sexta-feira, 7 de março de 2014

China atenta à temática do ajuizamento

Juízes de marcha em Huangshan (da esq.ª para a dt.ª): Sardjito,
Chun Doo-An, José Dias, Nicola Maggio, Steve Taylor e Si Rose.
Foto: O Marchador
Por ocasião da realização, em 27 e 28 de fevereiro, do Grande Prémio de Marcha Atlética da cidade de Huangshan, província de Anhui, os dirigentes da arbitragem chinesa promoveram um debate com os seus pares internacionais, convidados a atuar naquele evento que reuniu cerca de 300 participantes provenientes de várias regiões da China.

A reunião, que se realizou após o términus da primeira jornada do torneio, que englobou provas de 20 km masculinos e femininos (sessão matinal) e de 10 km juniores, também para os dois sexos (sessão vespertina), decorreu sob um espírito muito construtivo, prevalecendo a análise das folhas de ajuizamento dos juízes especialistas de marcha e a procura das melhores soluções com vista à potenciação de elevados índices de consistência no ato de julgar.

Com a coordenação de Fei Jian, também conhecido por Colin Fee, membro do painel internacional asiático de juízes especialistas de marcha (nível II da IAAF), que igualmente serviu de intérprete às várias intervenções, quer dos seus colegas chineses quer dos juízes internacionais, considerou-se ser de particular importância, no ajuizamento de provas de marcha, a realização de seminários onde se possam discutir situações práticas, e também se entendeu, como muito vantajosa, o prosseguimento da cooperação de experientes juízes de outros países, integrados no painel da IAAF.

A especialidade na China tem registado, nos últimos anos, um extraordinário incremento tanto em termos quantitativos como qualitativos, e as autoridades desportivas não regateiam despesas no sentido de adequar as melhores condições aos seus atletas de topo. A contratação, há alguns anos, do credenciado treinador italiano, Sandro Damilano, para treinar a seleção chinesa, foi uma decisão que deu bons frutos, mais visíveis pelos resultados alcançados, nomeadamente, nos Jogos Olímpicos de Londres e nos Mundiais de Moscovo.

Também no campo do ajuizamento, desde há cerca de 10 anos que juízes internacionais, vários da Europa, mas também de outras latitudes, são convidados a atuar nas mais importantes competições que se têm realizado em solo chinês, com visíveis progressos técnico-regulamentares dos seus atletas, no plano competitivo internacional.

Ainda agora, em Huangshan, foram cinco os juízes internacionais estrangeiros que atuaram nos dois dias de competições, alguns deles com experiência nas mais importantes provas planetárias: José Dias (Portugal), Steve Taylor (Grã-Bretanha), Nicola Maggio (Itália), Malo Sardjito (Indonésia) e Chun Doo-An (Coreia do Sul), juntando-se, no circuito de 2 km, outros juízes chineses, entre os quais, Gao Hongmiao, vencedora da Taça do Mundo de 1995, e Yan Wang, que integrou, até 2010, o nível mais elevado da arbitragem internacional.