Francisco Fernández não poderá competir nos Jogos Olímpicos de Londres Foto: El Mundo |
O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), com sede em Lausana (Suíça), sancionou, em definitivo, Paquillo Fernández com dois anos de suspensão, pelo que o marchador espanhol perderá a oportunidade de realizar aqueles que seriam os seus quartos Jogos Olímpicos.
O TAD não foi sensível ao argumento de que o atleta, implicado na operação policial realizada em 2009 quando foi apanhado na posse de substâncias proibidas e designada de “Operação Grial”, colaborara com a justiça espanhola. Este tinha sido o fundamento em que a federação espanhola se baseara para baixar de dois para um ano a suspensão aplicada de início. Inconformada por considerar que essa colaboração foi quase inexistente, a Associação Internacional de Federações de Atletismo entendeu recorrer da decisão espanhola para o tribunal sediado em Lausana, que veio agora dar-lhe razão e repor em dois anos a pena de suspensão imposta ao atleta andaluz.
"Realmente, não sei o que se passou. Estou um pouco confuso com este assunto, mas não posso dizer que o prolongamento da sanção tenha sido uma surpresa, uma vez que já o esperava", afirmou o atleta à agência noticiosa espanhola Efe. "A colaboração foi reconhecida há um ano, mas agora não e ninguém me disse porquê. O recurso foi apresentado fora de prazo mas o TAD aceitou-o. Tudo isto me parece uma espécie de negócio. Se não, perguntem ao Alberto Contador."
"Não tenho confiança no TAD nem na legislação desportiva. Posso recorrer de tudo, mas não penso fazer mais nada. Fui a três Jogos Olímpicos, fui vice-campeão, mas se não me querem em Londres não irei”, concluiu Fernández.
Paquillo Fernández foi duas vezes campeão europeu (Munique-2002 e Gotemburgo-2006, além do bronze ganho em Budapeste-98), medalhado com prata nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004) e nos mundiais de Paris (2003), Helsínquia (2005) e Ósaca (2007).