Foto: Confederação Africana de Atletismo. Montagem: O Marchador |
Asaba,
cidade situada a sul da Nigéria, acolhe os 21.os Campeonatos
Africanos de Atletismo, evento que se inicia no dia de hoje e termina a 5 deste
mês, com a realização no último dia dos campeonatos, das provas de 20 km marcha
(masculinos e femininos), agendadas para as 7:00 horas, as mulheres, e para as
7:15 horas, os homens.
A
primeira edição teve lugar em Dakar, capital do Senegal, em 1979, com o
triunfo, na prova masculina dos 10.000 metros marcha, do argelino Benamar
Kachkouche num pódio que ficou completo com o etíope Hunde Ture (prata) e o
queniano John Mutinda (bronze). Na última edição dos campeonatos, disputados na
cidade sul-africana de Durban, em 2016, os quenianos impuseram-se nos 20 km
marcha, com vitórias de Samuel Gathimba e Grace Wanjiru.
A
Nigéria, que acolhe pela segunda vez os campeonatos (em 1989 realizou-se em
Lagos) e a África do Sul têm repartido entre si o domínio na conquista de
medalhas, cada qual com oito posições de dianteira, a Nigéria em 1979, 1985,
1988, 1989, 1990, 1996, 1998 e 2012, a África do Sul em 1992, 1993, 2002, 2004,
2006, 2008, 2014 e 2016.
São,
pois, boas as expetativas dos melhores atletas do continente africano, alguns
dos melhores do mundo, para esta edição em Asaba, no Estado do Delta onde as
temperaturas, nesta ocasião do ano, variam entre os 30 e os 40 graus
centígrados.
Nos
20 km marcha masculinos os quenianos dominam a lista de 2018 com seis dos seus
atletas nas primeiras posições, lista essa que é liderada por Samuel Gathimba,
com 1:19:04, tempo obtido em Nairobi, a 17 de fevereiro, surgindo na sétima
posição o sul-africano Lebogang Shange, com 1:23:27, marca obtida na Austrália,
em abril, sendo o atleta do continente africano que mais se tem destacado no
panorama internacional. Nos 20 km femininos a liderança pertence à tunisina
Chahínez Nasri, com 1:32:20, tempo obtido em maio deste ano, no mundial de
seleções, em Taicang, na China.
A
equipa internacional dos juízes de marcha será chefiada por Moonkess Jola, das
Ilhas Maurícias, o mais cotado membro do júri da prova, o único de África
integrado no Painel de Juízes internacionais de Marcha do nível mais elevado da
IAAF (nível III), que atualmente é composto por 26 elementos, George Kariuki,
do Quénia, Moncef Issaoui, da Tunísia, e Mohammed El Kabbaj, de Marrocos, estes
do painel africano (nível II da IAAF), completam a equipa.