Jordi Llopart na conquista da medalha de prata nos 50 km dos Jogos Olímpicos de Moscovo 1980 e na atualidade. Fotos: Diario AS e ABC. Montagem: O Marchador |
Em 1978, com a conquista do título europeu, em Praga, Llopart, que aí competira com os melhores dos melhores (soviéticos e alemães orientais), era a grande esperança do atletismo espanhol para a primeira medalha olímpica pois o melhor que se conseguira fora o quarto lugar de Mariano Haro nos 10.000 metros dos Jogos de Munique, em 1972.
Num ano muito especial para a marcha atlética portuguesa, pelo simbolismo que se revestia a primeira presença no estrangeiro de especialistas portugueses, viu-se bem como na Catalunha, no encontro internacional que integrava a seleção lisboeta, com dois jovens marchadores, os pujantes Jordi Llopart e Josep Marín estavam a léguas dos seus concorrentes daquela prova de 10.000 metros marcha, realizada na pista do Estádio Joan Serrahima, em Barcelona.
Llopart que bebera dos ensinamentos proporcionados pelo polaco Jerzy Hausleber, o grande maestro da esplendorosa marcha mexicana daqueles tempos, e que passara um largo tempo na cidade do México, era treinado pelo seu pai, Moisés Llopart, e tinha um grande adversário, Josep Marín, que havia sido em Moscovo, quinto classificado nos 20 km, uns dias antes, e sexto nos 50 km, e que chegara até a bater o recorde mundial nesta última distância.
Em 1992, nos Jogos Olímpicos de Barcelona, era treinador de Daniel Plaza, que conquistou a medalha de ouro nos 20 km marcha. Também na área técnica, trabalhou com marchadores do México (orientou os irmãos Isaac e Ever Palma), dos EUA e do Japão. Graças a Llopart, a marcha atlética espanhola deu um salto enorme e tornou-se numa das principais referências internacionais.