Jefferson Perez. Foto: Wikimedia Commons. |
O equatoriano Jefferson Perez, duplo medalhado olímpico nos 20 km marcha (ouro em Atlanta’1996 e prata em Atenas’2004) anunciou a possibilidade de se realizar, na sua terra natal, a Taça do Mundo de Marcha, em 2016.
Cuenca, terceira maior cidade do Equador, é capital da província de Azuay e está localizada a uma altitude de 2.550 metros. Este será um importante fator a ser ponderado pelas entidades competentes já que as delegações desportivas necessitarão de mais tempo de estada do que o habitual, no período antecedente ao da realização das competições.
Mas foi Jefferson, ele próprio, quem contou ao jornal diário “El Comércio”, como tudo começou:
“Em conversa com elementos da equipa técnica da federação internacional, solicitei que se ponderasse a possibilidade de realizar no Equador uma etapa do challenge mundial de marcha, já no próximo ano. Fiquei, contudo, muito emocionado quando me sugeriram a candidatura para a realização de uma Taça do Mundo no meu país. Foi um importante sinal de confiança nas nossas capacidades”.
Quanto às dificuldades que se colocam à organização de grandes eventos internacionais, em locais a mais de 2.000 metros de altitude, Jefferson Perez tem, a esse respeito, a opinião de que argumentos técnicos e, também, logísticos terão de ser ponderados, e neste último caso, por exemplo, oferecendo às delegações que o desejarem um apoio extra no alargamento do período de estada que, normalmente, é de 8-10 dias, para 21-25 dias.
Para o campeão olímpico de Atlanta seria, certamente, a concretização de um sonho a realização de um evento da grandeza de uma Taça do Mundo em Cuenca (primeira opção) ou em outra cidade do Equador. Diz-se mesmo muito emocionado perante a perspetiva de ter a assistir à competição uma multidão estimada de 150.000 pessoas.
A 25 de novembro próximo, Barcelona acolherá a gala dos 100 anos da Federação Internacional de Atletismo e Jefferson Perez aí estará, na qualidade de um dos 100 melhores atletas da história do atletismo mundial. Oportunidade, pois, para materializar o projeto e expô-lo aos dirigentes internacionais. Para já, coloca-se a hipótese de Cuenca poder vir a ser palco de uma das etapas do circuito mundial de marcha.