quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Espanha divulga critérios de selecção e mínimos internacionais 2015

Em Espanha trabalha-se a tempo e horas e todos sabem, com antecedência, com que regras contam, a avaliar pela circular da Real Federação Espanhola de Atletismo n.º 189/2014 emitida em 3 de Outubro passado, com os critérios de selecção e mínimos internacionais para as principais competições internacionais de marcha, nomeadamente a Taça da Europa de Marcha, em Ivano-Frankivsk, na Ucrânia (17 de Maio/2015) e o Campeonato do Mundo de Atletismo, em Pequim, na China (22 a 30 de Agosto/2015). O documento apresentado é revelador do bom trabalho do Sector de Marcha da RFEA e do seu responsável técnico, Santiago Pérez.

Por se terem classificados nos 8 primeiros lugares dos Campeonatos da Europa de Zurique, encontram-se já «fixos» para a Taça da Europa de Marcha os atletas Miguel Ángel López y Álvaro Martín (20 km masculinos), Beatriz Pascual (20 km femininos) e o veteraníssimo Jesús A. García Bragado (50 km). Os resultados dos campeonatos/criterium (1 e 22 de Março/2015) e a qualidade das marcas produzidas, entre outros critérios, assumem particular importância na decisão dos lugares a preencher. Contudo, é igualmente referido que ao Comité Técnico da RFEA é reservada a decisão de não completar equipas em função do nível atlético.

Já para os Mundiais de Atletismo de Pequim, Miguel Ángel López, campeão da Europa em Zurique, é o único marchador com lugar reservado. Os resultados a obter em Ivano-Frankivsk, revelam-se, como não poderia deixar de ser numa prova de selecção nacional, de fulcral relevância para a escolha de um máximo de 3 atletas a seleccionar. Não bastando ser o melhor, ou os melhores espanhóis neste evento, excluindo-se deste pressuposto, claro está, Miguel Ángel, é necessário que cumulativamente se cumpram marcas de referência.

Em qualquer dos casos, a RFEA define como mínimos para Pequim-2015, as marcas de 1.23.00 aos 20 km masculinos, 3.58.00 aos 50 km masculinos, e 1.33.30 aos 20 km femininos, a serem obtidas entre 1 de Janeiro de 2014 e 30 de Maio de 2015.

A circular da RFEA poderá ser consultada aqui.

Em Portugal, é bem conhecida a forma tardia e os contornos menos transparentes nos processos que são definidos pela Federação Portuguesa de Atletismo, com a conivência do seu Sector de Marcha, produzindo decisões bem duvidosas e contraditórias. Só este ano, foi o caso dos critérios de selecção para a Taça do Mundo de Marcha de Taicang, em particular para os 50 km e a poucos dias dos respectivos campeonatos nacionais, e também nos 20 km masculinos com a forma desastrada na escolha de um atleta com um registo a mais de 5 minutos da marca de qualificação. Mais recentemente, o bem conhecido «caso» Susana Feitor, e a sua ausência dos europeus de Zurique, que levou a atleta a demitir-se do cargo que ocupava na direcção da FPA.