Os preparativos para a prova de 10 km sub-20 das lusas Catarina Godinho e Ana Cláudia Conceição. Fotomontagem: O Marchador |
Leamington acolheu a sétima edição da Taça da
Europa, muito facilitada no aspeto organizativo, dado que a competição foi
realizada num parque (Parque Vitória), algo que já tínhamos assistido uma vez,
quando se presenciou a Taça do Mundo de Marcha de 1983, em Bergen, na Noruega.
Portugal voltou a ter um brilhante desempenho na
Taça da Europa de Marcha, com quatro das suas equipas a alcançarem posições até
ao oitavo lugar (a maior pontuação de sempre, considerando os lugares de
“finalista”), demonstrando-se, deste modo, o excelente trabalho dos nossos
melhores atletas e treinadores e em que foi profícua a atividade competitiva no
país, com o apoio do Setor de Marcha da FPA, ao nível técnico e de coordenação
junto de autarquias e clubes, em várias regiões do país.
Nos 20 km femininos, Inês Henriques (a melhor
atleta feminina), Susana Feitor e Vera Santos (Ana Cabecinha desistiu)
contribuíram para a quarta posição de Portugal. Nos 20 km masculinos, outra boa
classificação, o quinto posto, com João Vieira (o melhor atleta masculino),
Sérgio Vieira, Diogo Martins e Dionísio Ventura, e realce-se, também, o ótimo
desempenho dos nossos homens dos 50 km, com uma atuação muito consistente,
essencialmente com António Pereira, Augusto Cardoso e Jorge Costa (Pedro
Martins desistiu). E até as nossas juniores (Ana Conceição e Catarina Godinho)
levaram Portugal a um agradável oitavo posto coletivo.
Mais uma vez, no âmbito da nomeação de oficiais
para este tipo de eventos, o nosso país foi contemplado com a indicação de Luís
Dias para a equipa do Júri de Apelo, com Maurizio Damilano (Itália) e Janusz
Krinicky (Polónia).
Pedro Martins, o atleta de Seia, que regista oito
títulos de campeão de Portugal na distância dos 50 km marcha, e com 11 marcas
abaixo das quatro horas, tendo participado em todas as Taças da Europa de
Marcha (1996/2015), traça-nos as suas opiniões sobre o evento disputado em solo
britânico:
“O parque, densamente arborizado, proporcionou
que o percurso, de 1 km, fosse percorrido, quase todo ele, à sombra e ainda com
a vantagem de existir apenas uma viragem com retorno.
Todas estas condições facultaram aos participantes
a obtenção de boas marcas individuais.
Porém, em termos de piso, típico em percursos
realizados no seio de zonas arborizadas, havia troços um pouco irregulares,
causados pelas raízes das árvores.
Portugal voltou a ter um desempenho colectivo
excelente, e a nível individual, alguns atletas conseguiram boas classificações
e marcas que abriram as portas às grandes competições internacionais de Verão.
Curiosidade foi a vitória portuguesa, na véspera,
numa prova para amadores no mesmo percurso. Luís Silva que na altura vivia neste
país, participou e ganhou “.