Johana Ordóñez, a primeira campeã pan-americana
de 50 km marcha.Foto: Fernando Vergara, AP
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A equatoriana Johana Ordóñez tornou-se este domingo, 11 de Agosto, a primeira campeã feminina pan-americana de 50 km marcha, ao vencer a prova da distância dos XVIII Jogos Pan-americanos, em Lima, no Peru, com a marca de 4.11.12 h. O resultado alcançado por Ordóñez constitui novo recorde do Equador, superando a marca obtida em 5 de Maio de 2018 por Paola Pérez durante a Taça do Mundo de Marcha, em Taicang (China), então com 4.12.56 h. Paola Pérez foi agora a terceira classificada nos pan-americanos de Lima, com 4.16.54 h, atrás da guatemalteca Mirna Ortiz, creditada no segundo lugar com 4.15.21 h.
Ordóñez e Ortiz fizeram uma prova quase sempre juntas até para lá de meio da distância, tendo passado aos 25 quilómetros com 2.07.36 h, ocasionalmente com a companhia de outras concorrentes. A marchadora da Guatemala quase repetia a dose na segunda metade, cumprida em 2.07.55 h, enquanto a atleta do Equador acelerava e cumpria as cinco léguas finais em 2.03.36 h. E nessa capacidade de reagir na segunda metade da competição esteve o «segredo» da vitória para Johana Ordóñez, que, desta forma, garantiu a «dobradinha» de vitórias obtidas pelo Equador nas provas de 50 km macha na edição deste ano dos Jogos Pan-americanos, alguns minutos depois de o compatriota Claudio Villanueva ter conquistado a medalha de ouro na vertente masculina.
A primeira campeã pan-americana de 50 km, que tal como Villanueva tem 31 anos, agradeceu no final da prova o apoio que recebe da família, referindo de forma especial o marido, que, não sendo atleta, não deixa de acompanhá-la em treinos e provas. E sublinhou também o apoio recebido do Estado Equatoriano, desde logo da Secretaria do Desporto, afirmando que o sucesso alcançado em Lima é resultado do investimento feito pela administração central na promoção das diferentes vertentes do desporto.
Seguindo o exemplo do grande campeão Jefferson Pérez, os marchadores equatorianos levam desta edição dos Jogos Pan-americanos três das seis medalhas em disputa nos 50 km (masculinos e femininos), contando também três das quatro medalhas de ouro relativas às quatros provas da especialidade (20 e 50 km, masculinos e femininos), já que Brian Pintado, cunhado de Claudio Villanueva, tinha ganho uma semana antes os 20 km masculinos.
De assinalar que nestes 50 km femininos, com dez atletas à partida e ao contrário do sucedido na prova masculina realizada em simultâneo, não foram registadas desclassificações, ocorrendo apenas uma desistência, a de Kathleeen Burnett, dos Estados Unidos, depois de cumprir 35 quilómetros. Burnett é a recordista do seu país, com 4.21.51h, marca registada em 2017, durante os mundiais de atletismo de Londres.
A próxima edição dos Jogos Pan-americanos, a 19.ª, terá lugar em 2023 na capital do Chile, Santiago, mantendo-se assim na América do Sul. Será assim a primeira vez em sete décadas de existência que estes Jogos têm lugar duas vezes seguidas na parte sul do continente americano.
Classificação
1.ª, Johana Ordóñez (Equador), 4.11.12
2.ª, Mirna Ortiz (Guatemala), 4.15.21
3.ª, Paola Pérez (Equador), 4.16.54
4.ª, Viviane Santana Lyra (Brasil), 4.22.46
5.ª, Elianay Pereira (Brasil), 4.29.33
6.ª, Mayra Herrera (Guatemala), 4.30.52
7.ª, Yoci Caballero (Peru), 4.31.33
8.ª, Evelyn Inga Huaynalaya (Peru), 4.36.36
9.ª, Stephanie Casey (EUA), 4.50.31
Desistente: Kathleen Burnett (EUA)
1.ª, Johana Ordóñez (Equador), 4.11.12
2.ª, Mirna Ortiz (Guatemala), 4.15.21
3.ª, Paola Pérez (Equador), 4.16.54
4.ª, Viviane Santana Lyra (Brasil), 4.22.46
5.ª, Elianay Pereira (Brasil), 4.29.33
6.ª, Mayra Herrera (Guatemala), 4.30.52
7.ª, Yoci Caballero (Peru), 4.31.33
8.ª, Evelyn Inga Huaynalaya (Peru), 4.36.36
9.ª, Stephanie Casey (EUA), 4.50.31
Desistente: Kathleen Burnett (EUA)