quinta-feira, 31 de março de 2011

Rumo a Olhão – revisitando a Taça da Europa de Marcha de 2005 (VI edição)

Foto: Câmara Municipal de Miskolc
Em 21 de Maio de 2005, Miskolc (Hungria) acolheu a sexta edição da Taça da Europa de Marcha, competição que contou com a participação de 267, atletas em representação de 29 países.
Realizada sob agradáveis condições atmosféricas, de 18 graus centígrados no começo dos 50 km a 24 graus e céu limpo, o evento caracterizou-se pelo domínio da Rússia (vitórias individuais e colectivas), íamos a escrever absoluto não fosse a circunstância de apenas numa das provas do programa, os 20 km femininos, o título colectivo lhes ter fugido e precisamente para a nossa excelente selecção nacional feminina.
Portugal apresentou-se com 11 atletas. O brilhante título feminino nos 20 km, o excelente resultado da Susana Feitor (2.ª) e as prestações das outras atletas – Vera Santos (7.ª), Maribel Gonçalves (16.ª) e Inês Henriques (17.ª) – foram os factos positivos mais marcantes para a delegação lusa.
Nos 20 km homens, João Vieira, o único representante português, desistiu. Nos 50 km participaram Pedro Martins (20.º), António Pereira (21.º), Augusto Cardoso (24.º) e Jorge Costa (34.º). Portugal classificou-se num meritório 5.º lugar.
Nos 10 km juniores femininos, Fátima Rodrigues foi 13.ª e Catarina Godinho, 20.ª, possibilitando à equipa portuguesa situar-se no 6.º lugar entre 18 países.
Vencedores individuais, os russos Ilya Markov, nos 20 km masculinos (1.20.50), Aleksey Voyevodin, nos 50 km (3.41.03), Olimpiada Ivanova, nos 20 km femininos (1.28.18), Andrey Ruzavin, nos 10 km juniores masculinos (39.57) e Vera Sokolova, nos 10 km juniores femininos (44.09).
A delegação portuguesa foi chefiada por Fernando Boquinhas e enquadraram os atletas os treinadores Jorge Miguel, Paulo Murta e José Magalhães. Luís Graça (treinador da júnior Catarina Godinho) acompanhou a equipa a expensas próprias. O médico foi Pedro Branco e o fisioterapeuta, João Martins.
Luís Dias foi o delegado técnico, nomeado da Associação Europeia de Atletismo, integrando ainda o júri de apelo, com Peter Marlow (Grã-Bretanha) e Imre Mátraházi (Hungria). O delegado para o doping foi Károly Pikó (Hungria). Na prestigiante função, o delegado português contou com a preciosa colaboração de Sándor Káli (presidente da Câmara Municipal de Miskolc), Katalin Melkovics (directora geral), Barbara Zsarka (área dos assuntos internacionais) e István Kollár (director da competição), que contribuíram decisivamente para o sucesso organizativo.
Os juízes de marcha designados pela Associação Europeia de Atletismo foram os seguintes: Rolf Müller (Alemanha), o juiz-chefe, Anne Froberg (Finlândia), Can Korkmazoglu (Turquia), Frederic Bianchi (Suíça), Hans van der Knaap (Holanda), Jean-Pierre Dahm (França), Jordi Estruch (Espanha), Miloslav Lapka (República Checa) e Noel Carmody (Grã-Bretanha).
Finalmente, de referir que a Associação Europeia de Atletismo levou a efeito, durante do período da realização da Taça da Europa, um curso para juízes de marcha de área (nível II da AIFA) com certificação para um período de quatro anos, tendo o grupo sido avaliado nas sessões práticas, actuando “por fora” nas provas dos 50 km e de juniores. Estiveram aí, em avaliação, os juízes portugueses Ana Toureiro, André Brito, Eduardo Gonçalves, João Pires e José Ganso.