Susana Feitor. Fotos: Nuno Botelho/Tribuna Expresso e Reuters Montagem: O Marchador |
Um dos
símbolos da marcha atlética portuguesa, Susana Feitor, completa hoje 43
primaveras. Alcançou o seu primeiro recorde nacional na especialidade quando
contava apenas 14 anos de idade. Aos 15 sagrava-se campeã mundial de juniores.
Conquistaria ainda mais três medalhas (duas de prata e uma de ouro) em europeus
e mundiais da categoria.
Como sénior, chegou à medalha de bronze no Europeu de Sub-23, em
1997, a outra medalha de bronze nos Europeus de Atletismo, em 1998, e ainda a
outra (do mesmo metal) nos Mundiais de Helsínquia, em 2005, esta a mais
significativa. A par de tais proezas, integrou regularmente Seleções Nacionais
de Marcha em eventos europeus e mundiais onde ajudou o país a ganhar medalhas
coletivas.
Participou em cinco Jogos Olímpicos e mais não foram devido à
muita qualidade da seleção nacional feminina, quase sempre, com quatro atletas
ao mais alto nível e em que havia uma delas que acabaria por ficar de fora da
quota (3 atletas por especialidade), estabelecida para este género de
competições.
Mas Susana Feitor ainda não anunciou oficialmente o abandono da
carreira desportiva. Continua a treinar-se regularmente. Num momento em que,
praticamente, apenas Ana Cabecinha tem o lugar assegurado na prova dos 20 km
marcha do próximo Campeonato do Mundo de Nações. A atleta ribatejana, que Jorge
Miguel “descobriu” e lançou-a na rota do sucesso mundial, tendo representado,
durante vários anos, o Clube de Natação de Rio Maior, provavelmente desejará -
em solo luso - colocar um ponto final na carreira competitiva, e que melhor
cenário na sua terra natal e com o carinho especial das suas gentes.
A última competição de marcha atlética em que Susana Feitor tomou
parte foi na prova dos 20 km do Campeonato do Mundo de Nações de Marcha
Atlética, que teve lugar em Roma, a 7 de maio de 2016.
Há tempos, em entrevista a Alexandra Simões de Abreu, da TRIBUNA
Expresso, declarou que já lhe passou pela cabeça ser treinadora “Já pensei
que seria giro passar a alguém a experiência e conhecimentos que adquiri.
Também não está de parte, porque pode ser feito em part-time. Pode ser algo
complementar, não há muitos treinadores que conseguem viver só do treino e eu
tenho de pensar nisso”.
Sobre o momento em que colocará um ponto final na sua carreira
competitiva, Susana Feitor disse querer fazer os seus últimos 20 km numa
competição internacional, não querendo sair de qualquer maneira da alta
competição. “Depois deste percurso todo, quero cortar uma meta”.
Então, fica aqui a pergunta:
Será que vamos ter Susana Feitor no Grande Prémio Internacional de
Rio Maior, agendado para 7 de abril próximo?
MUITOS PARABÉNS, SUSANA FEITOR!