Juízes preparam-se para o Seminário. Fotos: Rolf Mueller Montagem: O Marchador |
Cerca de meia centena
de juízes de marcha, provenientes dos cinco continentes concentraram-se no
passado fim-de-semana numa unidade hoteleira próxima do aeroporto de Heathrow,
em Londres, para a realização de exames escritos e orais, em língua inglesa, e
avaliação de situações reais em vídeo, com atletas em competições.
Em função dos
resultados obtidos pelos participantes será definida a constituição do novo
painel internacional, válido para o período de 2015 a 2018, a homologar pelo
Conselho da Federação Internacional de Atletismo na sua reunião anual, que terá
lugar a 18 de novembro, no Mónaco.
Espera-se também que,
ainda no próximo mês, sejam conhecidos os nomes dos juízes que tomarão parte no
júri dos grandes eventos internacionais, agendados para os próximos dois anos,
entre os quais há a destacar os Mundiais de Atletismo (2015), em Pequim, e os
Jogos Olímpicos (2016), no Rio de Janeiro.
Para a certificação
de Londres, aos 30 membros do painel internacional juntaram-se 19 dos painéis
continentais, indicados pelas estruturas dirigentes, sendo que, por via das
quotas estabelecidas pela federação internacional, a Europa fez-se representar,
a este nível, com 7 elementos, a Ásia com 3, a América do Norte, Central e
Caribe, com outros 3, e a Oceânia e a América do Sul, com 2 elementos cada.
Note-se que o novo
painel internacional será o mais reduzido de sempre, com apenas 25 elementos,
numa decisão que tem como objetivo proporcionar aos juízes de marcha a
visualização de um maior número de competições e, consequentemente, melhorar,
ainda mais, os níveis de consistência e rigor no julgamento.
Em 1991 o painel
contemplava 148 elementos, em 1998, eram 129, número que decresceu para 61 após
a realização da primeira certificação, nesse ano. Realizados exames a cada
quatro anos, na certificação de 2002 o número fixou-se em 30 elementos,
passando para os 32, em 2006, e para os 31, em 2010.
Este ano,
participaram na certificação juízes de 32 países, assim distribuídos:
Europa (16): Alemanha
(3), Espanha (3), Inglaterra (3), Portugal (3), Dinamarca (1), Eslováquia (1),
Estónia (1), França (1), Finlândia (1), Irlanda (1), Holanda (1), Itália (1),
Noruega (1), Polónia (1), República Checa (1), Suíça (1);
América (7):
Argentina (2), Canadá (1), EUA (4), Guatemala (1), México (1); Panamá (1),
Porto Rico (1);
Ásia (5): China (2),
Hong Kong (2), Indonésia (1), Japão (1), Malásia (1);
África (2): Quénia
(2), Ilhas Maurícias (1);
Oceânia (2):
Austrália (3), Nova Zelândia (1).
Alguns dos vinte e
cinco primeiros poderão não ter acesso garantido ao novo painel internacional
pois, para os países que disponham de mais de dois candidatos, casos de
Portugal, Alemanha, Espanha, Inglaterra, EUA e Austrália, apenas entram os seus
três juízes no caso de se classificarem nos dez primeiros lugares.