segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Jesús Ángel García Bragado sempre!

García Bragado. Foto: IAAF
A Real Federação Espanhola de Atletismo selecionou, a título excecional, García Bragado para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, na distância dos 50 km marcha referindo, no comunicado difundido, que o motivo da decisão tomada conjuntamente pelo diretor-técnico da RFEA, Ramon Cid, e pelo técnico nacional de marcha, Santiago Pérez, baseia-se na sua magnífica trajetória desportiva e no alto rendimento conseguido nos campeonatos mundiais de Pequim. 

Recorde-se que o excelente marchador espanhol, de 46 anos de idade, classificou-se na 9.ª posição nos 50 km de Pequim, naqueles que foram os seus décimos segundos mundiais consecutivos (um recorde mundial de participações no evento), com três medalhas no seu rico currículo, ouro em 1993, prata em 1997 e bronze em 2009.

Com García Bragado também Miguel Ángel López (a única medalha de ouro – 20 km marcha - da delegação espanhola aos mundiais de Pequim) tem o passaporte garantido para o Rio de Janeiro, e ambos estão automaticamente selecionados para a Taça do Mundo de Nações, que terá lugar em maio do próximo ano em Cheboksary, na Rússia, com a presença entre a equipa de juízes internacionais de marcha, do português Joaquim Graça.

“Chuso” García Bragado, que participou nos Jogos Olímpicos de Barcelona (1992), Atlanta (1996), Sidney (2000), Atenas (2004), Pequim (2008), e Londres (2012) é o desportista espanhol com mais participações olímpicas e apresta-se para ser o atleta masculino em todo o mundo com maior número de presenças no evento e igualando, a nível absoluto, a velocista jamaicana Marlene Ottey (1996/2004), que representou a Eslovénia na sua última presença olímpica.

Entre nós temos casos de atletas que se sagraram campeões de Portugal nos 50 km marcha, já na casa dos 40 anos de idade, exemplos de Pedro Martins, Jorge Costa e José Magalhães, e que produziram excelentes resultados na distância.

Por outro lado, Ana Cabecinha, a melhor marchadora portuguesa da atualidade e a atleta feminina com a melhor prestação nos campeonatos mundiais de atletismo, às portas de uma medalha (4.º lugar), deveria, a nosso ver, ser-lhe reservada pela FPA, desde já, lugar cativo nos Jogos Olímpicos de 2016, eliminando-se a condição de “pré-selecionada”.