sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Pedro Martins, detentor de mais títulos nacionais em 50 km

Pedro Martins em Cacia-1998.
Foto: facebook do atleta
PEDRO MARTINS (50 km)
Clube: Centro de Atletismo de Seia - Guarda
Treinador: João Gomes

Recorde pessoal: 3.55.29 (2004)

Títulos conquistados nos 50 km: 7
(Cacia-1998, Setúbal-1999, Ponte de Sôr-2000, Viseu-2001, Valongo-2002, São João da Madeira-2003 e Baixa da Banheira-2005)

Outros lugares do pódio de 50 km: 5
(3.º - Mealhada-2008, 3.º - Batalha-2011, 2.º - Pontevedra-2012, 2.º - Montijo-2013 e 2.º - Quarteira-2014)

Número de internacionalizações em 50 km: 23
TE – Dudince 1998, TM – Mézidon 1999, CM – Sevilha 1999, TE – Eisenhuttenstadt 2000, JO – Sydney 2000, TE – Dudince 2001, CM – Edmonton 2001, CE – Munich 2002, TM – Turim 2002, TE – Cheboksary 2003, CM – Paris 2003, TM – Naumburg 2004, JO – Atenas 2004, TE – Miskolc 2005, CM – Helsínquia 2005, TM - La Coruña 2006, CE – Gotemburgo 2006, TE – Leamington 2007, TM – Cheboksary 2008, TE – Metz 2009, TE – Olhão 2011, TM – Saransk 2012 e TE – Dudince 2013.

É o atleta que mais títulos nacionais (7) conquistou desde que os campeonatos nacionais de 50 km marcha foram introduzidos em Portugal, e também aquele que, por um maior período de tempo (1998 a 2014), integrou o pódio da competição. Na Taça da Europa de Cheboksary, em 2003, ao ser o melhor elemento da seleção nacional contribuiu, decisivamente, para a conquista da medalha de bronze.  

A paixão pelas distâncias longas está-lhe no sangue. “Sempre gostei. Antes da minha estreia nos 50 km já havia feito quatro maratonas e tinha, então, o objetivo de realizar distâncias ainda maiores e a marcha representou, nesse aspeto, um desafio. E não excluo a possibilidade de me inscrever nos “trails” de mais de 100 quilómetros, que estão na moda”.

Com tão longa experiência competitiva na distância, nomeadamente, ao longo das várias edições de campeonatos em que participou, Pedro Martins recorda-se de vários episódios mas retém, especialmente, um:  

“Destaco a edição de Ponte de Sôr, em 2000, pelo facto de ter realizado, pela primeira vez, os mínimos olímpicos (Jogos de Sidney). Fui campeão de Portugal e classifiquei-me na segunda posição, com a marca de 3.55.55 h, atrás do polaco Robert Korzeniowski (3.41.50 h), que viria a ser, em mais de uma ocasião, campeão olímpico. As organizações eram de um nível organizativo acima da média o que atraía a presença de vários atletas estrangeiros de excelente qualidade”.

Mas o campeão português não esquece, pelo seu simbolismo, a primeira vez em que participou nuns nacionais de marcha:

“Foi em Cacia (Aveiro), em 1998. A minha intenção, nesse ano, era a de aproveitar a prova para fazer um treino longo, na ordem dos 30 a 35 quilómetros. Ora, como me sentia bem e já estava destacado, no comando da competição, resolvi continuar (mesmo contra as indicações técnicas do planeamento de treino escrito) e, assim, obtive o meu primeiro título na carreira, com 4.04.24 h. Por sinal, Carlos Carmino, o actual treinador nacional, participou e concluiu a distância com êxito (5.21.16 h)".

Sobre o anunciado fim dos campeonatos de 50 km marcha, Pedro Martins sem grandes comentários lamenta a decisão tomada no seio da FPA que resume a uma palavra: “PERDA! Para tudo e para todos”.