A marcha em Almeirim em 1976. Montagem: O Marchador |
Um ano antes, tinha sido constituída
a primeira Comissão Dinamizadora de Marcha, integrada na Associação de
Atletismo de Lisboa, na qual integraram Aires Denis, Raymond Ysmal, Carlos
Andrade, António Denis e Ana Maria.
Sobretudo os distritos de Lisboa e
Santarém são o alvo privilegiado da referida Comissão que leva a marcha
atlética a povoações como Oeiras, Queluz, Magoito, Alhandra, Póvoa de Santa
Iria, Santa Iria de Azóia, Vila Franca de Xira, Almeirim (recebera a primeira
jornada de divulgação a 17 de junho daquele mesmo ano de 1976), e a própria
Santarém.
Nessa época, sob o forte impulso de
Francisco Assis (um meio-fundista do Benfica e monitor da então Direção-Geral
dos Desportos), os jovens atletas benfiquistas dominam o panorama da
especialidade, a par de Carlos Albano, da Casa de Pessoal da Empresa Nacional
de Urânio, na Urgeiriça.
As provas de marcha atlética tiveram
lugar na parte da manhã e destinavam-se a atletas de qualquer escalão, com
distâncias de 1 km a 10 km. A organização esteve a cargo do CADCA - Centro
Amador Desporto Cultura de Almeirim e contou com a colaboração técnica da
equipa de especialistas da AAL. O melhor marchador da época na região de
Almeirim, era José António Flor, que representou o referido clube de Almeirim.
Um curioso relatório dirigido pela
Comissão de Marcha do Sport Lisboa e Benfica à direcção da Secção de Atletismo
do clube pormenorizava as despesas efectuadas com a presença de oito atletas
(Luís Dias, José Pinto, José Dias, David Santos, Isabel Fernandes, António
Rosa, João Lima e Ramiro Fernandes), um delegado (Francisco Assis) e um motorista
na jornada competitiva. Aí se podia ler que nas portagens de Sacavém e de Vila
Franca de Xira se tinha pago, respectivamente, 5$00 e 12$50. Pelas refeições
das dez pessoas tinham sido gastos 868$00, pelo que o total da despesa ascendia
a 885$50 (na moeda actual seriam cerca de 5 euros). O relatório ia assinado
pelo treinador Francisco Assis.