Hélder Oliveira com a camisola do Olhanense na velha pista do Estádio do Restelo, em Lisboa. Foto: arquivo «O Marchador» |
O Algarve tem sido uma das regiões do país onde a marcha atlética mais se tem desenvolvido, sobretudo nas camadas jovens. Mas nem sempre foi assim.
Durante anos, apenas um atleta aí se destacou, Hélder Oliveira, rapidamente se tornando um dos melhores especialistas nacionais e um pólo de atracção de outros praticantes.
Ao longo da década de 80 manteve-se sempre no topo nacional e por muito pouco não acompanhou José Pinto nos mínimos para os europeus de 1982, em Atenas, a primeira grande competição internacional para qual se qualificou um marchador português.
Teve de esperar seis anos para alcançar o direito a estar numa prova do maior nível mundial, mas conseguiu realizar esse sonho logo nuns Jogos Olímpicos, os de Seul, em 1988.
Hélder Oliveira, figura simpática entre todos os marchadores portugueses, foi sempre um amigo dos companheiros de competição e nunca regateou palavras de estímulo para os mais novos, ciente do papel exemplar que os desportistas devem assumir na sociedade.
Hélder Oliveira que actualmente tem 50 anos de idade, desempenha funções na Câmara Municipal de Olhão desde 1989, e é técnico desportivo.
A realização, precisamente na terra natal de Hélder Oliveira, da Taça da Europa de Marcha, no próximo dia 21 de Maio, é também uma singela homenagem a este nome querido das gentes de Olhão e da marcha atlética portuguesa.