Imagens: LOC Tóquio 2020. Montagem: O Marchador |
A 31 de julho de 2020, pelas seis
horas da manhã (em Portugal, dez da noite do dia anterior) será dado o tiro de
partida para a primeira das provas de marcha dos Jogos Olímpicos, os 20 km
masculinos, a realizar num circuito com vista para o Palácio Imperial de Tóquio
e num perímetro de um quilómetro, no sentido ida e volta. As provas de estrada
– marcha e maratona – realizam-se sempre pela manhã, bem cedo, a fim de se
evitar os períodos de maior calor. No ano passado, por esta ocasião, uma vaga
de calor em Tóquio levou os termómetros a ultrapassarem os 40 graus
centígrados.
Algumas federações com atletas
selecionados para os Jogos Olímpicos tomam muito a sério a preparação dos seus
atletas para Tóquio, como é o caso do Setor de Marcha da RFEA que programou uma
concentração por esta época do ano, de 26 deste mês a 5 de agosto,
aclimatizando-se às condições atmosféricas e preparando-se na zona das
competições com María Perez, Álvaro Martín, os atuais campeões europeus nos 20
km marcha, e Miguel Ángel López, campeão mundial (Pequim 2015) e europeu
(Zurique 2014) e medalha de bronze (Moscovo 2013), acompanhados pelos
treinadores Jose Carrillo e Daniel Garzon.
Se há disciplinas onde o país
anfitrião deposita redobradas esperanças na conquista de medalhas, a marcha é
seguramente uma delas e, especialmente, na prova dos 20 km masculinos (nos 50
km também têm candidatos a medalha) onde nas listas mundiais do ano, dos sete
melhores posicionados, seis são japoneses. Toshikazu Yamanishi, com 1:17:15
(Nomi, 17/03), lidera a lista anual.
Dos marchadores portugueses João
Vieira já obteve a marca de qualificação para os Jogos Olímpicos, que é de
3:50:00 nos 50 km, ao concluir os 50 km da Taça da Europa de Marcha, evento que
teve lugar na Lituânia onde conseguiu a medalha de bronze com o tempo de
3:46:28, a sua terceira melhor marca de sempre. Ana Cabecinha e Inês Henriques,
as outras mais cotadas marchadoras portuguesas, a seu tempo farão as marcas de
qualificação para Tóquio.