quinta-feira, 24 de novembro de 2011

20 anos de formação de juízes de marcha em Portugal

A 20 e 21 de novembro de 1991 o auditório do Estádio Nacional, em Lisboa, recebia a primeira ação de formação e certificação de juízes de marcha atlética, uma iniciativa da extinta Comissão Nacional de Marcha da Federação Portuguesa de Atletismo e que contou com a colaboração ativa da então denominada Comissão Nacional de Juízes.

Já na década de oitenta, primeiro com a Comissão de Marcha da Associação de Atletismo de Lisboa, presidida pelo saudoso Aires Denis e, depois, com a Comissão Nacional de Marcha, efetuaram-se, ações técnicas e de ajuizamento, umas vezes separadamente, outras conjuntamente, por várias regiões do país.

Tendo evoluído, de forma consistente, o nível técnico da especialidade no nosso país, entendeu-se ser necessária a criação de um painel especializado de juízes, o que levou, em 1990, à formação do primeiro painel, composto por elementos que regularmente atuavam em provas de marcha e, por conseguinte, maior experiência possuíam na matéria.

Assim, o primeiro painel de especialistas foi formado por José Dias, Luís Dias, Paulo Alves, Ana Toureiro e José Baptista (Lisboa), José Ganso (Setúbal), Luís Viana, André Brito e José Luís Ribeiro (Porto), e Carlos Albano (Viseu).

O programa da atividade, já aí, contemplou sessões teóricas e práticas, incluindo o visionamento de filmes, ocupando todo o dia de sábado e, ainda, a manhã de domingo. Foram preletores José Dias e Luís Dias que tiveram a colaboração preciosa de Paulo Alves, Ana Toureiro, Luís Viana, José Baptista, José Ganso e Aires Denis.

15 juízes participaram no evento: Paulo Murta e Luís Silva (Algarve), António Olim (Funchal), Manuel Neca (Guarda), Mário Wilson e Herman Guimarães (Lisboa), Manuel Almeida (Porto), Eduardo Gonçalves e João Pires (Santarém), Samuel Lopes, José Pereira e Francisco Cardoso (Setúbal) e António Aleixo (Vila Real).

Curiosamente, o primeiro classificado foi Samuel Lopes, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da FPA, atualmente, diretor financeiro deste organismo. O segundo lugar foi ocupado por Manuel Almeida (Porto), agora em funções da Associação de Atletismo da Madeira. Ambos ascenderam, então, ao grau mais elevado do painel nacional.