Foto: Getty Images. Montagem: O Marchador |
É já este sábado (11/5) que terá
lugar em Taicang, província chinesa de Jangsu, mais uma etapa do Circuito
Mundial de Marcha, sob a supervisão da Federação Internacional de Atletismo
(IAAF, na sigla inglesa), a sétima levada a efeito neste ano e a terceira da
série principal, que permitirá aos atletas melhor classificados amealharem
pontos para um “bolo” final com atraentes prémios monetários.
Taicang tem revelado ser um marco
importante no contexto mundial da especialidade, nomeadamente pelo apoio da sua
autarquia na realização de importantes eventos, este do circuito mundial mas
também no acolhimento do Mundial de Seleções de Marcha Atlética em 2014 e 2018,
unanimemente reconhecido pela sua magnífica organização e que agora volta a ser
realizado no mesmo circuito que serviu de palco àquelas competições de dimensão
planetária.
A lista de atletas inscritos nas
provas de 20 km masculinos e femininos é naturalmente preenchida, na sua
maioria, por atletas chineses, alguns de primeiríssimo plano mundial e a partir
da qual, Sandro Damilano, o treinador nacional da Seleção da China, indicará os
nomes dos marchadores que participarão este ano nos Campeonatos Mundiais de
Doha, no Catar.
No setor feminino, a chinesa Hong
Liu é a grande figura da prova. Recordista do mundo nos 20 e 50 km marcha,
campeã olímpica e bicampeã mundial, regressou recentemente à alta competição
após paragem de dois anos, devido à maternidade do seu primeiro filho. Liu
voltou em grande forma com o recorde mundial de 3:59:15 nos 50 km do Grande Prémio
da China no passado mês de março. Shijie Qieyang, a leader do ranking mundial e
incontestável vencedora do GP de Rio Maior, em abril deste ano, e Jiayu Yang, a
atual campeã mundial e por tal facto, apurada diretamente para Doha, com “wild
card”, são outras das destacadas atletas para Taicang.
No setor masculino, há a realçar,
entre os chineses, a presença de Ding Chen, campeão olímpico em 2012, o seu
melhor ano de sempre, com um recorde pessoal de 1:17:40, nesse ano em Taicang,
e que após longa ausência da competição, reapareceu em março mas não concluindo
os 20 km, Kaihua Huang, que em abril deste ano fez a marca de 1:19:01, e Cai
Zelin, vice-campeão olímpico. Mas atenção aos que vêm de fora, nomeadamente, o
brasileiro Caio Bonfim, em crescendo de forma, medalha de bronze nos mundiais
de Londres, o sueco Karlstrom Perseus, vindo vitorioso de Lázaro Cardenas, no
México, e o japonês Takahashi Eiki, com um recorde pessoal de 1:17:26, medalha
de prata em Rio Maior.