quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Mayra Herrera com recorde de 50 km da América do Norte, Central e Caribe

Mayra Herrera nos 50 km de Owego, Nova Iorque.
Fotos: fb Comité Olímpico Guatemalteco
Montagem: O Marchador
A marchadora guatemalteca Mayra Herrera obteve 4 horas 15 minutos e 40 segundos na prova de 50 km marcha realizada por ocasião dos Campeonatos Nacionais de 40 km dos E. U. da América, evento que teve lugar no passado dia 9 no Marvin Park, Owego, em Nova Iorque.

A marca agora obtida por Herrera, a estarem reunidas as condições de homologação, constituirá um novo recorde da América do Norte, América Central e Caribe (NACAC), batendo por 6 minutos e 11 segundos a que Kathleen Burnett conseguira em Londres (4.21.51) nos mundiais, a 13 de Agosto, onde a portuguesa Inês Henriques superou o recorde do mundo (4.05.56).

Mayra Carolina Herrera Pérez, de 28 anos de idade, olímpica em Londres-2012 e no Rio-2016, que ficou de fora dos mundiais de Londres-2017, decidiu preparar a prova maior para fazer história e ser primeira atleta do seu país, já com grande potencial na marcha atlética, a completar a distância dos 50 km. A estreia não podia ter corrido melhor para a atleta que numa manha fresca e chuvosa conseguiu uma interessante marca que a ter sido realizada nos campeonatos do mundo há um mês atrás (caso lhe fosse permitida a participação) lhe daria direito a subir à terceira posição do pódio.

Atleta lutadora, que em entrevista referiu ser proveniente de uma família humilde de 7 irmãos, sem grandes recursos financeiros, sempre foi hiperativa e com vontade de fazer algo. Iniciou-se no atletismo aos 7 anos e a partir aí seguiu o sonho de ser a melhor. É mãe do pequeno José Ángel, afirmando ser o melhor que lhe aconteceu, já que a chegada do filho mudou a sua maneira de ver a vida, nunca deixando de sonhar.

Não baixou os braços com a ausência do mundial de Londres e continuou a trabalhar ainda mais, tendo agora a recompensa de ser mais uma mulher a completar, e bem, a distância de 50 km, o que até há pouco tempo era oficialmente reservado só aos homens.

Colaboração: Kristina Saltanovic