terça-feira, 6 de setembro de 2016

Experiência Olímpica

José Dias, Jorge Salcedo, Samuel Lopes, Luís Figueiredo e Nilton Ferst.
Foto: Fernando Hollanda Junior. Montagem: O Marchador
Por Nilton Cesar Ferst

Foi sem dúvida uma das experiências mais marcantes em minha carreira como árbitro. Os XXXI Jogos Olímpicos realizados em meu país e trabalhando junto com uma equipe de árbitros nacionais e oficiais técnicos internacionais da mais alta competência. A completar 30 anos como árbitro em 2017 e desde 2000 como Oficial Técnico Internacional (NII na Marcha e em Pista/Campo), ser convocado pela IAAF para atuar na Marcha Atlética como Assistente ao Árbitro Chefe, na companhia de outros grandes árbitros internacionais de marcha, foi um prêmio, foi o reconhecimento por todos esses anos na pista.

Foram dias cansativos para todos, mas de muita troca de experiência. Seriam muitos nomes a citar, a fazer referência, a agradecer, mas vou mencionar alguns, que tive o privilégio de trabalhar junto. Em comum entre todos, a língua natal, o português. Destes, quatro portugueses e um brasileiro.

José Júlio Dias (Portugal), Árbitro Internacional de Marcha Atlética de grande experiência que conheci em 2006, e desde então temos sempre conversado sobre a Marcha;

Jorge Salcedo (Portugal), nomeado para os Jogos como Delegado Técnico, que é o presidente do Comité Técnico da IAAF e ainda membro do Conselho da Associação Europeia, profundo conhecedor das Regras técnicas do Atletismo, que com sua experiência nos transmite segurança e confiança;

Samuel Silva Lopes (Portugal), nomeado como Oficial Técnico Internacional, que atuou, junto comigo, como Árbitro de Vídeo. Foram vários momentos durante os jogos que tivemos, juntos aos representantes dos países e ao Júri de Apelação, que demonstrou conhecimento das regras técnicas com auxílio da tecnologia;

Luís Figueiredo (Portugal), nomeado como Árbitro Internacional de Partida, que nos momentos que o vi atuando, somente pelas imagens de vídeos, demonstrou seriedade e experiência na função que estava.

Acredito que o conhecimento deve ser compartilhado e não guardado. E isso aconteceu em português.