Foto: José Dias |
Em 24 de Maio de 2009, decorreu em Metz (França), num dia que começou com uma temperatura amena subindo, pelas 13,30 horas, aos 33 graus centígrados, a 8.ª edição da Taça da Europa de Marcha, competição que reuniu 227 atletas em representação de 26 países.
A Itália triunfou nos 20 km masculinos e nos 10 km juniores femininos enquanto a Rússia chamava a si as vitórias nas provas de 20 km femininos e de 50 km e 10 km juniores masculinos.
Portugal fez-se representar por 12 atletas. Augusto Cardoso, em 10.º lugar nos 50 km foi o melhor representante luso.
Nos 20 km homens Pedro Isidro foi o único a concluir a prova, em 20.º lugar. Sérgio Vieira, João Vieira e António Pereira, desistiram.
Nos 20 km femininos, a única “sobrevivente” foi Ana Cabecinha (13.ª). Susana Feitor desistiu e Vera Santos e Inês Henqriques foram desclassificadas.
Nos 50 km, a equipa lusa quase quase alcançava a medalha de bronze pois teve o mesmo número de pontos da Itália (3.ª classificada) com o desempate a favorecer a equipa transalpina por ter sido seu o melhor classificado, de acordo com o regulamentado. Além do já referido Augusto Cardoso, Jorge Costa (13.º) e Dionísio Ventura (15.º) conseguiram com que Portugal obtivesse um muito honroso 4.º lugar. Pedro Martins desistiu.
O junior Luís Lopes foi 16.º classificado nos 10 km.
Vencedores individuais o italiano Giorgio Rubino, nos 20 km masculinos (1.24.06), o russo Denis Nizhegorodov, nos 50 km (3.42.47), a espanhola Maria Vasco, nos 20 km femininos (1.32.53), e os russos Stanislav Yemelyanov, nos 10 km juniores masculinos (41.22) e Tatyana Mineyeva, nos 10 km juniores femininos (44.16).
De assinalar ainda, a proeza de Kristina Saltanovic, atleta lituana a residir há vários anos em Portugal, ao classificar-se em 3.º lugar nos 20 km marcha, a primeira da sua rica carreira desportiva e igualmente um feito inédito para o seu país. Numa emocionada cerimónia de entrega de prémios, a atleta, aos 34 anos de idade, recebeu das mãos do suíço Hansjorg Wirz, presidente da Associação Europeia de Atletismo, a merecida medalha de bronze.
A delegação portuguesa foi chefiada por Maria Isabel Trigo Mira, e enquadraram os atletas os treinadores Carlos Carmino (técnico nacional), Jorge Miguel e Paulo Murta. José Magalhães também esteve presente mas “extra-comitiva”. O médico foi o Dr. Pedro Branco e a fisioterapeuta, Susana Nogueira.
Luís Dias, membro do Comité de Marcha da Associação Europeia de Atletismo, integrou o júri de apelo a par de Dolores Rojas (Espanha) e de Pierce O’Callaghan (Irlanda).
Os juízes de marcha, nomeados pela Associação Europeia de Atletismo, foram os seguintes:
Anne Froeberg (Finlândia), a juiz-chefe, Manfred Bott (Alemanha), Jean-Pierre Dahm (França), Olive Dobson (Grã-Bretanha), Can Korkmazoglu (Turquia), Luis Saladie (Espanha), Inge-Marie Schoeler (Dinamarca), Lamberto Vacchi (Itália) e Hans van der Knaap (Holanda). O assistente do juiz-chefe foi Maris Peterson (Rússia) e os secretários, Peter Marlow (Grã-Bretanha) e Rolf Mueller (Alemanha).
De assinalar a realização pela AIFA, no decorrer do evento, de um seminário especificamente destinado aos juízes internacionais de marcha que se revelou produtivo e no qual se debateram várias das questões prementes que envolvem o ajuizamento de provas de marcha, com o objectivo centrado na uniformidade de critérios e numa cada vez mais acentuada consistência e transparência no acto de ajuizar. Algumas das provas do programa foram aproveitadas para a actuação “por fora” dos referidos juízes e posterior estudo do trabalho produzido.