Vera Sokolova. Foto: Zimbio |
A análise da amostra B do controlo antidopagem à
marchadora russa Vera Sokolova, levado a cabo em finais de Setembro no
laboratório anti-«doping» de Colónia, na Alemanha, revelou-se positiva. Este
resultado vem confirmar o da primeira análise, que levou a atleta a requerer a
verificação da segunda amostra.
Não conformada com a confirmação do resultado positivo, a
atleta foi esta semana citada pelo jornal «Chempionata» a manifestar-se
surpreendida com o facto de lhe ter sido dito que a análise da amostra B
demoraria até 20 dias mas que afinal a federação internacional confirmou o
resultado da contra-análise logo em 28 de Setembro, ou seja, ao fim de apenas
dois dias. A comunicação tão rápida da decisão, que chegou à atleta via
«e-mail», suscitou em Sokolova dúvidas sobre a justiça da decisão, que lhe
pareceu pouco transparente, conforme adiantou à referida publicação.
Em consequência, Vera Sokolova decidiu recorrer da
conclusão do laboratório de Colónia e avançar para os tribunais, admitindo o
recurso ao Tribunal de Arbitral do Desporto de Lausana. A atleta acredita poder
provar a inocência, ao mesmo tempo que defende as lideranças do Centro de
Preparação Olímpica de Saransk e da Federação Russa de Atletismo.
Entretanto, a federação internacional informou
oficialmente a Federação Russa de Atletismo do resultado negativo da análise à
amostra B do também marchador russo Stanislav Emelyanov, cuja primeira análise
revelara a presença de eritropoietina (EPO). A análise da amostra deste atleta
aconteceu já em Agosto, também no laboratório de Colónia, mas só agora a
Agência Mundial Antidopagem emitiu relatório oficial sobre o procedimento.
Em 2014, Stanislav Emelyanov foi desapossado do título
europeu de 20 km marcha conquistado quatro anos antes em Barcelona. A razão da
desclassificação foi a detecção de valores anormais no passaporte biológico.