Qieyang Shenjie, cortando a meta nos Jogos Olímpicos de Londres e conquistando a medalha de bronze. Foto: Xinhua |
Fez-se história quando a marchadora Qieyang Shenjie, participante nos 20 km marcha dos Jogos Olímpicos de Londres, cruzou a linha de meta na terceira posição, alcançando, desta forma, a primeira medalha olímpica de uma atleta nascida no Tibete.
De uma família humilde, dedicada à pastorícia, foi com lágrimas nos olhos que os pais assistiram, noite dentro, pela televisão, ao êxito da sua filha, mesmo sem compreenderem uma palavra que fosse do que dizia o locutor chinês. A atleta, por via da preparação para os Jogos, que a obrigou a um treino diário de cerca de 30 quilómetros, não vê os pais há bastante tempo.
O presidente da província autónoma de Qinghai, em Habei, no Tibete, referiu que a população assistiu entusiasticamente, via televisão, ao maior feito desportivo protagonizado pela atleta da região e que é o orgulho de Qinghai, dos tibetanos e da China.
Qieyang Shenjie, cujo nome em tibetano, Choeyang Kyi, significa “sol”, fez juntar no percurso, durante 1 hora 25 minutos e 16 segundos, tempo que constituiu um novo recorde asiático, gentes do Tibete e de outras regiões da China num fervoroso e emocionado apoio.
Terminada a prova, Shenjie, de 21 anos, sempre com um sorriso nos lábios, disse aos jornalistas sentir-se extremamente honrada por ter sido a primeira representante tibetana medalhada nuns Jogos Olímpicos.