sexta-feira, 20 de julho de 2018

Rankings mundiais definirão acesso aos grandes eventos internacionais

Foto: Doha 2019. Montagem: O Marchador

A IAAF divulgou recentemente o ranking mundial das provas de marcha atlética nas distâncias que usualmente integram o programa dos Campeonatos Mundiais de Atletismo e dos Jogos Olímpicos (20 e 50 km), numa nova filosofia que prevê a entrada dos marchadores naquelas competições de acordo com o seu posicionamento nas listas e a entrar em vigor já para os próximos mundiais, em Doha.

Assim, o sistema de introdução de mínimos A e B deixa de vigorar como condição para acesso aos grandes eventos mundiais, mantendo-se as restantes normas que já estavam implementadas pela IAAF como condição essencial de acesso àquelas competições e contando para a entrada no ranking.

E estas impõem a necessidade do circuito da competição estar medido por um membro do painel internacional de medidores, medição essa que é válida por um período máximo de cinco anos. Outro dos requisitos essenciais é o da presença de, pelo menos, três juízes internacionais de marcha (níveis II ou III da IAAF).

Para as provas de 20 e 50 km marcha (masculinos e femininos) são estabelecidas 9 diferentes categorias, com a atribuição de pontuação consoante a importância dos eventos. Por exemplo, o campeão olímpico ou mundial terá 270 pontos, enquanto o vencedor de uma prova do challenge mundial arrecadará 170 pontos e o campeão de uns campeonatos nacionais de marcha acumulará 5 pontos. Haverá ainda bónus para o estabelecimento de recordes mundiais.

A integração no ranking mundial pressupõe, no mínimo, a realização de três eventos de 20 km e de dois na distância de 50 km. Competições de distância similar, 10 e 15 km, para o ranking dos 20 km masculinos, 20, 30 e 35 km (50 km masculinos), 5, 10, 15 e 50 km (20 km femininos) e 20, 30 e 35 km (50 km femininos) contribuem para o acumular de pontos.

Considerando a realização no próximo ano dos campeonatos mundiais de atletismo, as competições nacionais, pelo menos estas, que tiveram lugar este ano, validadas pela IAAF para o evento de Doha, foram as seguintes: o Troféu Lugano, na Suíça, a 11 de março, os campeonatos de França (20 e 50 km), em Merignac, a 12 de março, os campeonatos do Japão (50 km), em Wajima, a 15 de abril, e os campeonatos da Hungria (20 km), em Békéscsaba, a 22 de abril.

A classificação atual (5 primeiros) está assim estabelecida:

20 km Masculinos
Eider Arévalo (Colômbia), 1356 pontos
Christopher Linke (Alemanha), 1305
Caio Bonfim (Brasil), 1298
Dane Bird-Smith (Austrália), 1293
Álvaro Martín (Espanha), 1292

20 km femininos
Guadalupe González (México), 1355 pontos
Jiayu Yang (China), 1323
Antonella Palmisano (Itália), 1305
Erica Rocha de Sena (Brasil), 1301
Shenjie Qieyang (China), 1300

50 km masculinos
Hiroki Arai (Japão), 1400 pontos
Satoshi Maruo (Japão), 1333
Ihor Hlavan (Ucrânia), 1309
Yohann Diniz (França), 1304
Kai Kobayashi (Japão), 1290

50 km femininos
Hang Yin (China), 1400 pontos
Inês Henriques (Portugal), 1361
Claire Tallent (Austrália), 1230
Paola Pérez (Equador), 1226
Johana Ordónez (Equador), 1220

Os rankings completos publicados pela IAAF, à data de 17 de Julho, podem ser encontrados aqui.