Elena Lashmanova, após a vitória de Londres. Foto: Reuters |
Ainda na memória de quantos (e foram muitos milhares) viram ao vivo e dos milhões que assistiram pela televisão estão os momentos inesquecíveis da prova feminina dos 20 km marcha dos Jogos Olímpicos de Londres, disputados este sábado, de onde emerge uma figura com todo o seu esplendor no panorama mundial da especialidade: Elena Lashmanova.
A jovem atleta russa, de apenas 20 anos de idade, estudante de biologia na Universidade da Mordóvia, bateu o recorde mundial que era pertença da sua compatriota Vera Sokolova, confirmando amplamente os créditos que a apontavam como a mais forte opositora de Olga Kaniskina, sua colega de treino, principalmente depois da vitória surpreendente na Taça do Mundo de Marcha realizada em maio deste ano na capital mundial deste desporto: Saransk.
Numa brilhantíssima transição do escalão júnior para o de seniores, Lashmanova, que no ano passado, em Olhão, na Taça da Europa, triunfara categoricamente nos 10 km juniores, obteria ainda nesse mesmo ano, nos europeus da categoria, o recorde mundial.
Em 2008, Kaniskina sagrara-se campeã olímpica e à chegada à sua terra natal teve como prémio as chaves de um apartamento e de um automóvel de luxo. Mas Lashmanova não teve ainda tempo de se deslumbrar com esse tipo de recompensas. Tímida e reservada, a nova campeã olímpica, treinada por Viktor Chegin, tal como Kaniskina e o medalha de ouro nos 50 km, Sergey Kirdyapkin, tem um futuro radiante à sua frente.
Citando o livro da sua predileção, "O Principezinho", de Antoine de Saint-Éxupery, apetece dizer desta atleta que já nos cativou que "preparar o futuro significa fundamentar o presente."