segunda-feira, 31 de julho de 2017

Vitórias de Madrid (fem.) e Lisboa (masc.) no Meeting de Atletismo Jovem

Fase inicial das provas, com os vencedores, Paulo Martins, a liderar, e
Alicia Sánchez, na cauda do pelotão de rapazes. Foto: Pedro Isidro.
Montagem: O Marchador
A madrilena Alicia Sánchez Guilarte, com 25.59,08, e o lisboeta Paulo Martins, com 22.51,58, saíram vencedores das provas mistas de marcha sobre 5.000 metros do Meeting de Atletismo Jovem, evento realizado no sábado (dia 29) na pista do 1.º de Maio, em Lisboa.

Na prova feminina, Alicia Sánchez, atleta do Club Atletismo Alcorcón, cedo se destacou ao procurar ir na peugada dos rapazes, com 4.51 nos primeiros 1.000 metros e abrindo então 31 segundos de avanço para a segunda classificada, Joana Pontes, do GA Casais do Vento (Leiria). A diferença viria a ficar reduzida a apenas 4 segundos à passagem dos 3.000 metros (15.38 para 15.42) mas a ordem classificativa não se alteraria até final. A terceira posição absoluta foi ocupada pela lisboeta Catarina Santos (27.18,75).

Na prova masculina, os concorrentes adotaram um ritmo inicial lento, com 4.38 aos 1.000 metros, e depois ainda mais lento (quase 5 minutos no 2.º km), e foi preciso esperar pelos 3.000 metros de prova para o sportinguista Paulo Martins, detentor do melhor registo entre os participantes, resolver distanciar-se para vencer com à vontade. Os madrilenos Jesus Abad Zorzo (23.24,32) e Rodrigo Gil de Francisco (23.25,99) ocuparam as posições seguintes do pódio.

Com o programa horário a indicar que as provas eram disputadas em pistas separadas (masc. 1 e fem. 5), à hora da partida todos os participantes estavam posicionados junto à meta, verificando-se que a pista 4 estava marcada com cones para receber uma das provas. Pouco depois os rapazes lá foram para a partida nos 200 metros (p1) e as meninas ficaram a aguardar saber o local de partida da prova (p4), o que a organização não sabia. Conclusão: as provas foram «mistas»!

Classificações
5.000 m femininos – prova mista
1.ª, Alicia Sánchez Guilarte, 2000 (Madrid), 25.59,08
2.ª, Joana Pontes, 2000 (GACV - Leiria), 26.04,59
3.ª, Catarina Santos, 2001 (AA Lisboa), 27.18,75
4.ª, Andreia Reis, 1999 (AA Lisboa), 28.49,77
5.ª, Noelia Rodríguez Caballero, 1999 (Madrid), 32.21,78
Desistente: Marina Álvarez Sánchez, 2000 (Madrid).

5.000 m masculinos – prova mista
1.º, Paulo Martins, 1999 (AA Lisboa), 22.51,58
2.º, Jesus Abad Zorzo, 1998 (Madrid), 23.24,32
3.º, Rodrigo Gil de Francisco, 2001 (Madrid), 23.25,99
4.º, Alvaro Lopez Núñez, 1999 (Madrid), 23.58,35
5.º, Ricardo Bernardino, 1999 (SCP - Lisboa), 24.49,16
6.º, Ignacio Villegas de Miquel, 2001 (Madrid), 25.29,25
7.º, João Pinel, 2001 (CABB - Setúbal), 26.48,07
Desistente: Sidney Santos, 1999 (AA Lisboa).

domingo, 30 de julho de 2017

Narin Canbek com 8 anos de suspensão por dopagem

Narin Canbek a vencer a prova em Kastamonu-2015.
Foto: Haberler
Na mais recente lista de atletas sancionados por dopagem divulgada pela IAAF (28 de Julho), encontra-se o nome da marchadora turca Narin Canbek, de 29 anos de idade, com um caso positivo numa competição que remonta a Julho de 2015 quando participou e venceu os 10.000 metros em pista (50.24) da 2.ª fase do campeonato nacional de clubes de marcha realizada em Kastamonu.

Este processo, que apenas agora é tornado público, determinou a Canbek uma inegibilidade por um período de 8 anos, iniciado em 10 de Novembro de 2015 e que termina a 24 de Julho de 2023.

Pelo que se conhece da atleta, admitindo-se ser a que antes tinha como apelidos Sağlam-Kahraman, foi internacional sub-20 entre 2004 e 2006, com participações nos mundiais de Grosseto-2004 e Pequim-2006, na Taça do Mundo da Corunha-2006 e na Taça da Europa de Miskolc-2005, tendo enveradado também pela corrida em provas de 1.500 metros e 3.000 metros (incluindo os obstáculos), conquistando vários títulos nacionais.

sábado, 29 de julho de 2017

I Challenge de Marcha JC Urias – Guatemala (resultados)

Atletas participantes e premiados, e Julio Urías.
Fotos: fb Julio C Urias. Montagem: O Marchador
Por iniciativa do antigo marchador olímpico de Guatemala, Julio César Urías, ex-recordista nacional dos 50 quilómetros, que agora treina jovens e promissores atletas, foi organizada uma competição de marcha no passado dia 7 de julho na Cidade de Guatemala, denominada «I Challenge Julio C Urías e Amigos del Equipo», com a intenção de despedida dos atletas do grupo que vão participar nos mundiais de Londres.

São eles, José Barrondo, de 20 anos de idade, que conseguiu os mínimos para mundial na Taça Pan-americana no Peru, em Maio passado, e José Raymundo, olímpico no Rio.

Embora em ambiente familiar, à competição, com 9 atletas masculinos (10 km) e 6 femininos (5 km + 3 km), não faltou competitividade, disputando-se em circuito no parque da cidade.

Nos masculinos venceu José Barrondo, primo do medalhado olímpico Eric Barrondo, com a marca de 40.20, seguido de Angel Ramos, com 40.54, e de José Raymundo, com 41.18. Nos femininos, a vencedora foi Maritza Poncio, marchadora olímpica no Rio, com 22.51, a segunda posição para Arely Morales, com 24.07, e a terceira para Cefora Poncio, com 27.00.

Aos dois citados representantes da Guatemala nos mundiais, juntar-se-ão Eric Barrondo e Mirna Ortiz, que se encontram a treinar em Espanha.

Colaboração: Kristina Saltanovic

Classificações
10 km masculinos
1.º, Jose Alexandro Barrondo Xuc, 40.20
2.º, Angel Eduardo Ramos Ventura, 40.54
3.º, Jose Maria Raymundo Cox, 41.18
4.º, Jurgen Grave, 41.53
5.º, Sergio Sacul, 41.56
6.º, Erwin Ernesto Morales Paau, 42.20
7.º, Emmanuel Aguilar, 54.23
8.º, Juda Romero, 56.23
9.º, Angel Caal, 57.12

5 km femininos
1.ª, Maritza Rafaela Poncio Tzul, 22.51
2.ª, Arely Esmeralda Morales, 24.07
3.ª, Cefora Poncio, 27.00
4.ª, Adreana Dias, 29.37

3 km veteranos femininos
1.º, Liliana Jeanpierre, 20.06
2.ª, Aracely Salcedo, 21.38

Meeting Jovem Lisboa – Madrid com provas de marcha

Foto: Inatel. Montagem: O Marchador
Hoje, sábado, a partir das 17 horas, terá lugar na pista de Atletismo do Parque de Jogos do Estádio 1.º de Maio, da Fundação INATEL (Lisboa) um Meeting de Atletismo Jovem (sub-20 e sub-18) da iniciativa da Associação de Atletismo de Lisboa, que muito bem inclui a marcha atlética no programa de provas.

As provas de marcha de 5.000 metros para atletas de ambos os sexos têm início às 19.40 horas, estando previstos 8 participantes masculinos, com 3 atletas de Lisboa, 4 de Madrid e 1 de Setúbal (5 sub-20 e 3 sub-18) e 6 femininos, com 2 de Lisboa, 3 de Madrid e 1 de Leiria (2 sub-20 e 4 sub-18).

A lista de atletas inscritos pode ser consultada aqui.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

A estranha inclusão dos 50 km femininos

Montagem: O Marchador
O Conselho da Associação Internacional de Federações de Atletismo (AIFA, ou IAAF na sigla em inglês) divulgou este domingo (23 de Julho) ter acrescentado ao programa dos Mundiais de Londres (4 a 13 de Agosto) uma prova de 50 km marcha para o sector feminino, tornando estes campeonatos do mundo nos primeiros a ter o mesmo número de provas para masculinos e para femininos (24+24). A prova terá início simultâneo com os 50 km masculinos, sendo criada uma classificação específica para as participantes femininas, a quem serão atribuídos prémios monetários como nas restantes provas dos campeonatos.

Às atletas interessadas em participar foi indicado o dia 25 de Julho, às 24h00 (hora do Mónaco) como limite para a obtenção de mínimos, estabelecidos em 4.30.00 h. Para poderem terminar a prova nos mundiais de Londres, as participantes terão de entrar na última volta de 2000 metros (ou seja, passar aos 48 km) com um tempo de passagem não superior a 4.17.00 h. Se não o conseguirem, serão afastadas da prova, mas não desclassificadas – isto é, ficam classificadas sem marca final.

O Presidente da AIFA, Sebastian Coe, esclareceu que a decisão do Conselho surge na sequência da participação de uma atleta dos Estados Unidos (Erin Taylor-Talcott) na edição de 2016 dos Mundiais de Marcha por Selecções, realizada em Roma. E acrescentou que a igualdade de prémios monetários entre masculinos e femininos é uma realidade desde que este tipo de prémios foi instituído, no início dos anos 90.

Sebastian Coe reconheceu que esta foi uma decisão de última hora, explicando ter tido na base o pedido feito nesse sentido por um «pequeno grupo de atletas». «Assim, para garantir uma credibilidade de longo prazo dos Campeonatos do Mundo, iremos seguir a recomendação do Comité de Marcha e avaliar a evolução desta prova para determinar se há suficiente número de atletas e de países realmente interessados», acrescentou durante a conferência de imprensa de domingo passado.

O presidente da AIFA parece ter tocado nas questões mais interessantes deste assunto. Por um lado, a inclusão de uma prova de marcha de 50 km para senhoras é mais um passo no sentido da igualdade de programa de provas para masculinos e femininos, para já garantida no número de títulos a atribuir (24 em cada sector). Faltará equiparar, por exemplo, o número de eventos nas provas combinadas (por enquanto, decatlo para masculinos e heptatlo para femininos), a dimensão e a massa dos engenhos dos concursos de lançamentos (mais pequenos e menos pesados no sector feminino) ou a altura das barreiras e a extensão da sua prova mais curta (100 m barreiras para as mulheres, 110 m barreiras para os homens).

Quanto aos prémios monetários, é claro que se há 48 classificações para atribuição de outros tantos títulos de campeão, não poderia haver prémios em apenas 47 provas. Portanto, é lógico que terá de haver prémios monetários para os 50 km femininos de igual valor aos das restantes provas do programa. Mas é de admitir que se questione a legitimidade de prémios iguais para uma prova que não deverá ter à partida uma quantidade de concorrentes que justifique sequer uma final com a tradicional dimensão de oito atletas. E resta saber se o número de atletas na meta dos 50 km femininos vai permitir compor um pódio completo. Mas esse já é um problema secundário, dado que pior seria não haver prémios de todo.

Em todo o caso, a questão dos prémios monetários apresenta uma vertente pouco menos que ridícula. É que, se as atletas que não cumprirem o limite de tempo na passagem aos 48 quilómetros forem afastadas da prova mas não desclassificadas, isso significa que permanecem na classificação, podendo assim receber o prémio (e medalha, se classificadas num dos três primeiros lugares), mesmo sem terem completado a distância da prova.

Outro assunto que também não se compreende muito bem é que a AIFA, a entidade de cúpula do atletismo mundial, liderada por dirigentes profissionais e com grande responsabilidade, tenha tomado esta decisão a pouco mais de uma semana da abertura dos mundiais de Londres, onde ela produzirá efeito, e que o tenha feito para corresponder ao pedido de «um pequeno grupo de atletas». Que atletas foram esses (ou essas)? Têm interesse directo e pessoal no processo? Será uma influência legítima aquela a que a AIFA aceitou submeter-se da parte desses (ou dessas) atletas?

Como se tudo isso não fosse já suficiente «per se», acrescenta-se ainda o pormenor de que as interessadas poderão obter mínimos até dois dias depois do anúncio da decisão do Conselho da AIFA. Mas isso, em termos práticos, é o mesmo que dizer que mais ninguém vai participar nos 50 km marcha femininos de Londres-2017 para além das atletas que porventura já tivessem mínimos antes.

Depois de num momento inicial terem soprado de vários quadrantes manifestações de regozijo pela decisão do Conselho da AIFA, logo proliferaram comentários mais ponderados sobre a matéria. Sem dúvida, é positivo o surgimento de uma prova de 50 km marcha para o sector feminino nos mundiais de atletismo, mas a decisão e o respectivo anúncio teriam de acontecer em tempo útil, não a uma semana e meia do início dos campeonatos.

É de prever que o número de participantes nos 50 km marcha femininos nos mundiais de Londres vá ser muito baixo (fala-se em cinco atletas com mínimos), ainda que possa passar desapercebido no conjunto dos atletas em prova, atendendo à simultaneidade das partidas dos 50 km (masculinos e femininos). Ao mesmo tempo, haverá com certeza muitas atletas que, se tivessem sabido atempadamente da possibilidade de competir em 50 km nestes campeonatos do mundo, teriam tentando fazer mínimos para poderem alinhar. Portanto, o princípio de justiça que leva a equiparar o número de provas para masculinos e para femininos nos mundiais de atletismo e a atribuir prémios monetários também nos 50 km femininos não se reflecte depois na criação de oportunidades iguais para todas as potenciais interessadas, havendo aqui beneficiadas (poucas) e prejudicadas (muitas). Além de, como se viu atrás, poder haver também quem receba prémios sem ter terminado a prova.

Há poucos meses, o mundo da marcha (e do atletismo em geral) despertou para a ameaça que a própria AIFA e o Comité Olímpico Internacional faziam à continuidade dos 50 km marcha no programa dos Jogos Olímpicos. Agora, a inclusão dos 50 km femininos nas grandes competições internacionais de atletismo (para já, nos campeonatos do mundo, depois da inclusão nos mundiais de selecções de marcha de há um ano) pode chegar em reforço do princípio da manutenção da histórica distância longa no programa olímpico. Esse é um aspecto positivo desta questão, mas será preciso estar alerta para a eventualidade de um eventual insucesso dos 50 km femininos em Londres acabar por servir de argumento dos que se perfilam para continuar a combater os 50 km marcha no programa dos Jogos Olímpicos.

A marcha nos campeonatos polacos de atletismo em Bialystok

A prova feminina liderada por Buziak e o pódio masculino.
Fotos: fb de Kasia Golba e Artur Brzozowski
Montagem: O Marchador
De 21 a 23 de julho a cidade polaca de Bialystok acolheu os campeonatos nacionais de atletismo, com provas de marcha de 5.000 metros femininos e 10.000 metros masculinos.

As primeiras a competir foram as mulheres, na sexta-feira, dia 21, e embora a prova tenha sido realizada às 18h15 o tempo quente (20 graus Celcius e 80% de humidade) dificultou o andamento. Sem marchadoras selecionadas para Londres, a motivação para fazer grandes marcas foi mínima, com a prova a ser ganha pela internacional e olímpica Paulina Buziak, com 22.20,99. Nas segunda e terceira posições classificaram-se Katarzyna Golba, com 22.33,55, e Agnieszka Ellward, com 23.12,05, respetivamente.

Na prova masculina, disputada no sábado, dia 22, às 15h45 (23 graus Celsius e 54% de humidade), a concorrência foi bem maior e animada pela participação extra do olímpico mexicano e finalista mundial Eder Sánchez. Foi ele quem imprimiu o ritmo nos dois primeiros quilómetros, com passagens em 3.54 e 8.01, para depois voltar a assumir a liderança na parte final e cortar a meta em primeiro lugar com 40.05,02, recorde pessoal. O segundo classificado da prova e campeão polaco foi Artur Brzozowski, que tomou a iniciativa de puxar entre os terceiro e sétimo quilómetros, registando 40.17,91, a sua melhor marca do ano na distância. Jakub Jelonek, com 41.10,22, Damian Blocki, com 41.41,39, fecharam o pódio dos campeonatos.

Foram 7 os participantes em cada uma das provas.

Colaboração: Kristina Saltanovic

Classificações
10.000 m femininos - 21/7
1.ª, Paulina Buziak, 1986 (LKS Stal Mielec), 22.20,99
2.ª, Katarzyna Golba, 1989 (AZS-AWF Katowice), 22.33,55
3.ª, Agnieszka Ellward, 1989 (WKS Flota Gdynia), 23.12,05
4.ª, Katarzyna Zdziebło, 1996 (LKS Stal Mielec), 23.23,97
5.ª, Joanna Bemowska, 1994 (AZS UMCS Lublin), 23.31,69
6.ª, Agata Kowalska, 1998 (KKL Rodło Kwidzyn), 24.16,66
7.ª, Agata Piekarz, 2001 (MKS Hermes Gryfino), 25.36,70

5.000 m masculinos – 22/7
Extra-campeonatos: Eder Sánchez, 1986 (México), 40.05,52
1.º, Artur Brzozowski, 1985 (AZS-AWF Katowice), 40.17,91
2.º, Jakub Jelonek, 1985 (KS AZS AWF Kraków), 41.10,22
3.º, Damian Błocki, 1989 (MKL Szczecin), 41.41,39
4.º, Rafał Sikora, 1987 (AZS AWF Kraków), 42.10,31
5.º, Adrian Klonowski, 1997 (LKS Vectra Włocławek), 44.45,20
Desclassificado: Jacek Cyngot, 1996 (UKS Olimp Kozienice).

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Campeonatos Pan-americanos Sub-20 em Trujillo (resultados)

Fase inicial da prova feminina e o pódio masculino em Trujillo.
Fotos: LOC U20 Trujillo 2017
Montagem: O Marchador
Alexander Hurtado (Equador) e Alegna González (México) sagraram-se campeões pan-americanos nas provas de 10.000 metros marcha, em pista, que tiveram lugar no último fim-de-semana, em Trujillo, no Perú, no Estádio Chan Chan, sendo a 19.ª edição da competição que reúne atletas com idades abaixo dos 20 anos.

Na prova masculina, Hurtado realizou a marca de 40.37,64, com o mexicano Andres Olivas a alcançar a medalha de prata com a marca de 40.45,31, e outro equatoriano, Jhonathan Amores, a concluir a competição no terceiro lugar, com o tempo de 42.03,53.

Na prova feminina, González, com 44.43,89, bateu o recorde dos campeonatos, que antes estava na posse da boliviana Stefany Coronado, obtido na edição de Edmonton, há dois anos, quando vencera com o tempo de 47.05,11. A medalha de prata foi alcançada pela colombiana María Fernanda Montoya, com 45.52,92, e a de bronze pela atleta da casa, a peruana Evelyn Huaynalaya, com 47.18,71, apesar da entrada na zona do Pit Lane para cumprir um tempo de penalização, após três notas de desclassificação, procedimento usual nas competições para os escalões jovens.

Falemos agora, um pouco, de David Hurtado, que recebeu as felicitações do Presidente da República do seu país, na conta de twitter. O Equador, após a estrondosa vitória de Jefferson Peréz, nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996 (completou-se no dia de ontem 21 anos), apostou na marcha atlética de uma forma mais acentuada e os resultados vão aparecendo, nomeadamente nos escalões jovens, com resultados muito interessantes no plano internacional.

Hurtado, treinado por Javier Cayambe, é um desses valores da nova vaga da marcha equatoriana (outro é Jonathan Amores). Já havia vencido este ano a Taça Pan-americana de Marcha, realizada igualmente no Perú (Lima), e este ano estabeleceu a melhor marca nacional do Equador, na sua categoria (10 km marcha) na passagem para os 20 km, do Grande Prémio da Corunha, com o tempo de 39.46,00. O jovem atleta não esconde que um dos seus principais objetivos na carreira atlética é o de igualar a atuação de Jefferson Pérez nuns Jogos Olímpicos.

Sobre a vencedora, Alegna González, há que dizer que é um dos grandes talentos jovens da marcha feminina mexicana. A atleta de Chihuahua, além de bater o recorde da competição, obteve ainda um novo recorde mexicano da categoria, suplantando Valeria Ortuno que a 19 de julho de 2016 obtinha o tempo de 45.44,33, nos mundiais da categoria, na Polónia. É treinada por Ignacio Zamudio e tem permanência constante no Centro Nacional de Desenvolvimento de Talentos Desportivos e Alto Rendimento (CNAR), sediado na Cidade do México, sendo um dos seus grandes objetivos para 2018 a presença, em lugares de honra, nos mundiais de Sub-20, que terão lugar na cidade finlandesa de Tampere.

Classificações
10.000 m masculinos (21/7)
1.º, Alexander D Hurtado Espinosa, 18 anos (Equador), 40.37,64
2.º, Andres E Olivas Nuñez, 19 (México), 40.45,31
3.º, Jhonathan J Amores Carua, 19 (Equador), 42.03,53
4.º, Gustavo I Solis Avendaño, 19 (México), 42.10,46
5.º, Cesar A Herrera Cortes, 18 (Colômbia), 42.31,78
6.º, Arnold Riveros Suarez, 19 (Peru), 46.58,84
7.º, Cameron Haught, 19 (E.U. América), 47.44,72
Desclassificados: Eduardo Uria, 18 (E.U. América), Alger Liang, 19 (Canadá) e Jose C Mamani Flores, 19 (Peru).

10.000 m femininos (23/7)
1.ª, Alegna A Gonzalez Muñoz, 18 anos (México), 44.43,89
2.ª, Maria F Montoya Marin, 19 (Colômbia), 45.52,92
3.ª, Evelyn C Inga Huaynalaya, 19 (Peru), 47.18,71
4.ª, Vivian L Castillo Villamares, 19 (México), 48.26,40
5.ª, Leyde J Guerra Mucha, 19 (Peru), 48.50,82
6.ª, Taylor Ewert, 16 (E.U. América), 50.01,00
7.ª, Yasuri B Palacios San Jose, 18 (Guatemala), 50.05,67
8.ª, Paula M Torres Sarango, 17 (Equador), 50.33,57
9.ª, Arely E Morales Hernandez, 19 (Guatemala), 50.35,07
10.ª, Brenda Palma Hernandez, 17 (Argentina), 50.48,75
11.ª, Nayeli Cisneros, 19 (E.U. América), 53.36,15
12.ª, Anastacia Sanzana, 19 (Chile), 53.55,62

Decréscimo da marcha portuguesa nos mundiais de Londres

Montagem: O Marchador
São apenas 4 os marchadores que garantiram a participação nos Campeonatos do Mundo de Atletismo de Londres a realizar no próximo mês de Agosto (a marcha no dia 13), conforme seleção ontem divulgada pela Federação Portuguesa de Atletismo.

São eles:

Ana Cabecinha, nos 20 km femininos;
João Vieira e Pedro Isidro, nos 50 km masculinos;
Inês Henriques, nos 50 km femininos, em prova que aparece agora integrada no programa do evento por decisão de última hora da IAAF.

Na mais recente edição dos mundiais de atletismo disputada em Pequim-2015 eram 6 os marchadores de entre 19 atletas da comitiva portuguesa e em Moscovo-2011 a marcha, igualmente com 6 atletas, constituía metade da delegação. Há um ano, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016, a disciplina da marcha atlética teve 7 marchadores em ação.

Será a primeira vez no historial dos campeonatos mundiais que Portugal não terá qualquer representante em competição nos 20 km masculinos. No lado feminino, que normalmente tinha mais atletas que as 3 vagas disponíveis, é preciso recuar 14 anos, à edição de Paris-2003, para encontrar 2 representantes nacionais nos 20 km, agora reduzida a Ana Cabecinha na «remodelação» de Inês Henriques para os 50 km.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Marchador master (M60) com 4 anos de suspensão por dopagem

Doping: Scott McPherson (M60).
Foto: LOC Daegu WMACi-2017
A Agência Antidopagem dos Estados Unidos da América (USADA) divulgou no passado dia 17 que o marchador master daquele país Scott McPherson, de Lubbock, Texas, da categoria etária de 60-64 anos, foi punido com uma suspensão de 4 anos devido a amostra positiva por esteroides anabolizantes quando da sua participação em Fevereiro passado nos Campeonatos Nacionais Masters de pista coberta em Albuquerque (Novo México).

No referido evento McPherson obteve os títulos nacionais nas provas da milha e 3.000 metros marcha, tendo sido o único participante na sua faixa etária. Em Março rumou a Daegu, na Coreia do Sul, para aí representar o seu país nos Campeonatos do Mundo Masters em pista coberta (WMACi), classificando-se na 5.ª posição nas provas de 3.000 metros e 10 km marcha.

Se infelizmente vão-se sucedendo os casos de dopagem na elite mundial da marcha, invulgar e bem estranho é que um atleta master de 60 anos tenha tido um controlo positivo num evento nacional em que foi o único participante no seu escalão e com marcas de reduzido valor técnico (milha, 10.37,67; 3.000 m, 20.06,27)!

A notícia da USADA pode ser lida aqui.

De regresso a Aarhus para os Europeus de Veteranos (EMACS)

Montagem: O Marchador
Depois do sucesso organizativo e desportivo que constituiu a edição dos campeonatos de Aarhus em 2004, batidos que foram 45 recordes mundiais (na marcha, W80, Aina Engberg, SWE, 10 km, 1.14.12) e 64 europeus, eis que o evento está de volta a esta cidade, a segunda maior da Dinamarca, eleita este ano a Capital Europeia da Cultura.

Trata-se da 20.ª edição dos Campeonatos da Europa de Atletismo para Veteranos em Pista, a decorrer de 27 de Julho a 6 de Agosto, com a participação global de cerca de 4.000 atletas de mais de 40 países, e sucede à edição de 2014 (a 19.ª) em Izmir, na Turquia.

O programa de provas inclui a marcha no dia 31 de Julho, com os 5.000 metros masculinos e femininos no Estádio Viby, e no dia 3 de Agosto, com os 20 km masculinos e 10 km femininos em estrada (circuito de 2 km), no Parque Ceres.

Foram efetuadas 529 inscrições para as diferentes provas de marcha, correspondendo a 307 atletas participantes (189 masculinos e 118 femininos) de 27 países. A Alemanha lidera no número de marchadores inscritos, com 53, seguido da França (42) e de Itália (37). Portugal alinhará com 7 e o país organizador com 5.

De entre os marchadores portugueses inscritos, Alexandra Lamas (W45) e Maria Orlete Mendes (W65), apresentam-se como as campeãs em título de Izmir-2014, então nas categorias W40 e W60 respetivamente.

Uma especial referência na organização local para Kai Thomsen, dedicado treinador e histórico elemento da marcha atlética dinamarquesa.

terça-feira, 25 de julho de 2017

Takacs e Martín vencem Campeonatos de Espanha em Barcelona

Os campeões 2017: Álvaro Martín, que lidera, e Julia Takacs (177).
Fotos: Castellón Diario e fb Juan A. Méndez Espejo
Montagem: O Marchador
Julia Takacs e Álvaro Martín, ambos do Club Atletismo Playas de Castellón, sagraram-se campeões absolutos de Espanha ao vencerem as provas de 10.000 metros marcha dos 97.os campeonatos de pista disputados no Estádio «Joan Serrahima» em Barcelona, que 30 anos depois voltou a receber o evento e que ainda comemorou o 25.º aniversário dos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992.

Nos femininos, Takacs, que competiu na primeira jornada dos campeonatos (sábado, 22, de manhã), evidenciou clara superioridade sobre as demais concorrentes registando a marca de 44.36,63 (parciais em cada 5.000 metros de 21.58,20 e 22.38,43) naquele que foi o seu 6.º título nacional nos campeonatos (2009-2011-2013-2014-2015-2017). 1 minuto e 37 segundos depois de Takacs chegaria para ocupar a segunda posição a sua colega de clube Lidia Sanchez-Puebla, com 46.13,79, seguida de perto pela terceira classificada, Amanda Cano (UCAM-Athleo Cieza), com 46.26,21.

Nos masculinos, Martín Uriol, na terceira jornada (domingo, 23, de manhã), com 39.47,17 (19.52,00 e 19.55,17 em cada 5.000 metros) conquistou pela 1.ª vez o título nacional nos campeonatos, superando por pouco mais de 3 segundos Luís Alberto Amezcua (Juventud Guadix, 39.50,88). Miguel Ángel López (UCAM Murcia), o atual campeão do mundo (Pequim-2015), quedar-se-ia pelo terceiro lugar, com 40.15,07.

Classificações
10.000 m femininos (22/7)
1.ª, Julia Takacs, 1989 (Playas de Castellon), 44.36,63
2.ª, Lidia Sanchez-Puebla, 1996 (Playas de Castellon), 46.13,79
3.ª, Amanda Cano, 1994 (UCAM-Athleo Cieza), 46.26,21
4.ª, Maria Larios, 1992 (A.D. Marathon), 46.57,72
5.ª, Mar Juarez, 1993 (Avinent Manresa), 47.16,71
6.ª, Andrea Cabre, 1988 (Playas de Castellon), 50.23,76
7.ª, Marina Sillero, 1998 (Ianuarius Salamanca), 52.28,00
8.ª, Melisa Sanchez, 1996 (UCAM-Athleo Cieza), 52.36,46
9.ª, Mar Chillon, 1996 (Valencia Esports), 52.43,39
10.ª, Angela Carrion, 1998 (A.C. Jumilla), 54.17,25
Desclassificadas: Maria Dolores Marcos, 1979 (MillenniumTorrevieja), Maria Perez, 1996 (Valencia Esports) e Maria del Pinar Polo, 1993 (Super Amara BAT).

10.000 m masculinos (23/7)
1.º, Alvaro Martin, 1994 (Playas de Castellon), 39.47,17
2.º, Luis Alberto Amezcua, 1992 (Juventud Guadix), 39.50,88
3.º, Miguel Angel Lopez, 1988 (UCAM Murcia), 40.15,07
4.º, Ivan Pajuelo, 1993 (A.D. Marathon), 41.53,34
5.º, Luis Manuel Corchete, 1984 (Atletismo Torrevieja), 42.29,37
6.º, Jose Ignacio Diaz, 1979 (FC Barcelona), 42.59,63
7.º, Francisco Arcilla, 1984 (Playas de Castellon), 43.18,19
8.º, Ivan Lopez, 1997 (CA Elche Decatlon), 43.30,08
9.º, Manuel Bermudez, 1997 (UCAM-Athleo Cieza), 43.42,61
10.º, Mario Sillero, 1990 (Real Sociedad), 45.22,77
11.º, Kevin Cerro, 1998 (Cornellà At.), 45.31,68
Desistente: Francisco Jose Duran, 1993 (Real Sociedad).
Desclassificados: Daniel Chamosa, 1997 (CA Fent Cami Mislata), Daniel Jimeno, 2000 (Simply-Scorpio 71) e Marc Tur, 1994 (Peña Santa Eulalia).

segunda-feira, 24 de julho de 2017

III Divisão: triunfos de marchadores de Cucujães e Oliveira do Douro

José Silva (NAC) e Sandra Silva (CFOD).
Fotos: Manuel M.C. Rocha e ADAL (arquivo).
Montagem: O Marchador
Em horário pouco habitual (13h05 e 13h35) disputaram-se as provas de marcha de 5.000 metros masculinos e 3.000 metros femininos integradas nos Campeonatos Nacionais de Clubes da III Divisão em Pista ao Ar Livre (Leiria, 1.ª jornada, 22 de Julho), com o máximo de número de pontos para os seus clubes a serem conseguidos por José Silva, do Núcleo de Atletismo de Cucujães (Aveiro), e Sandra Silva, do Clube de Futebol de Oliveira do Douro (Porto).

Nos masculinos, José Silva registou a marca de 25.12,67, à frente do sub-18 João Pinel (CA Baixa Banheira, 26.43,97) e de José Monteiro (AC Póvoa de Varzim, 27.50,55). Nos femininos, Sandra Silva cortou a meta com 16.18,37, dez segundos antes de Sofia Avoila (JO Monte Abraão, 16.28,85), com Sara Leal (NA de Cucujães, 17.53,33) a ser a terceira classificada.

Classificações
5.000 m masculinos
1.º, José Silva, 1985 (NA de Cucujães), 25.12,67
2.º, João Pinel, 2001 (CA Baixa Banheira), 26.43,97
3.º, José Monteiro, 1996 (AC Póvoa de Varzim), 27.50,55
4.º, Flávio Silva, 1992 (CA Mazarefes), 28.43,00
5.º, Bruno Marques, 1992 (Casa Benfica Faro), 36.20,03
Desclassificados: Pedro Feliciano, 2001 (CN de Rio Maior), Marco Amaral, 1993 (Juventude Ilha Verde), e Paulo Brito, 1971 (JO Monte Abraão).

3.000 m femininos
1.ª, Sandra Silva, 1975 (CF Oliveira Douro), 16.18,37
2.ª, Sofia Avoila, 1976 (JO Monte Abraão), 16.28,85
3.ª, Sara Leal, 1996 (NA de Cucujães), 17.53,33
4.ª, Sílvia Silva, 1970 (A Cluve Vermoil), 19.30,33
5.ª, Fátima Pereira, 1995 (CA Mazarefes), 19.43,59
Desclassificadas: Tânia Alves, 1991 (CA Marinha Grande) e Carina Rodrigues, 1987 (Grupo Desp Diana).

II Divisão: destacam-se os representantes de Vermoil e de Água de Pena

Maria Bernardo e Cristiano António.
Fotos: ADAL (arquivo). Montagem: O Marchador
Cristiano António, do Atlético Clube de Vermoil (Leiria), com 22.45,54 nos 5.000 metros, e a sub-20 Maria Bernardo, da Associação Desportiva e Recreativa de Água de Pena (Madeira), com 16.04,02 nos 3.000 metros, venceram as provas de marcha deste sábado (22) em Leiria a contar para a II Divisão dos Campeonatos Nacionais de Clubes em Pista ao Ar Livre.

Enquanto nos masculinos, Jaime Santos (GRECAS - Vagos, 24.33,86) e Victor Silva (ADR Água de Pena, 26.12,31) ocuparam as posições imediatamente a seguir a Cristiano António mas bem distanciados deste, nos femininos, a frente da prova foi mais equilibrada, com Andreia Sousa (Maia AC, 16.07,58) e Sandra Leitão (ADRE Palhaça, 16.33,37) nos segundo e terceiro lugares.

De notar que 5 equipas (3 masculinas e 2 femininas) não apresentaram representantes nas provas de marcha, ao contrário do pleno verificado na I Divisão.

Classificações
5.000 m masculinos
1.º, Cristiano António, 1988 (AC Vermoil), 22.45,54
2.º, Jaime Santos, 1972 (GRECAS - Vagos), 24.33,86
3.º, Victor Silva, 1990 (ADR Água de Pena), 26.12,31
4.º, Afonso Roll, 1992 (Escola do Movimento), 31.01,67
Desclassificado: Bernardo Borges, 2000 (Maia AC).

3.000 m femininos
1.ª, Maria Bernardo, 1999 (ADR Água de Pena), 16.04,02
2.ª, Andreia Sousa, 1998 (Maia AC), 16.07,58
3.ª, Sandra Leitão, 1975 (ADRE Palhaça), 16.33,37
4.ª, Iara Silva, 1999 (CS Marítimo), 19.53,15
5.ª, Ana Tocha, 1994 (União Clube Eirense), 20.40,43
6.ª, Ana Vieira, 2000 (C Desp C+S Lavra), 21.38,96

domingo, 23 de julho de 2017

I Divisão: Sporting e Benfica repartem vitórias na marcha em Leiria

Mara Ribeiro (SLB) e João Vieira (SCP).
Fotos: fb dos próprios, FPA e ADAL

Montagem: O Marchador
João Vieira, do Sporting CP, nos 5.000 metros, e Mara Ribeiro, do SL Benfica, nos 3.000 m, venceram este sábado em Leiria as provas da sua especialidade do programa dos Campeonatos Nacionais de Clubes da I Divisão em Pista ao Ar Livre.

Nos masculinos, João Vieira, com 19.54,67, obteve uma vitória folgada sobre o benfiquista Miguel Carvalho, este que em Fevereiro na pista coberta havia conseguido 19.57,83 e que quedou-se em Leiria por 20.28,26. Na época passada a disputa foi mais acesa entre os clubes rivais com João Vieira a impor-se ao seu irmão Sérgio por 6 segundos. A terceira posição da prova foi ocupada por Rui Coelho, do CA Seia, com 20.56,30.

Nos femininos, e contrariando o sucedido na época passada, Mara Ribeiro, com 13.38,18, impôs-se por 29 segundos à sportinguista Vitória Oliveira que detém 13.08,05 do Inverno e que agora fez quase 1 minuto mais (14.07,22). Nádia Cancela, da Juventude Vidigalense, seria a terceira classificada, com 14.56,84.

Classificações
5.000 m masculinos
1.º, João Vieira, 1976 (Sporting CP), 19.54,67
2.º, Miguel Carvalho, 1994 (SL Benfica), 20.28,26
3.º, Rui Coelho, 1994 (C Atletismo Seia), 20.56,30
4.º, António Pereira, 1975 (S Clube de Braga), 22.23,82
5.º, Augusto Cardoso, 1970 (ACR Sra Desterro), 22.38,74
6.º, Pedro Miguel Santos, 1992 (Juv Vidigalense), 22.49,20
7.º, Luís Gil, 1975 (G Desp Estreito), 23.42,87
8.º, Xavier Sousa, 1996 (ACD Jardim Serra), 24.41,80

3.000 m femininos
1.ª, Mara Ribeiro, 1995 (SL Benfica), 13.38,18
2.ª, Vitória Oliveira, 1992 (Sporting CP), 14.07,22
3.ª, Nádia Cancela, 1993 (Juv Vidigalense), 14.56,84
4.ª, Maribel Gonçalves, 1978 (G Desp Estreito), 16.08,19
5.ª, Marisa Pereira, 1980 (S Clube Braga), 16.09,73
6.ª, Andreia Freitas, 1983 (ACD Jardim Serra), 16.19,78
7.ª, Ana Santos, 2000 (GRECAS - Vagos), 20.59,65
Desclassificada: Tânia Gonçalves, 1985 (ACR Sra Desterro).

sábado, 22 de julho de 2017

Sergey Shirobokov, campeão esperado nos europeus de Grosseto

Sergey Shirobokov, um campeão sem bandeira, sem hino e
sem equipa para festejar o título de campeão europeu.
Foto: streaming AEA

Confirmando o favoritismo que lhe era reconhecido à partida, o russo Sergey Shirobokov venceu esta manhã, em Grosseto, os 10 mil metros marcha masculinos dos Campeonatos da Europa de Atletismo para Juniores, que decorrem até amanhã naquela cidade italiana. Shirobokov registou 43.21,29 m, terminando com vantagem imprevista sobre o espanhol José Manuel Pérez (44.27,23) e o ucraniano Eduard Zabuzhenko (44.22,16), seus companheiros no pódio.

Como facilmente se deduz das marcas dos primeiros, o início da competição foi bastante lento, com todos os 16 atletas em prova a seguirem agrupados até aos 2500 metros, quase sempre liderados pelo italiano Giacomo Brandi. Os favoritos Shirobokov e Leo Köpp (Alemanha) pareciam marcar-se mutuamente, mantendo-se em posições defensivas no meio do pelotão.

Foi já depois do quarto de prova que o grupo começou a cindir-se, à medida que, na frente, Brandi ia aumentando um pouco o ritmo, seguido pelo ucraniano Viktor Shumik e pelo grego Yeóryos Tzatziamákis, que se mantinham menos discretos que os demais colegas de prova.

Seria com a aproximação do meio da prova que as posições começavam a marcar-se de forma mais clara, sendo a primeira légua vencida com o polaco Lukasz Niedzialek a impor o andamento. Era seguido por Brandi e Shumik, numa fase em que restavam dez atletas no grupo da dianteira.

Próximo do final do sexto quilómetro, Shirokov assumiu a liderança, impondo um ritmo a que só Köpp e Shumik conseguiram responder, enquanto Niedzialek e Brandi se posicionavam pouco atrás. Shirobokov ia aumentando o ritmo, obrigando o alemão e o ucraniano a constantes cedências e recuperações.

O pódio parecia destinado a Shirobokov, Köpp e Shumik, mas aos sete quilómetros e meio, o marchador da Ucrânia seria encaminhado para a área de penalização, para cumprir dois minutos de paragem. Na volta seguinte, quando Shirobokov já se tinha isolado na frente, o alemão teria o mesmo destino, ficando o russo-neutro com a vitória praticamente garantida.

Quem parecia revelar menos escrúpulos no cumprimento das regras da disciplina era o polaco Niedzialek. Isolado na segunda posição após as penalizações dos dois concorrentes que o precediam, Lukasz Niedzialek não teve o discernimento de gerir a técnica para garantir o segundo lugar e acabou, também ele, por ver ser-lhe imposta penalização de 120 segundos pouco antes de entrar na volta final.

Desse facto beneficiavam José Manuel Pérez e Eduard Zabuzhenko, que, sem se terem mostrado muito ao longo da competição, acabaram lançados para o pódio, depois de terem ultrapassado o mais visível dos italianos, Giacomo Brandi, assim relegado para fora das medalhas.

Com esta vitória, Sergey Shirobokov completou com Yana Smerdova o pleno de vitórias de atletas neutros autorizados (ambos russos) nas provas de marcha destes europeus de sub-20. Shirobokov sucede, assim, ao espanhol Diego García, campeão há dois anos em Eskilstuna (Suécia), com 40.05,21 m, numa prova em que a marca do vencedor deste ano não permitiria terminar antes do 16.º lugar.

Mas, claro, cada prova tem a sua história e estes 10 mil metros marcha masculinos não exigiram demasiado esforço para que o favorito mostrasse a sua superioridade e levasse para a Rússia mais uma medalha de ouro.

Uma nota final para assinalar que, na primeira jornada, Yana Smerdova se sagrou campeã na marcha feminina cortando a meta na pista 5, tendo hoje o compatriota feito o mesmo na pista 4. Alguma razão especial para esta atitude dos dois atletas neutros autorizados?

Classificação
10.000 m marcha masculinos
1.º, Sergey Shirobokov (ANA), 43.21,29
2.º, José Manuel Pérez (Espanha), 44.17,23
3.º, Eduard Zabuzhenko (Ucrânia), 44.22,16
4.º, Giacomo Brandi (Itália), 44.38,81
5.º, David Kuster (França), 44.51,82
6.º, Riccardo Orsoni (Itália), 45.10,82
7.º, Abdulaziz Danis (Turquia), 45.26,17
8.º, Yeóryos Tzatziamákis (Grécia), 45.30,16
9.º, Leo Köpp (Alemanha), 46.15,79
10.º, Davide Marchesi (Itália), 47.39,38
11.º, Abdulselam Imük (Turquia), 48.19,64
12.º, Bálint Sárossi (Hungria), 48.25,65
13.º, Stefan Cristian Mangu (Roménia), 49.02,01
14.º, Justin Bournier (França), 49.17,04
Desclassificados: Lukasz Niedzialek (Polónia) e Viktor Shumik (Ucrânia).

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Leiria acolhe este fim-de-semana os Campeonatos de Clubes (Pista)

Maribel Gonçalves será uma das marchadoras olímpicas nos
nacionais de clubes, 13 anos após a presença em Atenas-2004.
Foto: O Marchador
Leiria vai receber este fim-de-semana os Campeonatos Nacionais de Clubes das I, II e III Divisões, em pista ao ar livre, um dos momentos altos da temporada atlética, sendo a primeira vez que se juntam, numa mesma pista, as três divisões nacionais, se bem que as diferentes provas do programa-horário sejam realizadas separadamente. A organização é da responsabilidade da Federação Portuguesa de Atletismo e da Associação Distrital de Atletismo de Leiria.

No que à marcha atlética diz respeito, assistiremos na jornada de sábado (22) à realização das seis provas, no setor masculino e feminino, das três divisões. Os 5.000 metros masculinos – III Divisão, às 13:05 horas, II Divisão, às 16:50 horas, e I Divisão, às 20:35 horas, e os 3.000 metros femininos – III Divisão, às 13:35 horas, II Divisão, às 17:20 horas, e I Divisão, às 21:05 horas.

Das 48 equipas que participam na globalidade destes campeonatos (8 em cada divisão), apenas se conhece a ausência de marchadores do Grupo de Atletismo de Fátima (II Divisão masculina e III Divisão feminina), da Escola do Movimento (III Divisão masculina) e do Gira Sol (III Divisão feminina).

No que toca à I Divisão masculina, é de realçar que estão inscritos os atletas olímpicos João Vieira (SCP), Miguel Carvalho, Sérgio Vieira e Pedro Isidro (SLB), sendo que apenas um destes três competirá pela formação benfiquista, Pedro Martins (CAS), Augusto Cardoso (ACROD) e António Pereira (SCB). Na I Divisão feminina, destacam-se os nomes das marchadoras olímpicas Vera Santos (SCP) e Maribel Gonçalves (GDE).

Na II Divisão masculina, há a destacar a presença do veterano Francisco Reis, que nos anos oitenta representou Portugal na Taça do Mundo de Marcha de Nova Iorque e participa regularmente em competições realizadas em Inglaterra, país para onde emigrou há vários anos, e em provas internacionais de masters. Na II Divisão feminina, de notar a presença da veterana Sofia Avoila, que marcou um período importante para a especialidade, tendo obtido o título de campeã europeia de juniores (era treinada por Francisco Mariano) e integrado o selecionado nacional em vários eventos internacionais.

A equipa de juízes de marcha será composta por José Ganso (chefe), José Dias, Joaquim Graça (juízes internacionais), Eduardo Gonçalves (ex-juiz internacional) e Luís Ervideira, todos integrando o painel nacional de grau A, o mais elevado a nível nacional.