Quando a marcha atlética ressurgiu em Portugal, no final de 1974, Viseu foi um dos pólos de desenvolvimento da especialidade. Nesse Verão, Carlos Albano, acompanhado de familiares (o primo Fonseca e Costa, hoje conceituado treinador de atletismo, e o amigo Rui Mingas, mais tarde embaixador de Angola em Lisboa), tinha assistido à transmissão televisiva dos Campeonatos da Europa de Atletismo, disputados em Roma. E a curiosidade foi-lhe aguçada ao ver imagens das provas de marcha, especialidade estranha para aquele funcionário das Minas da Urgeiriça.
O interesse suscitado levou-o a participar na primeira prova de marcha realizada em Portugal depois das experiências dos anos de 1911/1912. Foi no Parque do Fontelo, naquela cidade, no dia 1 de Dezembro de 1974, e logo nessa ocasião venceu, aplicando os rudimentos técnicos entretanto aprendidos. Era o início de uma carreira de grande dedicação à modalidade, que contemplou a presença em competições internacionais, incluindo a Taça do Mundo de Marcha de 1987, em Nova Iorque, a primeira em que Portugal se fez representar.
Depois veio o incentivo à realização, durante muitos anos, do Grande Prémio da Urgeiriça e a formação como juiz, vertente que nunca suscitou em Carlos Albano grande gosto, dada a dificuldade de mostrar raquetas de advertência.
Aos 65 anos, o sempre jovem Carlos Albano mantém-se ligado ao atletismo e qualquer encontro ocasional em algum lugar onde haja uma prova para disputar dá sempre aos antigos colegas a grande alegria do seu convívio.