Montagem: O Marchador |
Pela leitura do calendário de
competições para a época 2016-2017 divulgado pela Federação Portuguesa de
Atletismo (FPA) no seu «site», no passado dia 17, verifica-se que está agendado
para 15-01-2017 o «Campeonato Nacional em Marcha em Estrada – 35km e 50km».
Atente-se «50 km»!
Depois da obstinação federativa que levou à eliminação dos campeonatos nacionais de 50 km marcha do calendário competitivo da época
passada (2015-2016) e de argumentos que em certos
momentos, mais ou menos informais, certos dirigentes da federação invocaram para
tentar fundamentar a decisão, nomeadamente, a dificuldade de organizar a prova,
a despesa que advinha dessa organização e os pouco marchadores interessados,
parece que se operou um «milagre» em poucos meses que levou à inclusão no
calendário do próximo ano.
Admitindo não se tratar
de um engano, então como explicar este «milagre» operado por uma federação que
hostiliza os seus especialistas de marcha atlética e em particular os de 50 km?
Como compreender agora
a integração da distância quando foi o próprio Técnico Nacional de Marcha que
propôs o fim do respectivo campeonato, a par de várias outras infelizes
decisões que protagonizou?
Sabendo-se da
importância do retomar do campeonato, e também das eleições marcadas para a FPA
para o próximo dia 18 de Dezembro (e de 2 listas candidatas), não desejaríamos
concluir estarmos perante uma simples medida eleitoralista da parte
de alguns dirigentes e técnicos da FPA que, como já o referimos anteriormente,
perseguem o desejo mal escondido e inconfessado de acabar com esta prova custe
o que custar, mesmo que tal não passe de um desígnio meramente pessoal.
Entretanto, a escassos 2 meses que
nos separam desta competição, que apanha desprevenidos a maioria dos
treinadores da disciplina e que exige uma atempada e adequada preparação dos
seus especialistas (ou candidatos a tal), não se sabe qual o local de
realização, se a prova se destina a homens e mulheres, se há mínimos de
participação, se existe tempo limite de conclusão, em resumo, qual o programa
de provas e as normas regulamentares que regem o evento.
Já agora valeria a pena perguntar: para
quê campeonatos de 35 e de 50 km? Será para dividir o que já não é muito por
natureza? Será para mais tarde, convenientemente (se calhar confirmando as
suspeitas de eleitoralismo), retirar os 50 km para deixar tudo como dantes
(dantes=época passada)? É muito estranho e não se vislumbra qualquer
explicação.
O calendário geral da FPA pode ser
consultado aqui.