)
Iniciados, 5000 m, Amílcar Dias (CF «Os Belenenses»), 22.56,0 (Lisboa-N, 23/5/1987)
Juvenis, 5000 m, Vítor Almeida (CCD Olivais Sul), 22.46,2 (Lisboa-N, 23/5/1987)
Seniores, 5000 m, José Urbano (CCD Olivais Sul), 20.00,5 (Lisboa-N, 7/2/1987)
Seniores, 5000 m pista coberta, Hélder Oliveira (Sporting CP), 20.19,70 (Liévin, 21/2/1987)
Seniores, 20.000 m pista, José Urbano (CCD Olivais Sul), 1.24.53,3 (Lisboa-N, 4/1/1987)
Seniores, 20 km estrada, José Urbano (CCD Olivais Sul), 1.24.49 (Lisboa-Belém, 13/6/1987)
Seniores, 50 km estrada, José Pinto (CF «Os Belenenses»), 3.56.40 (Roma, 5/9/1987)

Femininos

Infantis, 1000 m, Carla Silva (CCD Olivais Sul), 5.06,8 (Lisboa-N, 8/3/1987)
Iniciados, 5000 m, Rita Silva (CCR Válega), 28.22,2 (Lisboa-N, 12/7/1987)
Juvenis, 5000 m, Anabela Mendes (CA Galinheiras), 26.54,2 (Lisboa-N, 12/7/1987)
Juniores, 10 km estrada, Isilda Gonçalves (União do Montijo), 53.45 (Gaia, 31/5/1987)
Seniores, 10 km estrada, Ana Bela Aires (CPMA), 52.54 (Gaia, 31/5/1987)