Portugueses em ação na prova de 50 km em Metz. Fotomontagem: O Marchador |
A
cidade francesa de Metz recebeu a oitava edição da Taça da Europa de Marcha,
num ambiente festivo e onde, desta vez, a seleção feminina dos 20 km marcha não
foi feliz pois das suas quatro participantes, apenas Ana Cabecinha sobreviveu à
“hecatombe” que se abateu sobre a equipa, com duas atletas desclassificadas
(Vera Santos e Inês Henriques) e uma (Susana Feitor) a desistir.
Mas,
quase, quase…na medalha esteve a seleção masculina dos 50 km marcha, com
Augusto Cardoso (a fazer o seu melhor resultado de sempre), Jorge Costa e
Dionísio Ventura a catapultarem a seleção portuguesa para a quarta posição,
empatada no terceiro posto com a Itália, que obteve a medalha de bronze por ser
seu o melhor classificado na prova, critério diferente se tivesse sido numa
Taça do Mundo….
De
registar que a Lituânia conseguiu a sua única medalha feminina em grandes
eventos internacionais, com Kristina Saltanovic (residente há vários anos em
Portugal) a conquistar a medalha de bronze na prova dos 20 km marcha.
A
Federação Internacional de Atletismo organizou, nessa ocasião, um seminário
para juízes internacionais de marcha, envolvendo todos os elementos do painel,
e onde foram amplamente discutidas, durante dois dias, todas as incidências do
ajuizamento, apresentando-se propostas com vista a uma melhor uniformização de
critérios. Os próprios juízes atuaram “por fora” nas competições realizadas, um
trabalho que se concluiu ter sido muito proveitoso para o estudo da eficiência
no plano do cumprimento das normas regulamentares.
Luís
Dias que, durante vários anos, integrou a Comissão de Marcha da Associação
Europeia de Atletismo, esteve no evento e integrou, novamente, o Júri de Apelo
da competição, em parceria com Pierce O’Callaghan (Irlanda) e Dolores Rojas
(Espanha).
Pedro
Martins, o nosso homem dos 50 km, olímpico, multicampeão nacional, comenta esta
participação portuguesa:
“Num dia em que as temperaturas altas se
fizeram sentir, viria a revelar-se em mais uma grande participação da equipa
masculina de 50 km. Não fosse o critério de desempate, invertido em relação a
outras competições da modalidade (desempate feito a favor da equipa que tenha a
melhor classificação individual) teríamos sido terceiros classificados.
Com um percurso rápido, o impedimento da
realização de grandes marcas individuais foi mesmo devido às altas temperaturas
que se fizeram sentir durante as provas.
A título de exemplo o Francês
"Diniz" parte para uma prova em contra relógio a fim de estabelecer
uma grande marca e classificação, claudicando pouco depois do equador da prova,
sendo então alcançado por vários adversários...”