sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Nairobi (Quénia) receberá em 2020 os Mundiais Sub-20

Fotos: Joosep Martinson/Getty Images Europe, CMK e Sportzwiki
Montagem: O Marchador

A IAAF anunciou que Nairobi, capital do Quénia, será a cidade a acolher a 18.ª edição dos Campeonatos Mundiais de Atletismo Sub-20 (juniores), agendados para o período de 7 a 12 de julho de 2020, que decorrerá no Complexo Desportivo de Kasarani “Moi International Sports Center” e que se prevê possa constituir um vibrante acontecimento desportivo para a nação anfitriã, com muitas tradições e resultados de top mundial na modalidade, em especial nas provas de meio fundo e fundo.

A decisão foi tomada recentemente, durante a reunião do Conselho da IAAF que teve lugar em Buenos Aires, e representa um merecido prémio para quem tão bem organizou, em 2017, a última e derradeira edição dos mundiais Sub-18, disputados há apenas um ano no mesmo estádio que servirá de palco ao escalão etário seguinte, os Sub-20.

Recordamo-nos bem do grande entusiasmo manifestado pelas mais de 60.000 pessoas que enchiam literalmente o principal Estádio de Nairobi assistindo a competições para atletas com idades inferiores a 18 anos, a esmagadora maioria dos assistentes, também eles, jovens. Note-se que atualmente 42% da população do Quénia tem uma idade abaixo dos 15 anos e apenas 17% possui mais de 50 anos.

É a primeira vez que um país de África acolhe uns mundiais Sub-20 cuja primeira edição teve lugar em Atenas, em 1986 e ainda percorreu a Europa em mais 8 edições. O continente americano acolheu o evento em 1988, 2000, 2002, 2010 e 2014, a Ásia em 1992, 1996 e 2006, e a Oceânia (Austrália) em 1996.

Duas das edições são de especial significado para o atletismo português e para a marcha atlética em particular, e merecem aqui ser recordadas: a edição de 1990, em Plovdiv, na Bulgária, em que a marchadora Susana Feitor, então com apenas 15 anos de, conquistaria a única medalha de ouro para o país nesse escalão, e a edição de 1994, em Lisboa, no Estádio Universitário, com magnífica coordenação, no plano organizativo, de Jorge Salcedo, e com quase todo o setor de marcha envolvido na logística (transportes e alojamentos), em que novamente Susana Feitor brilhou na prova de marcha, agora com a medalha de prata.

Apenas mais três atletas portuguesas conquistaram medalhas em mundiais de juniores: Fernanda Ribeiro, nos 3.000 metros, e Mónica Gama, nos 10.000 metros, em 1988, e Lucrécia Jardim, nos 100 e 200 metros, em 1990.