Eider Arévalo nos mundiais de Londres de 2017 e Erica
de Sena em 2015, nos mundiais de Pequim.
Fotos: magazinelatino.com e Zimbio
Montagem: O Marchador
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Com o epílogo do Challenge (a primeira edição foi em 2003) marcado para os Mundiais de Londres, na prova masculina o campeão mundial dos 20 km marcha assegurou pontuação suficiente (36 pontos) para garantir a vitória (pela primeira vez no pódio deste evento), realizando quatro competições (três era o mínimo exigido) onde, além dos mundiais, venceu em Ciudad Juárez (México), nos Pan-americanos de Marcha (Lima, Peru) e em Rio Maior (Portugal).
Na segunda posição classificou-se Caio Bonfim (25 pontos/6 provas), o melhor resultado de sempre (em 2014 foi 3.º classificado). Foi medalha de bronze nos 20 km marcha dos mundiais de atletismo, a primeira medalha obtida por um marchador brasileiro num grande evento internacional. No terceiro lugar classificou-se o equatoriano Andrés Chocho (25 pontos/4 provas), repetindo a classificação de 2016.
No setor feminino, a brasileira Erica de Sena superiorizou-se às restantes atletas, fruto de exibições muito regulares nas cinco competições em que interveio, obtendo 34 pontos (foi 3.ª em 2015). À beira de uma medalha nos mundiais de Londres (4.ª nos 20 km marcha), a atleta pernambucana, que vive há vários anos no Equador, é casada com Andrés Chocho, seu treinador. Foi segunda em Ciudad Juárez, primeira em Monterrey, quarta em Taicang e primeira na Corunha.
María Guadalupe González (México), medalha de prata nos 20 km dos mundiais e que triunfara na edição de 2016, foi agora segunda (28 pontos/3 provas) e a brilhante Inês Henriques, a primeira marchadora portuguesa a alcançar uma medalha de ouro em campeonatos mundiais, nos 50 km e com um novo recorde mundial, assegurou o terceiro lugar do pódio (24 pontos em 4 provas – a dos mundiais não foi incluída). De assinalar ainda que outra atleta portuguesa, Ana Cabecinha, obteve igualmente 24 pontos (4.º lugar), com o desempate a favorecer a atleta ribatejana, graças ao segundo lugar em Monterrey (melhor classificação entre ambas).
O Challenge Mundial de Marcha integrou este ano, na categoria A, os mundiais de Londres, na categoria B, as provas de Juárez, Monterrey, Rio Maior, Taicang e La Coruña, todas pontuáveis para os 10 primeiros classificados (12-10-8-7-6-5-4-3-2-1), e, na categoria C, as provas de Adelaide (Campeonatos da Oceânia), Nomi City (Campeonatos da Ásia), Lima (Campeonatos Pan-americanos de Marcha), Podebrady (Taça da Europa) e Durban (Campeonatos de África), pontuáveis até ao sexto classificado (6-5-4-3-2-1).
Os resultados finais são baseados na soma das três melhores pontuações (no mínimo, deverão participar em três provas, não sendo contabilizadas aquelas em que, eventualmente, sejam desclassificados). Independentemente dos prémios monetários que as organizações das provas da categoria B se comprometeram (regulamento) a distribuir pelos seis primeiros classificados (ambos os sexos), de aproximadamente 18 mil euros para cada evento, a IAAF vai premiar os oito primeiros da classificação geral (masculinos e femininos) com prémios monetários no montante global de 136 mil euros.
Classificações finais (*)
Masculinos (10 primeiros)
1.º, Eider Arévalo (Colômbia), 36 pontos (4 eventos)
2.º, Caio Bonfim (Brasil), 25 (6)
3.º, Andrés Chocho (Equador), 25 (4)
4.º, Lebogang Shange (África do Sul), 20 (4)
5.º, Evan Dunfee (Canadá), 19 (5)
6.º, Perseus Karlström (Suécia), 19 (7)
7.º, Álvaro Martín (Espanha), 18 (4)
8.º, Benjamin Thorne (Canadá), 17 (3)
9.º, Horacio Nava (México), 17 (4)
10.º, Hassanine Sebei (Tunísia), 16 (2)
Femininos (10 primeiras)
1.ª, Erica de Sena (Brasil), 34 pontos (5 eventos)
2.ª, María Guadalupe González (México), 28 (3)
3.ª, Inês Henriques (Portugal), 24 (4)
4.ª, Ana Cabecinha (Portugal), 24 (5)
5.ª, Kimberly García (Peru), 23 (4)
6.ª, Jiayu Yang (China), 22 (2)
7.ª, Sandra Arenas (Colômbia), 22 (4)
8.ª, Na Wang (China), 17 (3)
9.ª, Antonella Palmisano (Itália), 14 (2)
10.ª, Alana Barber (Nova Zelândia), 13 (5)
(*) Fonte: IAAF