Kenny Martín, depois de concluir a prova de Lille. Foto: runningcolombia.com |
Histórica medalha de prata em mundiais
Este sábado, 9 de Julho de 2011, é histórico para a Colômbia. Pela primeira vez, um atleta conquistou uma medalha de prata num campeonato mundial. É a segunda medalha na categoria de juvenis, depois do bronze de Norma González nos 400 metros, na Polónia.
Agora foi a vez do marchador Kenny Martín Pérez (foto), que se classificou no segundo lugar dos 10 mil metros marcha do mundial de atletismo a decorrer em Lille (França).
Este bogotano de 16 anos, nascido a 10 de Agosto de 1994, cortou a meta com o tempo de 40.59,25 m, a oito segundos do vencedor, o russo Pavel Parshin. O pódio foi completado pelo mexicano Erwin González.
«Este rapaz iniciou-se nos Centros de Aperfeiçoamento Desportivo (CPD) do IDRD, em Bogotá, aos 10 anos, e desde início quis praticar marcha», conta a sua treinadora, Olga Ladino.
Qualificou-se para o mundial no torneio nacional de selecção realizado em Cali, no passado dia 22 de Maio, com a marca de 43.32 m, mas a França chegou disposto a dar uma prenda de aniversário à mãe, Miryam Parra, que nesse mesmo sábado, 9 de Julho, fez 44 anos. E não só conquistou a medalha de prata como ainda melhorou o recorde pessoal em quase três minutos.
«Ele tinha-me mandado o endereço da AIFA para eu ir acompanhando, uma vez que estão incomunicáveis – como as ligações de lá são diferentes, estão sem telefones», contou Miryam, que nem queria acreditar na noticia e telefonou para a treinadora do filho, às quatro da manhã, para saber se era verdade.
«Não conseguimos dormir a partir das três da manhã, agarrados à prova. A minha mulher nem acreditou quando viu o resultado», disse, por sua vez, Martín Pérez, o pai.
O outro colombiano em prova era Esteban Soto, que estava na disputa pela medalha de ouro com o russo Parshin, a quem venceu, mas, depois da comemoração, um juiz mostrou-lhe a raqueta vermelha e desclassificou-o. Estendido no chão de cansaço, tal como o russo, teve de resignar-se a ver o colega ficar com a medalha de prata (foto final, tomada da AIFA).
A Colômbia conquistou apenas quatro medalhas na história dos mundiais de atletismo, cuja federação congrega 212 países. As duas de bronze de Norma González nos 400 metros (juvenis e juniores), a de ouro de Eider Arévalo, em juniores, no ano passado, na marcha, e esta de Kenny Martín Pérez, em juvenis, também nos 10 mil metros marcha.