Ana Cabecinha. Foto: Blogue Alentejosport. |
Ana Cabecinha é a portuguesa mais bem posicionada nos “rankings” mundiais de 2012, elaborados pela AIFA (Associação de Federações Internacionais de Atletismo), tendo em conta o conjunto dos resultados obtidos em todas as disciplinas do atletismo luso.
A excelente marchadora do Clube Oriental de Pechão, treinada por Paulo Murta desde os seus 12 anos de idade, é detentora do 13.º melhor tempo mundial nos 20 km marcha, em resultado da marca de 1.28.03, alcançada nos Jogos Olímpicos de Londres, onde se classificou num muito honroso 9.º lugar.
Na lista, que é liderada pela campeã olímpica, a jovem russa Elena Lashmanova, nova estrela da marcha mundial feminina, com o tempo recorde de 1.25.02, Cabecinha tem, pela sua frente, marchadoras de apenas quatro países: os “colossos” Rússia, com 7 atletas, e China, com 3, e ainda os países latinos, tradicionalmente fortes na especialidade, Itália (Elisa Rigaudo) e Espanha (Beatriz Pascual), o que confere à atleta portuguesa prestígio internacional.
De 28 anos de idade, Ana Cabecinha é, também, a atleta lusa mais pontuada pela tabela internacional da AIFA, com 1191 pontos, seguindo-se-lhe as corredoras Jessica Augusto (1183) e Sara Moreira (1178). Recentemente, o seu nome constou da lista, apresentada pela Associação Europeia de Atletismo, como candidata a “melhor atleta europeia de setembro”. Motivo: o excelente 2.º lugar na final do challenge mundial de marcha, em Erdos (China), na qual foi a única europeia a ocupar o pódio da competição.
Com ambições e desejos de dar largas aos sonhos que lhe invadem a alma, Ana Cabecinha já tem em mente os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016:
“Pelo que vivi e aprendi nos últimos anos, e pelo que passei nos últimos Jogos Olímpicos, sei que pode ser possível atingir o pódio, treinando sem lesões”, declarou Ana Cabecinha ao jornal “Diário do Alentejo”, por ocasião da homenagem que lhe foi prestada pela Junta de Freguesia de Baleizão, uma homenagem à atleta da terra. Animada e confiante, acrescentou ainda que “uma medalha a nível internacional, nuns Mundiais ou nos Jogos Olímpicos, seria maravilhoso”.
Resta ainda acrescentar que, na lista das 100 melhores do ano, surgem outras três marchadoras portuguesas: Inês Henriques (33.ª), Susana Feitor (76.ª) e Vera Santos (81.ª). Nenhuma outra especialidade do atletismo nacional consegue colocar 4 atletas nas 100 primeiras. Mas há que acautelar o futuro... se é que já não deveria ter sido feito ...