Montagem: O Marchador |
Os Campeonatos
Nacionais de Marcha de 50 km realizados em Porto de Mós, a 15 de Janeiro, e os
de 20 km que tiveram lugar em São João da Madeira, a 4 de Março, não constam da
lista de provas consideradas válidas pela Associação Internacional das
Federações de Atletismo (IAAF) para efeitos de obtenção de mínimos para os
Campeonatos do Mundo de Atletismo de Londres, em Agosto próximo, conforme se
pode comprovar no «site» daquele organismo internacional, aqui.
A ausência dos
referidos eventos nacionais dessa lista quererá dizer que a Federação
Portuguesa de Atletismo não submeteu à IAAF, em devido tempo, isto é, antes da
realização dos mesmos (nem o terá feito até à presente data) pedidos específicos
para o efeito, conforme é exigido nas normas internacionais de qualificação, o
que consideramos lamentável. Ao que parece, faltaria apenas assegurar esse
requisito administrativo pois foram garantidas as condições relativas à
graduação internacional dos juízes de marcha e do medidor.
Recorde-se que Inês
Henriques obteve em Porto de Mós a melhor marca mundial dos 50 km, com 4.08.26
(aguarda-se processo de ratificação de recorde pela IAAF). Caso a atleta
tivesse conseguido uma marca até 4.06.00, o mínimo internacional e também
adotado pela FPA, tal desempenho não teria sido válido para estar nos mundiais
de Londres.
Já no caso de São João
da Madeira, as marcas nos 20 km de João Vieira (1.23.46), Ana Cabecinha
(1.32.14) e Inês Henriques (1.32.28) apesar de abrangidas na tabela de qualificação
internacional (não os masculinos pelo critério da FPA, 1.23.00), não garantem a
presença nos mundiais, se bem que os referidos atletas tenham outras
oportunidades.
A propósito,
relembra-se uma situação semelhante ocorrida em prova de 50 km realizada em
Leiria (22 Nov. 2015) e que poderia ter tido consequências muito negativas para
Miguel Carvalho (4.00.47) na presença nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro,
pois a FPA apenas enviou o pedido à IAAF na segunda-feira seguinte ao da
realização da competição!