Ana Cabecinha, figura nacional de 2016

Ana Cabecinha nos Jogos do Rio 2016.
Foto: Bryn Lennon/Getty Images South America

A exemplo do que já acontecera em 2012, 2014 e 2015, Ana Cabecinha volta em 2016 a ser a figura nacional do ano na marcha atlética. A atleta do Clube Oriental de Pechão terminou a época com um excelente sexto lugar nos 20 km marcha femininos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, melhorando as já de si muito boas prestações obtidas nos dois anteriores Jogos em que participou: 8.ª nos de Pequim, em 2008, e de novo 8.ª nos de Londres, em 2012.

No plano caseiro, a atleta algarvia, treinada por Paulo Murta, concluiu a época com um novo título nos Campeonatos de Portugal de Atletismo, disputados na Maia, a 25 de junho, vencendo os 10.000 m marcha pela sétima vez, ela que é a recordista nacional (43.08,17) desde 2008.

Menos conseguidas foram as prestações nos 20 km dos campeonatos nacionais de estrada, realizados na Batalha a 27 de fevereiro, em que foi obrigada a desistir devido a problemas respiratórios, e no Grande Prémio Internacional de Rio Maior, a 9 de abril, onde foi apenas nona.

Pelo meio, e reforçando a nossa escolha para melhor do ano, Cabecinha, em Roma nos mundiais de nações, classificou-se numa excelente sexta posição na prova dos 20 km, obtendo aquela que viria a ser a melhor marca portuguesa da época – 1.28.40.

Em suma, uma época marcada por momentos de grande qualidade competitiva, fazendo de Ana Cabecinha a marchadora nacional de 2016.

Marchadora do Cazaquistão suspensa 4 anos por dopagem

Florida Miniyanova na Taça do Mundo de Taicang-2014.
Foto: Mauricio Quiroz Hoyos

A marchadora cazaquistanesa Florida Miniyanova, de 24 anos, teve uma análise positiva do esteroide anabolizante Drostanolona na sequência de um controlo de dopagem fora de competição realizado em Almaty, no Cazaquistão, a 13 de Julho/2016, tendo sido suspensa por 4 anos (de 17 de Agosto-2016 a 16 de Agosto/2020), conforme indicado pela IAAF em lista de atletas atualmente suspensos.

De Miniyanova não se conhecem resultados muito expressivos, tendo realizado 1.35.54 nos campeonatos de 20 km do seu país (4 Julho), 9 dias antes do controlo a que foi sujeita. Ao que parece, a atleta preparava-se para tomar parte nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, evento para o qual esteve inicialmente inscrita mas cujo nome não chegou a constar da lista de saída. O seu recorde pessoal é de 1.34.46 em Cheboksary-2016.

Tem como principais internacionalizações as participações nas Taças do Mundo de Marcha de Taicang-2014 e Saransk-2012 e, quando sub-18, no Campeonato do Mundo dessa categoria em Bressanone-2009.

Na mesma ocasião do controlo efetuado, teve igualmente uma análise positiva, e pela mesma substância, a sua compatriota Anastassya Kudinova, participante nos 400 m dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

O problema da dopagem no Cazaquistão tem vindo a crescer significativamente, com os números de 2016 a revelarem 71 atletas de vários deportos apanhados nas suas malhas, três vezes mais do que o sucedido no ano anterior. Em consequência, o governo daquele país prevê adotar várias medidas em 2017 de forma a intensificar a luta contra o doping.

Marcha na Corrida «Jean Ritzenthaler» em Neuf-Brisach

Kuster (391) e Nathalie Chretien (297), esta a integrar o pelotão
perseguidor. Fotos: facebook de David Kuster
Montagem: O Marchador

O jovem internacional francês, David Kuster, de 17 anos de idade, do CSL Neuf-Brisach, foi o vencedor absoluto da prova de marcha de 5,3 km que o seu clube organizou no passado dia 26 em Neuf-Brisach, na região francesa da Alsácia, integrando-a no programa da 49.ª edição do evento denominado Corrida «Jean Ritzenthaler».

Kuster obteve a marca de 21.43, à frente do sénior Patrick Perrin (US Pulversheim, 25.22) e do M50 Christophe Marter (FC Guebwiller, 28.44). Nathalie Chretien, da categoria W50, do ES Thaon, venceu nos femininos, com 28.57, sendo a 4.ª classificada da geral. O pódio das senhoras ficou completo com a sub-16 Félicia Lamoureux (EFSRA, 29.37) e a sénior Millija Zinkovska (Yverdon Les Bains/Suíça, 33.14).

Depois da competição, Kuster foi alvo de uma singela homenagem em virtude dos excelentes desempenhos conseguidos durante a época, nomeadamente os recordes nacionais dos 5.000m, com 20.58,45, e dos 10.000 m, com 42.21,9, para além da internacionalização em Roma, como sub-20, no Campeonato do Mundo de Marcha de Nações.

Na vertente da marcha nórdica, Christophe Paulus, de 68 anos (CSL Neuf-Brisach), obteve 44.11, e Suzanne Walbert, de 41 anos (Holtzwihr), foi cronometrada em 45.17.

Classificações

5,3 km marcha masc./fem.

1., David Kuster, 1999 (PCA/CSL Neuf-Brisach), 21.43 - 1., sub.18 masc.

2., Patrick Perrin, 1982 (EHA/US Pulversheim), 25.22 - 1., sén. masc.

3., Christophe Marter, 1965 (PCA/FC Guebwiller), 28.44 - 1., vet. 2 masc.

4., Nathalie Chretien, 1966 (ES Thaon), 28.57 - 1., vet. 2 fem.

5., Daniel Siegenfuhr, 1950 (ES Thaon), 29.35 - 1., vet. 3 masc.

6., Félicia Lamoureux, 2001 (EFSRA), 29.37 - 1., sub-16 fem.

7., Frédéric Chabin, 1965 (Pass Running), 32.22 - 2., vet. 2 masc.

8., Hafid Bem El Kebir, 1987 (PCA/CSL Neuf-Brisach), 32.55 - 2., sén. masc.

9., Millija Zinkovska, 1981 (Yverdon Les Bains/Suíça), 33.14 - 1., sén. fem.

10., Alfons Schwarz, 1954 (Tv Bühlertal /Alemanha), 33.23 - 2., vet. 3 masc.

11., Claudine Anxionnat, 1951 (Avec Epinal), 33.55 - 1., vet. 3 fem.

12., Daniel Brot, 1953 (Yverdon Les Bains/Suíça), 38.15 - 3., vet. 3 masc.

13., Emmanuel Tardi, 1967 (LP Longjumeau), 38.35 - 3., vet. 2 masc.

14., Hélène Baptiste, 1950 (Yverdon Les Bains/Suíça), 38.46 - 2., vet. 3 fem.

15., Alain Bonnefoy, 1947 (EHA/US Pulversheim), 45.18 - 1., vet. 4 masc.

16., Didier Weigel, 1964 (Stosswihr), 46.19 - 4., vet. 2 masc.

Francisco Assis, um dos primeiros treinadores de marcha atlética

Francisco Assis (793), um dos primeiros treinadores de marcha, a
disputar os Campeonatos de Lisboa (corrida), no Jamor, em 1977.
Foto extraída da secção «galerias» do site Endurance
(endurance1963.weebly.com)

Há pouco mais de 40 anos, na antiga pista de atletismo do Sport Lisboa e Benfica, a especialidade da marcha atlética marcava um dos três primeiros pólos de lançamento da atividade no país, formando-se então as primeiras Comissões Regionais de Marcha, em Lisboa. Viseu com Carlos Albano e o Magoito com o francês Raymond Ismal, e depois alargado a outras zonas do distrito de Lisboa, com Aires Denis, foram os outros dois pólos iniciais.

A então chamada Direcção-Geral dos Desportos colocou na pista do SLB um monitor desportivo que promovia a realização de atividades viradas para todas as especialidades do atletismo, uma delas a desconhecida disciplina da marcha atlética, convidando os jovens a experimentá-la.

O seu nome era Francisco Assis que, aproveitando a realização do Torneio dos Bairros, competição destinada à captação de jovens atletas, propôs que a marcha atlética fosse integrada no programa do evento surgindo, logo aí, um conjunto de marchadores com boas potencialidades.

Por essa via, o clube das águias tornava-se no principal ponto de referência da especialidade no país, não só porque viria a ser um dos maiores clubes em termos de quantidade de especialistas como, fruto do trabalho desenvolvido, daria alguns dos melhores especialistas portugueses nas décadas de oitenta e noventa.

Francisco Assis, que entretanto assumiu funções de treinador de atletismo do Benfica, entrava dessa forma na história da marcha atlética em Portugal, figurando como um dos mais importantes dinamizadores da especialidade no nosso país.

Kashina e Glavan vencem na pista coberta de Sumy

Kashina já isolada para vencer, a disputa apertada pelo segundo lugar
e o início da prova masculina com o destaque para Glavan (397).
Fotos: Federação de Atletismo da Ucrânia
Montagem: O Marchador

Repetindo o sucedido em 2015, Inna Kashina e Igor Glavan venceram as principais provas de 5.000 m da Taça de Inverno de Marcha e troféu «Vladimir Golubnichy» na Ucrânia, em pista coberta, evento largamente participado e que teve lugar na véspera de Natal na cidade de Sumy

Numa prova feminina de seniores, sub-23 e sub-20, com a participação de 22 atletas, Kashina superiorizou-se à concorrência com 22.33,42, marca contudo aquém do que havia conseguido em 2015, então com 21.46,21. Hristina Yudkina, com 22.37,83, e Olena Shevchuk, com 22.37.87, disputaram de forma muito apertada as restantes posições do pódio, com escassíssimos 4 centésimos de segundo a separá-las. De notar que as cinco primeiras baixaram dos 23 minutos, sendo a primeira da categoria de sub-23, Alina Cviliy (22.44,83), quarta classificada da geral.

Nos masculinos, com participação mais reduzida (8 concorrentes entre seniores e sub-23), impôs-se Glavan, com 19.47,20, ele que na época passada obtivera 19.25,67, marca que vigora como recorde da competição. Na casa dos 20 minutos, entraram os segundo e terceiro classificados, nomeadamente Andriy Grechkovskiy e Kirilo Andrushchenko, com 20.25,86 e 20.52,86, respectivamente.

Entretanto, 1 hora antes dos seniores competirem, teve lugar uma prova também na distância de 5.000 metros para masculinos sub-20 e sub-18, com a vitória a ser alcançada por Oleg Svistun (sub-20), com 20.38,42, à frente de Oleksandr Zholob (sub-20, 21.17,61) e de Viktor Kononenko, o primeiro sub-18 (21.33,16).

Colectivamente, entre 12 distritos, venceu Sumska, com 339 pontos, seguido de Zhitomirska (326) e Kievska (286).

Colaboração: Kristina Saltanovic

Principais classificações

5.000 m masculinos - seniores e sub-23

1.º, Igor Glavan, 1990 (Kievska), 19.47,20 - 1.º, sénior

2.º, Andriy Grechkovskiy, 1993 (Kievska), 20.25,86 - 2.º, sénior

3.º, Kirilo Andrushchenko, 1993 (Kievska), 20.52,86 - 3.º, sénior

4.º, Oleksandr Venglovskiy, 1985 (Zhitomirska), 21.11,43 - 4.º, sénior

5.º, Valeriy Litaniuk, 1994 (Ivano-Frankivsk), 21.27,08 - 1.º, sub-23

6.º, Andriy Vodvud, 1996 (Ivano-Frankivsk), 21.44,02 - 2.º, sub-23

7.º, Vitaliy Kostiuk, 1996 (Harkivska), 22.32,78 - 3.º, sub-23

8.º, Nazariy Stepaniuk, 1994 (Zhitomirska), 23.28,66 - 4.º, sub-23

5.000 m femininos - seniores, sub-23 e sub-20

1.ª, Inna Kashina, 1991 (Sumska), 22.33,42 - 1.ª, sénior

2.ª, Hristina Yudkina, 1984 (Ivano-Frankivsk), 22.37,83 - 2.ª, sénior

3.ª, Olena Shevchuk, 1986 (Zhitomirska), 22.37,87 - 3.ª, sénior

4.ª, Alina Cviliy, 1994 (Kievska), 22.44,83 - 1.ª, sub-23

5.ª, Tamara Gavriliuk(Stasiuk), 1995 (Zhitomirska), 22.53,60 - 2.ª, sub-23

6.ª, Natalia Koncevich, 1984 (Zhitomirska), 23.17,25 - 4.ª, sénior

7.ª, Rusalina Povorozniuk, 1995 (Ternopilska), 23.32,11 - 3.ª, sub-23

8.ª, Daria Husainova, 1998 (Zhitomirska), 24.22,46 - 1.ª, sub-20

9.ª, Oleksandra Olianovskaya, 1994 (Kievska), 24.23,24 - 4.ª, sub-23

10.ª, Oksana Kulagina, 1997 (Kievska), 24.50,34 - 2.ª, sub-20

11.ª, Ksenia Belova, 1998 (Sumska), 24.59,16 - 3.ª, sub-20

12.ª, Marianna Goncharova, 1986 (Sumska), 25.06,40 - 5.ª, sénior

13.ª, Yulia Balim, 1997 (Sumska), 25.27,61 - 4.ª, sub-20

14.ª, Irina Chernuha, 1998 (Hmelnicka), 25.29,52 - 5.ª, sub-20

15.ª, Olga Garnik, 1996 (Harkivska), 25.43,21 - 5.ª, sub-23

16.ª, Viktoria Pchelinceva, 1997 (Ivano-Frankivsk), 26.56,62 - 6.ª, sub-20

17.ª, Georgina Kondur, 1991 (Zakarpatska), 27.07,22 - 6.ª, sénior

18.ª, Hristina Grinik, 1998 (Ivano-Frankivsk), 27.53,20 - 7.ª, sub-20

19.ª, Maria Gudachok, 1996 (Zakarpatska), 28.16,40 - 6.ª, sub-23

20.ª, Evgenia Galcova, 1995 (Kiev), 28.22,48 - 7.ª, sub-23

21.ª, Yulia Kushka , 1997 (Dnipropetrovska), 28.44,30 - 8.ª, sub-20

22.ª, Maria Shved, 1996 (Zhitomirska), 30.05,80 - 8.ª, sub-23

5.000 m masculinos - sub-20 e sub-18

1.º, Oleg Svistun, 1997 (Sumska), 20.38,42 - 1.º, sub-20

2.º, Oleksandr Zholob, 1997 (Kievska), 21.17,61 - 2.º, sub-20

3.º, Viktor Kononenko, 1999 (Harkivska), 21.33,16 - 1.º, sub-18

4.º, Dmitro Garnik, 1998 (Harkivska), 21.54,40 - 3.º, sub-20

5.º, Andriy Sindiuk, 1999 (Volinska), 22.34,84 - 2.º, sub-18

6.º, Vladislav Biriukov, 2000 (Harkivska), 22.50,35 - 3.º, sub-18

7.º, Andriy Krasnovskiy, 1998 (Ivano-Frankivsk), 23.10,37 - 4.º, sub-20

8.º, Anton Kravchenko, 1999 (Sumska), 23.26,87 - 4.º, sub-18

9.º, Dmotro Medvediuk, 2000 (Volinska), 23.45,81 - 5.º, sub-18

10.º, Stepan Pasichniy, 1998 (Ivano-Frankivsk), 24.59,10 - 5.º, sub-20

11.º, yuriy Bereziuk, 2000 (Sumska), 25.19,90 - 6.º, sub-18

12.º, Oleg Dzon, 1999 (Ivano-Frankivsk), 25.46,90 - 7.º, sub-18

13.º, Maksim Voronin, 2000 (Sumska), 25.50,96 - 8.º, sub-18

Arbitragem portuguesa em foco

Jorge Salcedo. Foto: facebook do próprio
Montagem: O Marchador

A arbitragem nacional atravessa um excelente momento, e disso não temos a menor dúvida pois são constantes as nomeações para presenças em grandes competições internacionais, ano após ano.

Este ano, as maiores competições organizadas pela Federação Internacional de Atletismo contaram com a participação de árbitros internacionais portugueses, culminando com a presença de quatro oficiais lusos nos Jogos Olímpicos.

Nos Jogos do Rio de Janeiro o atletismo foi a modalidade com mais oficiais nomeados. Jorge Salcedo (Delegado Técnico) participou pela quarta vez, depois de já o ter feito em Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008, José Dias (Juiz Internacional de Marcha) marcou presença pela terceira vez, depois de Atenas e Pequim, Samuel Lopes (Oficial Técnico Internacional) repetiu Pequim e Luís Figueiredo (Juiz Internacional de Partidas) estreou-se.

No corrente ano, os juízes internacionais de marcha portugueses estiveram em grande atividade por esse mundo fora. Joaquim Graça atuou no campeonato mundial de nações (Roma), e no mundial de veteranos (Perth), José Ganso nos europeus de veteranos (pista coberta e estrada), em Ancona, Vasco Guedes em Espanha, no Grande Prémio da Corunha, e ainda José Dias que, além dos Jogos, ajuizou nos campeonatos nacionais do Brasil (Rio de Janeiro), de Itália (Ancona, pc), do Japão (Wajima), da Coreia do Sul (Hwaseong), da Ucrânia (Ivano-Frankivsk), no Festival de Marcha de Alytos (Lituânia), no Grande Prémio de Huangshan e no Tour de Suzhou, ambos na China. De assinalar, também, a presença de todos eles em dois eventos internacionais realizados em Portugal, o Grande Prémio de Rio Maior, que contou para o challenge de marcha da IAAF, e o Europeu de Veteranos (estrada), que teve lugar em Monte Gordo, no Algarve.

Para 2017 a arbitragem portuguesa volta a sentir-se honrada com a nomeação, em número significativo, de oficiais seus para as mais relevantes competições do âmbito da Associação Europeia de Atletismo (EA) e da Federação Internacional de Atletismo (IAAF).

Nos mundiais de atletismo, em Londres, Jorge Salcedo, de novo, volta a assumir função de grande relevo ao ser o chefe dos Oficiais Técnicos Internacionais, equipa na qual estará integrado outro português, António Costa. Nas provas de marcha foi nomeado o internacional Joaquim Graça.

Nos mundiais de Sub-18, que terão lugar em Nairobi, capital do Quénia, José Dias foi nomeado juiz-chefe das provas de marcha, repetindo idêntica função quando atuou nos mundiais de Sub-18, em Donetsk (2013), e nos europeus de Sub-20, em Kaunas (2005).

A nível europeu, e referindo-nos aos «experts» da marcha, Joaquim Graça atuará na Taça da Europa, que se realizará em Podebrady, na República Checa, competição na qual Luís Dias será o Delegado Técnico da Associação Europeia de Atletismo, Vasco Guedes ajuizará as provas de marcha dos europeus de Sub-20, em Grosseto, Itália, e José Dias estará no Troféu Lugano, na Suíça.

Dos Oficiais Técnicos Internacionais, Luís Abegão será o Delegado Técnico no Festival Olímpico da Juventude Europeia, em Gyor, na Hungria e foi nomeado ainda para atuar na Superliga Europeia (Lille, França), competição para a qual Rui Loução intervirá, integrando o Júri de Apelo. Este juiz setubalense está ainda nomeado para os Europeus Sub-23, em Bydgoszcz, na Polónia. Nesta mesma competição, Jorge Salcedo será o Delegado Técnico e Luís Figueiredo o «starter». José Paulo Moreira atuará em Grosseto, nos europeus de Sub-20, na qualidade de chefe dos ITOs, e será o Delegado Técnico na Taça da Europa de Lançamentos, a realizar em Las Palmas, Espanha. Na Superliga da Taça da Europa de Provas Combinadas, que se disputará em Tallinn, na Estónia, António Costa chefiará o Júri de Apelo, enquanto para a I e II Ligas da Taça da Europa da mesma especialidade, que terá lugar na vizinha Espanha, em Monzom, Samuel Lopes será o Delegado Técnico.

Nota: Poderá ainda haver nomeações de oficiais portugueses para meetings ou challenges da EA ou da IAAF.

BOAS FESTAS

São os votos da equipa do blogue “O Marchador”,

Carlos Gomes, José Dias e Luís Dias.

Matej Tóth, Atleta do Ano na Eslováquia

Matej Tóth, Atleta de 2016 na Eslováquia.
Foto: Federação de Atletismo da Eslováquia

O marchador eslovaco Matej Tóth, campeão olímpico na prova dos 50 km marcha do Rio de Janeiro, foi eleito Atleta de 2016 pela imprensa do seu país, obtendo um total de 1151 pontos, mais 75 que o ciclista Peter Sagan (campeão mundial de estrada em 2015 e 2016). Na terceira posição ficou a tenista Dominika Cibulková que em outubro deste ano, em Singapura, sagrou-se campeã do WTA Finals, sendo a 5.ª do ranking mundial.

Tóth, nascido em 10 de fevereiro de 1983, em Nitra, é treinado por Matej Spišiak e representa o Centro de Desportos Militares de Dukla Banska Bystrica. Tornou-se no primeiro atleta na história da Eslováquia, desde a independência do país, em 1993, a obter uma medalha olímpica na modalidade do atletismo.

Apenas Josef Priblinec, outro atleta da Eslováquia, então integrada na antiga Checoslováquia, obtivera uma medalha, a de ouro, nos 20 km marcha dos Jogos de Seul, em 1988. E é o próprio Tóth a referir que Priblinec foi para ele um fator de grande motivação na sua caminhada para o ouro do Rio. Várias vezes (ele e o seu treinador), reviram o filme da prova de Seul.

Tendo-se estreado em competições internacionais na Taça do Mundo de Marcha, em 1997, na República Checa, Tóth viria a surpreender tudo e todos ao vencer a Taça do Mundo de Marcha, disputada em Chihuahua, no México, em 2010, conquistando a sua primeira medalha em grande competições internacionais, isto contra todos os prognósticos que apontavam mexicanos e outros os favoritos ao triunfo.

Para os mundiais de Londres, em agosto do próximo ano, Matej Tóth vai apontar, com toda a certeza, para a revalidação do título mundial.

Os 50 km marcha no feminino

As três primeiras do ranking mundial do ano, as chinesas Kang Zhou e
Dan Wang, e a ucraniana Kseniya Radko disputando provas de 50 km.
Fotos: O Marchador e Fed. Atl. da Ucrânia
Montagem: O Marchador

A Federação Internacional de Atletismo (IAAF) decidiu recentemente passar a homologar os recordes mundiais dos 50 km marcha femininos, estabelecidos a partir de 1 de janeiro de 2017, naturalmente desde que verificadas as condições estabelecidas por aquele organismo para a realização dos respetivos eventos, nomeadamente, a obrigatoriedade da medição do circuito ser feita por um elemento do painel de medidores internacionais de provas de estrada, de grau A ou B (IAAF/AIMS), que na equipa de juízes de marcha integrem-na, pelo menos, três juízes internacionais (graus A/B), assinando formulário próprio, e existência do controlo anti-doping.

A decisão vem na sequência de outra histórica medida adotada pelo Conselho Diretivo da IAAF, que permitiu, finalmente, igualar os programas masculino e feminino, em número de provas – 24. Se descontarmos a diferença entre o heptatlo feminino e o decatlo masculino, a prova dos 50 km marcha era a única em que não existia o equivalente no feminino sendo, por enquanto, disputada de forma mista.

Neste âmbito, a intervenção da marchadora norte-americana, Erin Taylor-Talcott, foi preponderante ao liderar uma petição reclamando a igualdade dos géneros. Foi a primeira mulher, e a única até ao momento, a participar numa prova de 50 km organizada pela IAAF – o campeonato mundial de seleções, que se disputou em maio deste ano, em Roma.

Nos próximos campeonatos mundiais de atletismo, que decorrerão em Londres, em agosto deste ano, a IAAF aceita a inscrição de mulheres para a prova dos 50 km tendo, no entanto, fixado para o efeito, os mínimos de 4:06:00, os mesmos que para o setor masculino, sendo muitíssimo improvável que alguma mulher consiga obtê-los.

Este ano, várias federações nacionais de atletismo abriram os 50 km marcha dos seus campeonatos ao setor feminino e, neste particular, a China assume claramente a dianteira ao integrar na lista mundial do ano, publicada no site da IAAF e que aqui reproduzimos, 9 das 12 primeiras do ranking de 2016. A melhor marca mundial da distância está registada em nome da sueca Mónica Svensson, com 4:10:59, realizada na cidade italiana de Scanzorosciate, província de Bergamo, em 21-10-2007.

No espaço ibero-americano a brasileira Edilaine Rech fez história ao concluir os 50 km de Londres (2 de outubro) em 5:31:40, fixando o primeiro recorde nacional. Em Portugal, Inês Henriques não descarta a possibilidade de ser a primeira a concluir a distância. Nos Jogos do Rio de Janeiro, a pupila de Jorge Miguel, que ficou em 12.º lugar nos 20 km marcha, na sua terceira presença olímpica, declarou: “Eu quero ser a primeira mulher em Portugal a fazer 50 km marcha, por isso, ainda não vou ficar por aqui”.

Lista dos 50 km femininos (2016)

1.ª, Kang Zhou, 1989 (China), 4.34.01 - 1.ª em Huangshan a 6/3

2.ª, Dan Wang, 1995 (China), 4.38.56 - 2.ª em Huangshan a 6/3

3.ª, Kseniya Radko, 1994 (Ucrânia), 4.39.09 - 1.ª em Ivano-Frankivsk a 16/10

4.ª, Erin Talcott, 1978 (E.U. América), 4.44.26 - 1.ª em Santee, CA a 21/2

5.ª, Vasylyna Vitovshchyk, 1990 (Ucrânia), 4.44.35 - 2.ª em Ivano-Frankivsk a 16/10

6.ª, Lixue Wang, 1996 (China), 4.46.50 - 1.ª em Huhehaote a 10/9

7.ª, Maocuo Li, 1992 (China), 4.47.28 - 2.ª em Huhehaote a 10/9

8.ª, Kaili Xia, 1996 (China), 4.47.59 - 3.ª em Huhehaote a 10/9

9.ª, Lingyu Ma, 1995 (China), 4.48.12 - 3.ª em Huangshan a 6/3

10.ª, Faying Ma, 1993 (China), 4.49.54 - 1.ª em Changbaishan a 5/6

11.ª, Chunyan Zhu, 1992 (China), 4.55.34 - 4.ª em Huhehaote a 10/9

12.ª, Shuqing Yang, 1996 (China), 4.56.44 - 5.ª em Huhehaote a 10/9

Fonte: IAAF

Alex Wright com 1.º título nacional da Irlanda em 20 km

Wright na liderança em Cork e foto de família.
Foto: twiiter de Alex Wright

Foi na pista de atletismo do Instituto de Tecnologia da cidade de Cork (CIT), no passado domingo (18 Dez.), que o olímpico Alex Wright, marchador de Leevale, obteve o seu primeiro título de 20 km da Irlanda, vencendo sem oposição a prova dos campeonatos que inicialmente estiveram agendados em Junho para Dublin, em conjunto com o grande prémio internacional, evento entretanto cancelado.

Wright obteve a marca de 1.27.27,06, à frente de Cian McManamen, do Westport, com 1.31.01,05, e de Anthony Tobin, com 1.39.44,06.

No campeonato feminino, o título ficou na posse de Meave Curley, estudante de 24 anos na Universidade de Limerick, com 1.49.51,09, na que terá sido a sua primeira prova na distância.

Ana Cabecinha e Rodrigo Marques destacaram-se no meeting da Casa do Benfica de Faro

Ana Cabecinha no meeting em Faro.
Foto: facebook da própria

A atleta olímpica Ana Cabecinha e o internacional juvenil Rodrigo Marques venceram as provas de marcha do Meeting de Inverno da Casa do Benfica de Faro, que teve lugar este fim-de-semana na pista de atletismo de Faro, com as provas da especialidade, nas distâncias de 3.000 m/5.000 m femininos e de 5.000 m masculinos a terem lugar na jornada de sábado.

A campeã portuguesa, que realizou a sua primeira prova da época na especialidade, passou aos 3.000 m em 13.18,57, prosseguindo para os 5.000 m, que os completou com o tempo de 22.04,81. Na sua página pessoal da rede social Facebook, Ana Cabecinha manifestou o seu contentamento: “sem treinos de marcha suficientes, sem treinos rápidos, senti-me muito bem, senti-me eu a marchar, o que foi bom.”

Com domínio absoluto dos atletas do Clube Oriental de Pechão, orientados por Paulo Murta (9 primeiras classificadas entre das 13 participantes nos 3.000 m e o vencedor da prova masculina), o pódio da légua feminina ficou preenchido por Edna Barros, com 24.33,73 (14.26,26 na passagem dos 3.000 m) e por Catarina Marques, com 25.14,42 (14.56,76 aos 3.000 m), atletas que este ano representaram a seleção nacional nos escalões jovens.

Na prova masculina, o internacional juvenil Rodrigo Marques (COP) venceu com a marca de 24.29,22, seguido de Marco Ataíde (CA Tunes), com 25.19,73.  

Há que louvar a integração de provas de marcha atlética no meeting de atletismo organizado pelos dirigentes da Casa do Benfica de Faro, que assim enriqueceram o programa do evento com a participação de figuras relevantes da especialidade, exemplo que poderia ser seguido por outras organizações de meetings por esse país fora.

Classificações completas, aqui.

Álvaro Martín e Laura García-Caro destacaram-se em Getafe

Em Getafe, a partida dos 10 km absolutos, os pódios do troféu,
a partida das veteranas fem. e o pódio veterano M35.
Fotos: twitter Miguel Villaseñor e fb Victor Castro Mateo
Montagem: O Marchador

Os marchadores Álvaro Martín e Laura García-Caro, treinados por Jose Antonio Quintana, foram os grandes protagonistas da décima oitava edição do Troféu de marcha atlética “Cerro Buenavista”, que se disputou este domingo em Getafe, arredores de Madrid, vencendo as principais provas absolutas.

A competição madrilena tem representado um ponto de referência na temporada de inverno em Espanha e desta vez com a introdução dos campeonatos de Espanha de Veteranos, em estrada, um exemplo que poderia perfeitamente ser seguido em Portugal, aproveitando-se o palco de realização de alguns dos (poucos) grandes prémios que se disputam por esta ocasião.

No setor masculino, Álvaro Martín, que já vencera na edição de 2015, voltou a dar mostrar de grande superioridade realizando aos 10 km a marca de 39:56, recorde pessoal e da competição (no ano passado, em Cáceres, na passagem para os 20 km, fizera 40:05), isto depois de uma época muito bem sucedida com a sua ida aos Jogos do Rio de Janeiro e da medalha de bronze alcançada nos mundiais de seleções, em Roma. Completaram o pódio Diego García Carrera (41:04) e Marc Tur (41:44).

No setor feminino, a jovem promessa Laura García-Caro impôs-se na parte final dos 10 km marcha com o tempo de 45:21, completando o pódio Lídia Sánchez-Puebla (45:26), ambas companheiras de treino, e María José Poves (47:05), que vencera a edição do ano passado.

Na mesma distância e para as categorias juvenil/junior há a registar os triunfos de Isaac Martín (juvenil) com o tempo de 46:36 e de Irene Montejo, com o tempo de 48:28. No Campeonato de Espanha de Veteranos Manuel Castro (M35), com 46:50 nos 10 km, e María Dolores Marco (W35), com 24:43, nos 5 km femininos, superiorizaram-se aos restantes.

Resultados completos, aqui.

Jorge Vieira reeleito presidente da FPA

Jorge Vieira, reeleito presidente da FPA.

Foto: Revista Atletismo.

A lista B, encabeçada por Jorge António de Campos Vieira, venceu ontem à tarde as eleições para a direcção da Federação Portuguesa de Atletismo, realizadas no auditório do Centro de Medicina Desportiva de Lisboa. Com este resultado, Jorge Vieira vai exercer o seu segundo mandato (2017-2020) à frente dos destinos da FPA.

A lista vencedora leva para a direção federativa nomes que já faziam parte da anterior direção como os de Luís Figueiredo, Fernando Tavares, Paulo Bernardo e José Regalo, juntando os de Aníbal Carvalho, Américo Ferreira, António Carretas e Rui Vieira.

De assinalar que para o Conselho de Arbitragem, também da lista B, foram eleitos Carlos Lineu Cerqueira Miranda, que presidirá, e que nos últimos meses colaborou de forma ativa para o referido órgão. Teodoro Marujo, que há poucas semanas foi um dos preletores num curso de arbitragem, e Maria Clarisse Duarte, atualmente na direção do Conselho de Arbitragem da Associação de Atletismo de Braga, integram a equipa dirigente da arbitragem nacional.

Vitórias da lista B também para a Mesa da Assembleia Geral (José Joaquim Ferreira Machado é o novo presidente), para o Conselho Fiscal (Orlando Germano da Silva é reconduzido), para o Conselho de Justiça (Fernando Augusto Ventura Marques dos Santos) e para o Conselho de Disciplina (Pedro Caldeira Conceição). José Santos será o novo diretor-técnico nacional.

Dos 65 votos possíveis entraram na urna 58 votos tendo a lista de Jorge Vieira recolhido 31 votos contra 27 da lista de António Nobre.

Jovens da Argentina e do Perú destacam-se nos Jogos sul-americanos escolares

Os pódios da marcha em Medellín.
Fotos: Comité Organizador local. Montagem: O Marchador

Os 22.^os Jogos Sul-americanos escolares que se disputaram de 11 a 18 deste mês, na cidade colombiana de Medellín, integraram no programa de provas da modalidade do atletismo as provas de marcha dos 5.000 metros masculinos e dos 3.000 metros femininos, em pista.

Na prova masculina o destaque vai para o argentino Gianluca Rosas, que venceu a competição com o tempo de 24.45,78, bem à frente de Josue Laguna, do Equador (26.06,83), e de Christian Guzmán, da Colômbia (26.42,51), que arrecadaram as medalhas de prata e de bronze, respetivamente.

O novo e surpreendente campeão sul-americano escolar, vindo de um país que propriamente não pode ser considerado como uma das potências da especialidade no continente sul-americano, é o recordista argentino da categoria Sub-18, com a marca de 23.04,04 e detém ainda um recorde pessoal nos 10.000 m marcha de 54.34,70.

Natural e residente na localidade de Tordillo, a mais pequena região da província de Buenos Aires, Ginlucas Rosas desenvolve a sua atividade desportiva na Escola Municipal de Atletismo de Tordillo e é orientado pelo Prof. Néstor Gopar.

Na competição feminina, Freysi Donaires Morán, do Perú, uma das jovens promessas peruanas que se vai impondo no panorama da disciplina no continente sul-americano, venceu claramente com o tempo de 15.29,45, levando a medalha de ouro, enquanto a equatoriana Karla Ramirez (16.07,91) e a venezuelana Oscarly David (16.24,6) arrecadavam as restantes duas medalhas, prata e bronze, respetivamente.

Freysi Morán é uma menina que conquistou a medalha de prata na edição anterior dos sul-americanos escolares, disputada no Paraguai, no ano passado, a sua primeira participação numa competição internacional, e sonha em converter-se numa desportista de eleição e em poder ganhar uma medalha num campeonato mundial, sul-americano ou pan-americano e em apurar-se para uns Jogos Olímpicos, admirando os campeões peruanos, Pavel Chihuán, Kimberley García e César Rodriguez.

“Na primeira ocasião em que a minha mãe me trouxe ao estádio Huancayo e disse-me que corresse, vi um miúdo treinando a marcha atlética e isso impressionou-me favoravelmente. Gostei muito. Então, disse para comigo: quero é marchar. Fui ter com o treinador Sergio Quispe Aroni, pedi-lhe que me ensinasse a marchar e aqui estou, neste desporto que me apaixona”, disse numa entrevista concedida a Guido Castillo, do jornal Diario Correo, de Huancayo.

Classificações

5.000 m masculinos

1.º, Gianluca Rosas, 2002 (Argentina), 24.45,78

2.º, Josue Eduardo Lopez Lagua, 2002 (Equador), 26.06,83

3.º, Christian Alexander Rojas Guzmán, 2002 (Colômbia), 26.42,51

4.º, Gabriel Dario Garin Endress, 2002 (Chile), 27.13,40

5.º, Juan Yeferson Caniullan Urra, 2002 (Chile), 27.58,66

3.000 m femininos

1.ª, Freysi Donaires Moran, 2002 (Peru), 15.29,45

2.ª, Karla Andrea Sailema Ramirez, 2002 (Equador), 16.07,91

3.ª, Oscarly Ariana Tamayo David, 2002 (Venezuela), 16.24,60

4.ª, Leyssy Yossette Raio Silva, 2002 (Venezuela), 17.12,28

5.ª, Monserrat Constanza Peñafiel Vallejos, 2003 (Chile), 18.28,41

6.ª, Paula Ailén Araya Sammartano, 2002 (Argentina), 18.45,67

Desclassificadas: Grace Paola Bruno Adrian (Venezuela) e Emily Andrea Cordoba Ayala (Colômbia).

Marcha em Cardiff no «Christmas Classic» em pista coberta (resultados)

Bethan Davies, Cameron Corbishley e a partida das provas.
Imagens a partir de vídeo youtube de Martyn C
Montagem: O Marchador

Bom nível de resultados obtidos na prova de 3.000 metros marcha do primeiro de 3 grandes prémios de pista coberta a contar para o «Christmas Classic», realizado no domingo passado (11 Dez.) em Cardiff, capital do País de Gales.

Numa prova mista, venceu Cameron Corbishley, sub-20, do Medway and Maidstone, completando a distância em 11.39,75, marca que bate o recorde da Grã-Bretanha da categoria e o seu recorde pessoal estabelecido um ano antes na mesma pista (11.47,12-2015). Guy Thomas (Tonbridge AC), da mesma categoria etária, foi o segundo classificado registando também um recorde pessoal e pela primeira vez na casa dos 11 minutos, com 11.50,34.

As terceira e quartas posições foram ocupadas por atletas do sector feminino. Bethan Davies, do Cardiff AAC, foi a melhor com 12.35,87, superando o seu recorde britânico em recinto coberto (antes, 12.44,99) se bem que tenha melhor em pista ao ar livre (12.24,70). Heather Lewis (Pembrokeshire Harriers) classificou-se a seguir, com 13.17,89.

As marcas de Corbishley e Davies, ambos treinados por Andi Drake, para efeitos de recordes britâncios carecem de homologação.

Registe-se a participação em prova de 1.000 m de atleta do «desporto especial», Jason Elworthy (Barry and Vale Harriers, 10.48,85).

Classificações

3.000 m masculinos/femininos

1., Cameron Corbishley, 1997 (Medway and Maidstone), 11.39,75 - sub-20

2., Guy Thomas, 1997 (Tonbridge AC), 11.50,34 - sub-20

3., Bethan Davies, 1990 (Cardiff AAC), 12.35,87 - sénior - fem.

4., Heather Lewis, 1993 (Pembrokeshire Harriers), 13.17,89 - sénior - fem.

5., Megan Stratton-Thomas, 2000 (Swansea Harriers), 15.26,66 - sub-18 - fem.

6., Daniel Mckerlich, 2000 (Cardiff AAC), 15.37,62 - sub-18

7., Jordan Price (Brecon AC), 16.30,45 - sub-20

1.000 m «DE» masculinos

1., Jason Elworthy (Barry and Vale Harriers), 10.48,85 - sénior 

Cehegín acolheu Campeonatos de Promoção de Inverno de Espanha

Os campeões em Cehegín nas diferentes categorias.
Fotos: José Bermúdez. Montagem: O Marchador

A Real Federação Espanhola de Atletismo (RFEA), numa iniciativa muito bem conseguida e que se tem revelado, edição após edição, um autêntico êxito, levou a efeito, pelo quinto ano consecutivo, os Campeonatos de Inverno de Marcha de Promoção, destinados às categorias de iniciados, juvenis e juniores, nas distâncias de 3.000 metros (sub-16 femininos) e de 5.000 metros (sub-16 masculinos a sub-20 masculinos e femininos), em pista.

As provas, que integraram o Troféu 35.º Aniversário Cehegín Atlético de Marcha, complementando as dos campeonatos com provas para benjamins, infantis, seniores e veteranos, tiveram lugar na pequena localidade de Cehegín, no Complexo Desportivo Javier Miñano, na região de Múrcia, um dos pólos mais importantes da especialidade no país vizinho e que, inclusivamente, acolheu a última Taça da Europa, celebrada em 2015.

Com um crescente nível de resultados nos escalões mais jovens, esta geração de marchadores espanhóis promete, no futuro, seguir as pisadas dos mais categorizados atletas da atualidade. Destaque para os campeões de inverno, nos sub-16: Celia Vilchez (15.07,37 nos 3.000 m) e Jose Luis Hidalgo (24.10,75 nos 5.000 m), nos sub-18: Ana Pulgarin (25.35,73) e Roberto Vieiro (22.11,36), e nos sub-20: Marina Peña (24.24,43) e José Manuel Pérez (22.00,90).

Nos 5.000 m absolutos (Troféu) triunfaram, no setor masculino, Iván Pajuelo, com 19.57,47, e no setor feminino, Amanda Cano, com 22.16,93, sendo ainda de realçar na categoria de veteranos a obtenção de um recorde nacional de Espanha por Maria José Briz (W65) com 31.42,24, que durava há 8 anos.

Classificações dos campeonatos

5.000 m sub-20 masculinos

1.º, Jose Manuel Perez Rubio, 1999 (Juventud Guadix), 22.00,90

2.º, Brais Prieto Espiño, 1999 (R.C. Celta), 23.38,94

3.º, Enrique Santisteban Fernandez, 1998 (Cueva de Nerja-UMA), 24.46,16

4.º, Jesus Abad Zorzo, 1998 (C.D. Tajamar), 24.53,32

5.º, Alexander de Tomas Pascual, 1999 (ISS - L'Hospitalet), 26.43,23

Desistente: Emilio Novas Barral, 1998 (Lucus Caixa Rural Galega).

5.000 m sub-20 femininos

1.ª, Marina Peña Alonso, 1999 (Image FDR), 24.24,43

2.ª, Antia Chamosa Dacasa, 1999 (CA Valladolid-U.Va), 24.29,37

3.ª, Irene Montejo Garces de Marcilla, 1998 (A.D. Marathon), 24.33,23

4.ª, Carmen Escariz Mella, 1998 (Bidezabal Atletismo), 24.49,69

5.ª, Alicia Vazquez Gea, 1998 (UCAM-Athleo Cieza), 24.49,91

6.ª, Estela Matea Climent, 1999 (Playas de Castellon), 25.08,00

7.ª, Angela Carrion Antoli, 1998 (A.C. Jumilla), 25.30,23

8.ª, Irene Vazquez Gea, 1998 (UCAM-Athleo Cieza), 25.38,37

9.ª, Marina Sillero Mesonero, 1998 (At Ianuarius Salamanca), 26.03,50

10.ª, Georgina Ruiz Betlej, 1999 (CA Palafrugell-GiCB), 26.37,24

11.ª, Tabata Cano Vegas, 1998 (Simply-Scorpio 71), 27.00,15

12.ª, Olga Rovira Montane, 1999 (Pratenc AA), 27.24,60

Desistente: Maria Nicolas Sola, 1998 (AA Catalunya).

5.000 m sub-18 masculinos

1.º, Roberto Vieiro Perez, 2001 (CA Santiago), 22.11,36

2.º, Pedro Conesa Ceron, 2001 (Nutriban Atl Alcantarilla), 22.25,54

3.º, Yeray Gonzalez Luis, 2000 (Clator Orotava), 22.31,80

4.º, Daniel Jimeno Rivera, 2000 (Simply-Scorpio 71), 22.40,76

5.º, Isaac Martin Garcia, 2000 (CEA Tenerife 1984), 22.42,73

6.º, Jose Manuel Naranjo Murillo, 2001 (At Almendralejo), 23.00,54

7.º, Jose Mestre Martin, 2001 (Suanzes San Blas), 23.20,76

8.º, Eloy Hornero Gallent, 2000 (Playas de Castellon), 23.22,44

9.º, Alex Novas Barral, 2001 (Club Atletismo Naron), 23.39,01

10.º, Ferran Campins Pitart, 2000 (UA Terrassa), 23.52,01

11.º, Guillermo Santidrian Solana, 2001 (Image FDR), 24.45,08

12.º, Francisco Garcia Requena, 2000 (Juventud Guadix), 24.46,44

13.º, Liberto Lopez Marco, 2000 (CA Murcia Tovarsport), 25.25,19

14.º, Ignacio Villegas de Miquel, 2001 (Suanzes San Blas), 25.29,12

15.º, Sergi Torner Cabot, 2000 (ISS - L'Hospitalet), 25.34,54

16.º, Victor Garcia Frances, 2001 (Valencia Club Atletismo), 25.42,28

17.º, Álvaro Guzman Rincon, 2001 (CA Calatrava), 25.53,67

18.º, Ivan Merino Martinez, 2001 (Valencia Club Atletismo), 26.32,21

19.º, Juan Carlos del Rio Hernandez, 2001 (A.D. Marathon), 27.32,94 p.l.

20.º, Julian Camilo Corzo Ochoa, 2001 (Cayon-Helios DICA), 27.47,17

Desclassificados: Manuel Morcillo Martinez, 2000 (UCAM-Athleo Cieza) e Miguel Tato Rivas, 2000 (Union Atletica Coslada).

5.000 m sub-18 femininos

1.ª, Ana Pulgarin Cardeno, 2001 (At Almendralejo), 25.35,73

2.ª, Iria Rivas Iglesias, 2001 (Atletismo Cuntis), 25.38,96

3.ª, Maria Alarcon Martinez, 2000 (UCAM-Athleo Cieza), 25.53,33

4.ª, Laura Sanabria Sanchez, 2000 (At Almendralejo), 26.20,87

5.ª, Sofía Rodriguez Hernandez, 2001 (Atletismo Guadix), 26.33,67

6.ª, Alicia Sanchez Guilarte, 2000 (Atletismo Alcorcon), 26.36,41

7.ª, Blanca Mico Lambies, 2001 (Valencia Club Atletismo), 26.50,88

8.ª, Celia Garcia Arredondo, 2001 (Cueva de Nerja-UMA), 26.56,89

9.ª, Sandra Millan Romeo, 2001 (Simply-Scorpio 71), 27.05,58

10.ª, Estela Carral Berbil, 2001 (Cayon-Helios DICA), 27.08,12

11.ª, Ainhoa Martinez Luceño, 2001 (UA Terrassa), 27.27,00

12.ª, Adriana Leyva Liñan, 2001 (Bahia Algeciras), 27.27,32

13.ª, Yaiza Portugal Andres, 2000 (Aranda-Condado Haza-Ibercaja), 27.59,75

14.ª, Ana Guaita Guaita, 2001 (Valencia Club Atletismo), 28.22,75

15.ª, Maria Teresa Morata Moreno, 2001 (Atletismo Cordobes), 29.14,75

16.ª, Noelia Cayero Sanchez, 2001 (CA Gavà), 29.20,63

17.ª, Nerea Prieto Guimara, 2001 (Image FDR), 30.01,52

18.ª, Almudena Quejido Gragera, 2000 (Perceiana-Extremadura), 30.19,74

19.ª, Aina Muñoz Molina, 2001 (UA Terrassa), 31.27,09

Desistente: Zaira Zafra Orosa, 2001 (At.Safor-Delikia Sports).

5.000 m sub-16 masculinos

1.º, Jose Luis Hidalgo Rodriguez, 2002 (Juventud Guadix), 24.10,75

2.º, Jorge Lopez de la Cueva, 2002 (Atletisme Els Sitges), 24.13,05

3.º, Hugo Martínez Casanova, 2002 (Franciscanos Lugo), 24.17,97

4.º, Fernando Montejo Garces de Marcilla, 2002 (A.D. Marathon), 24.19,43

5.º, Sergio Martinez Martinavarro, 2002 (Playas de Castellon), 24.33,63

6.º, Juan Francisco Soto Egea, 2003 (Juventud Guadix), 24.46,74

7.º, Joaquin Velando Amor, 2002 (At Almendralejo), 25.01,40

8.º, Rodrigo Santaelena Garcia, 2003 (Venta Magullo Segovia), 25.04,18

9.º, Daniel de Lucas Chanquet, 2002 (A.D. Marathon), 25.18,13

10.º, Daniel Tapia Diez, 2002 (Image FDR), 25.21,59

11.º, Eric Blanco Sales, 2003 (Playas de Castellon), 25.24,65

12.º, Manuel Monterrubio de la Coba, 2002 (At Almendralejo), 25.26,54

13.º, Raul Jimeno Rivera, 2003 (Simply-Scorpio 71), 25.35,28

14.º, Sergi Gonzalvez Albiol, 2002 (Playas de Castellon), 26.04,66

15.º, Francisco Tornos Lloret, 2003 (Valencia Club Atletismo), 26.14,81

16.º, Adrian Perez Cortes, 2002 (Atletismo Linense), 26.24,61

17.º, Pablo Sanz Rillo, 2002 (CA Torrejon de Ardoz), 26.37,15

18.º, Alejandro García Martínez, 2002 (Atletismo Guadix), 26.56,93

19.º, Victor Cemborain Valdevira, 2002 (CA Viladecans), 26.59,89

20.º, Jorge Collado Lagar, 2003 (At Almendralejo), 27.44,07

21.º, David Delgado Romero, 2002 (At Almendralejo), 27.59,46

22.º, Adrian Munzon Romero, 2002 (Atletismo Axati), 28.16,52

23.º, Guillermo Lopez Huerga, 2003 (Atletismo Alcorcon), 28.28,66

24.º, David Perez Osorio, 2003 (Cueva de Nerja-UMA), 28.32,39

25.º, Daniel Merino Aparicio, 2003 (Image FDR), 28.50,13

26.º, Gonzalo Rodriguez Sanchez, 2003 (Atmo.Torrejoncillo), 30.05,33

Desclassificado: Tomas Callejo Cuadrillero, 2003 (Cayon-Helios DICA).

3.000 m sub-16 femininos

1.ª, Celia Vilchez Ferrari, 2002 (CAP Alcobendas), 15.07,37

2.ª, Alicia Lumbreras Gonzalez, 2002 (Atletismo Moralzarzal), 15.10,12

3.ª, Ana Piñeiro Piñeiro, 2003 (At Vila de Cangas), 15.10,75

4.ª, Maria Torres Morillas, 2002 (Atletismo Alcorcon), 15.11,70

5.ª, Laura Vidal Lopez, 2002 (At Almendralejo), 15.26,02

6.ª, Maria Moya del Campo, 2002 (CA Calatrava), 15.38,77

7.ª, Marta Sanchez Vergara, 2002 (A.A. Mostoles), 15.40,88

8.ª, Paula Viciano Cansino, 2002 (Playas de Castellon), 15.45,00

9.ª, Lucia Sanz Ulloa, 2003 (CA Valladolid-U.Va), 15.49,90

10.ª, Lucia Redondo Ardid, 2003 (Atletismo Alcorcon), 15.53,41

11.ª, Sofia Marco Soriano, 2002 (Hotel La Paz - ADA Yeclano), 15.58,97

12.ª, Laura Gutierrez Romero, 2003 (CA Vic), 16.04,27

13.ª, Lucía García González, 2002 (Universidad de León Sprint Atl.), 16.07,26

14.ª, Silvia Garcia Garcia, 2002 (UCAM-Athleo Cieza), 16.13,83

15.ª, Minaya Peña Alonso, 2003 (Image FDR), 16.14,94

16.ª, Sara Santillana Garrote, 2002 (At Almendralejo), 16.16,76

17.ª, Ainoa Vozmediano Reolid, 2002 (Playas de Castellon), 16.22,16

18.ª, Ainhoa Vazquez Rodriguez, 2003 (S.G. Pontevedra), 16.23,39

19.ª, Amelia Lula Peris Majewska, 2003 (Playas de Castellon), 16.26,58

20.ª, Alba España Cano, 2003 (A.D. Sprint), 16.29,27

21.ª, Ines Alonso Porta, 2002 (Simply-Scorpio 71), 16.29,56

22.ª, Laura Sanz Ulloa, 2003 (CA Valladolid-U.Va), 16.33,90

23.ª, Andrea Martin Rivas, 2002 (A.D. Marathon), 16.40,76

24.ª, Sara Bardal Sanabria, 2002 (Universidad de León Sprint Atl.), 16.44,95

25.ª, Valeria Fernandez Blanco, 2002 (At Vila de Cangas), 16.59,69

26.ª, Erika Salmeron Moreno, 2002 (UCAM-Athleo Cieza), 17.05,56

27.ª, Claudia Matia Martinez, 2003 (UCAM-Cartagena), 17.09,50

28.ª, Maria Casasola Martinez, 2002 (CA Viladecans), 17.12,43

29.ª, Marina Martinez Beltran, 2002 (CA Viladecans), 17.35,10

30.ª, María Tomas García, 2002 (Juventud Guadix), 17.40,85

31.ª, Elena Garcia Pintado, 2003 (UCAM-Athleo Cieza), 17.45,59

32.ª, Marta Bermejo Perez, 2002 (UCAM-Athleo Cieza), 17.48,74

33.ª, Gloria Mota Montalvo, 2002 (At Almendralejo), 18.33,78

Resultados completos [aqui].