Claudio Villanueva a caminho da vitória nos 50 km marcha
dos pan-americanos de Lima. Foto: Fernando Vergara, AP
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O equatoriano Claudio Villanueva venceu este domingo, 11 de agosto, a prova masculina dos 50 km marcha da última jornada dos XVIII Jogos Pan-americanos, que decorreram em Lima, no Peru, desde 24 de Julho. Villanueva creditou-se com 3.50.01 h, adiante do mexicano Horacio Nava (3.51.45) e do colombiano Diego Pinzón (3.53.49), numa prova em que se classificaram apenas mais dois concorrentes de um total de 14 à partida.
Claudio Villanueva, que na semana anterior à prova completou 31 anos, acabou por não ficar muito longe do recorde pessoal na distância, estabelecido em 2017 durante os mundiais de atletismo de Londres, quando averbou 3.49.27 h.
O marchador equatoriano fez em Lima uma prova cautelosa, não se atrevendo a comandar nem a forçar ritmos na fase inicial da competição. Aos cinco quilómetros registava uma passagem de 23.29 m, bastante atrás da dupla que então seguia na dianteira, composta pelo mexicano Nava e pelo equatoriano Andrés Chocho (vencedor em Toronto-2015), ambos creditados com 22.44 m na primeira légua. A vantagem dos primeiros foi aumentando nas voltas seguintes para lá de um minuto, mas, a meio da prova, Villanueva já integrava o grupo da liderança, cumprindo os primeiros 25 quilómetros em 1.54.20 h, a par de Nava e com cerca de 10 metros de avanço sobre o peruano Luis Campos e 20 metros para o guatemalteco Erick Barrondo.
Seria na aproximação aos 40 quilómetros que Claudio Villanueva viria a isolar-se na frente, para terminar estes 50 km de marcha na condição de campeão das Américas, numa jornada marcada pela chuva e pelo (sempre bem-vindo) rigor dos juízes. Horacio Nava, vencedor nesta distância nos pan-americanos de 2011 (México), conseguiu gerir as dificuldades e garantir o segundo lugar, a um minuto e 44 segundos de Villanueva, enquanto Diego Pinzón fez uma prova ainda mais contida que a do vencedor e conquistou a medalha de bronze, com mais 3.48 minutos que o novo campeão pan-americano.
«Estava a gerir a minha prova e a ver que os juízes estavam muito rigorosos e que muita gente ia caindo», declarou Villanueva à imprensa após a vitória, em tom de modéstia, dado que não precisou das desistências e das desclassificações dos colegas de competição para sagrar-se vencedor.
Concluíram a prova também o brasileiro Caio Bonfim, com altos e baixos no ritmo e uma marca final de 3.57.54 h, e ainda Matthew Forgues, dos Estados Unidos, com 4.19.28 h. Entre os nove desistentes ou desclassificados, realce para os irmãos guatemaltecos Erick e Bernardo Barrondo e para o equatoriano Andrés Chocho, vencedor na edição anterior, Toronto-2015.
«Estava a gerir a minha prova e a ver que os juízes estavam muito rigorosos e que muita gente ia caindo», declarou Villanueva à imprensa após a vitória, em tom de modéstia, dado que não precisou das desistências e das desclassificações dos colegas de competição para sagrar-se vencedor.
Concluíram a prova também o brasileiro Caio Bonfim, com altos e baixos no ritmo e uma marca final de 3.57.54 h, e ainda Matthew Forgues, dos Estados Unidos, com 4.19.28 h. Entre os nove desistentes ou desclassificados, realce para os irmãos guatemaltecos Erick e Bernardo Barrondo e para o equatoriano Andrés Chocho, vencedor na edição anterior, Toronto-2015.
No final, o vencedor, que já teve a nacionalidade espanhola e chegou a sagrar-se campeão desse país durante os campeonatos realizados conjuntamente com Portugal na cidade portuguesa de Montijo, em 2013, dedicou de forma emocionada a vitória pan-americana ao pai, que em 2017 desapareceu nas montanhas de Cuenca sem que até hoje tivesse sido encontrado. «Pai, se estiveres vivo e a ver-me, esta medalha é para ti, mas se tiveres morrido, cuida de mim lá no céu», afirmou o marchador agora equatoriano e que, precisamente nesse ano de 2017 e também na capital do Peru, se tinha já sagrado vencedor da Taça Pan-americana de Marcha.
Classificação
1.º, Claudio Villanueva (Equador), 3.50.01
2.º, Horacio Nava (México), 3.51.45
3.º, Diego Pinzón (Colômbia), 3.53.49
4.º, Caio Bonfim (Brasil), 3.57.54
1.º, Claudio Villanueva (Equador), 3.50.01
2.º, Horacio Nava (México), 3.51.45
3.º, Diego Pinzón (Colômbia), 3.53.49
4.º, Caio Bonfim (Brasil), 3.57.54
5.º, Matthew Forgues (EUA), 4.19.28
Desistentes: Erick Barrondo (Guatemala), Luis Campos (Peru), Mathieu Bilodeau (Canadá) e Nicholas Christie (EUA).Desclassificados: Bernardo Barrondo (Guatemala), Andrés Chocho (Equador), Isaac Palma (México), Ronal Quispe (Bolívia) e Jorge Fajardo (Colômbia).