No dia em que se
assinala mais um aniversário do Clube Português de Marcha Atlética (o 31.º), o
blogue «O Marchador» recorda um dos sócios-fundadores do clube que deu voz aos
anseios dos marchadores portugueses, Mário Pinto, integrante da primeira equipa
directiva da associação fundada a 1 de Dezembro de 1982.
Envolvido na marcha
atlética sobretudo pelo acompanhamento do filho, José Pinto, o destacado atleta
do Belenenses que em 1984 viria a tornar-se o primeiro marchador olímpico
português, Mário Pinto cedo se empenhou na colaboração com a organização de
diversas provas da especialidade.
Quando da escritura
que formalizou no Cartório Notarial de Vila Franca de Xira, a 12 de Janeiro de
1983, a constituição do CPMA como colectividade, Mário Pinto foi um dos
subscritores presentes, ficando depois inscrito como sócio número 9.
A ele se deveu a
intervenção que permitiu ao CPMA ficar com sede graciosamente instalada no
Ateneu Comercial de Lisboa, em pleno centro da capital, onde tinham lugar as
reuniões da direcção e onde ficavam guardados os arquivos do clube. Também se
lhe ficou a dever a possibilidade de, sem encargos, serem realizadas nesse
espaço duas edições da Festa Anual da Marcha Atlética (FAMA), que todos os anos
juntava em ambiente festivo muitos dos atletas, treinadores, dirigentes e
juízes da marcha atlética portuguesa, para além de familiares e amigos.
Nunca esquecida foi a
contribuição de Mário Pinto para a produção dos alfinetes de lapela que ficaram
como identidade gráfica do clube. O desenho tinha sido criado pelo também
sócio-fundador Carlos Menezes, mas o clube não dispunha de fundos para passar à
fase de produção dos agora chamados «pins». Seria Mário Pinto a disponibilizar
a verba necessária para o efeito, suportando a despesa e permitindo a criação
de um objecto que não apenas identificava os membros do CPMA como também servia
para divulgação do clube e do seu projecto.
Mário Pinto integrou
a primeira equipa dirigente do CPMA como vice-presidente, mantendo-se na
estrutura directiva do clube até 1986. Mas, mesmo depois do mandato de
dirigente, continuou a acompanhar de perto a actividade da marcha atlética,
sempre com o empenho e a disponibilidade que o caracterizam.
Mário Carlos
Abranches Pinto foi, assim, um dos pais do Clube Português de Marcha Atlética.
Ficamos agora à espera de poder reencontrá-lo numa próxima oportunidade,
acompanhando de novo alguma prova de marcha realizada por esse país fora.