Yohann Diniz na prova de 50 km do Rio 2016. Foto: Bryn Lennon/Getty Images Montagem: O Marchador |
O francês Yohann Diniz, que depois
dos terríveis problemas intestinais que sofreu na prova dos 50 km dos Jogos
Olímpicos do Rio de Janeiro, deixando-o semiconsciente, está recomposto e
prepara-se para novas etapas da sua carreira desportiva, que passarão por
realizar provas onde nunca antes havia estado.
O tricampeão europeu e recordista
mundial dos 50 km marcha não tem tido a sorte em Jogos Olímpicos. Nos primeiros
em que participou, em 2008 (Pequim), desistiu. Em 2012 (Londres) foi
desclassificado por ter recolhido o abastecimento fora da área indicada para o
efeito.
Nestes Jogos do Rio de Janeiro,
quando tudo parecia indicar querer indiciar que aplicaria a mesma receita dos
europeus de Zurique, isolando-se no comando relativamente cedo, passou por um autêntico
calvário, quando a temperatura rondava os 25 graus centígrados e a humidade cerca
de 80%. Incentivado e aplaudido pelo público, a cada passagem, ainda assim, e
de forma heroica, o seu esforço e perseverança valer-lhe-iam o oitavo lugar, o
que não deixa de constituir, neste contexto, um excelente resultado.
À Agência France-Presse o atleta,
neto de portugueses, declarou que quer agora divertir-se, planeando realizar
cinco ou seis competições de 20 km e percorrer o mundo inteiro, tomando parte
nas provas integradas no challenge mundial de marcha da IAAF. No início de
dezembro, os campeonatos da Austrália, depois o México, a seguir o Japão...
Para Diniz, agora com 38 anos de
idade, os mundiais de Londres, em 2017, assumem-se como o seu próximo grande
desafio. Presentemente, prepara-se para participar, pela primeira vez, na
quarta edição da Volta ao Lago Taihu, na China (Wuzhong), este mês, uma
competição constituída por quatro etapas, e que junta, além dos melhores
marchadores mundiais, perto de 40.000 participantes em provas de caminhada.