Lisboa é o distrito que ao longo dos anos tem apresentado maior número de atletas nas provas de marcha realizadas no país. E 2010 parece não ter constituído excepção.
Reportando-nos à estrutura federada (atletas filiados na A.A. Lisboa), o balanço não é favorável, atenta a quebra de 17 por cento na comparação entre os números de atletas que participaram em provas de marcha nas duas últimas épocas (152 atletas em 2009 para 126 em 2010). Esta situação contrasta com o sucedido em anterior comparação (2008 para 2009), que revelava uma melhoria de 30 por cento.
Apesar de tudo, há a destacar o laborioso trabalho desenvolvido por alguns clubes da capital, especialmente na área dos escalões mais jovens, casos da Associação Cultural e Recreativa da Mealhada, do Grupo Desportivo de São Domingos, do Centro de Atletismo das Galinheiras, da Associação Desportiva dos Leões Apelaçonenses e do Grupo Desportivo Águias da Charneca.
Aos clubes mencionados junta-se uma dezena de outros que abordam a disciplina competitivamente, concluindo-se, no entanto, que a totalidade destes representa apenas 30 por cento do universo da A.A.L. com actividade em 2010.
O número de jovens dos escalões de formação que têm participado nas provas de marcha em comparação com o número total de inscritos oficialmente no distrito de Lisboa na mesma base representa apenas 10 por cento, valor escasso que nos leva a concluir que existe de facto um não alinhamento com a multidisciplinaridade da modalidade, tantas vezes invocada e onde a marcha atlética deveria, naturalmente, estar incluída.
Estas ocorrências devem constituir motivo de preocupação e de reflexão pelas repercussões negativas no todo nacional.