segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Ortiz e Nava venceram 20 km marcha dos Jogos Centro-americanos

Mirna Ortiz corta a meta triunfadora e o pódio masculino com
Eider Arevalo (2.º), Horacio Nava (1.º) e Jose Montaña (3.º).
Fotos: «site» da organização local. Montagem: O Marchador
Abrindo a jornada inaugural do atletismo nos XXII Jogos Centro-americanos, os 20 km marcha, masculinos e femininos, disputaram-se no dia de ontem, sob temperaturas na ordem dos 27 graus centígrados e uma humidade de 90 por cento.

Na prova feminina, a nota de maior destaque vai para a guatemalteca Mirna Ortiz que cortou a meta na primeira posição, com a marca de 1.35.43 h (parciais por cada 5 km, 23.40 - 24.11 - 24.01 - 23.50), superiorizando-se à colombiana Sandra Arenas (1.36.29 h). Ortiz conquistou a primeira medalha de ouro para a Guatemala, obtendo um novo recorde do evento. Outra colombiana, Ingrid Hernandez assegurou a terceira posição do pódio com o tempo de 1.37.11 h.

Na competição masculina, com alguma surpresa, o mexicano Horacio Nava, treinado pelo campeão olímpico de Los Angeles, Raúl González, assegurou para o seu país a medalha de ouro, com a marca de 1.25.05 h (21.10 - 21.36 - 21.44 - 20.34 em cada 5 km). Sendo um especialista de 50 km, Nava, ainda assim, comandou isoladamente a prova até aos 5 quilómetros, momento em que foi alcançado por Erick Barrondo (Guatemala) e Éider Arévalo (Colômbia), este vindo a atrasar-se ao quilómetro 16, ainda assim assegurando a medalha de prata, com 1.26.03 h. A medalha de bronze foi para outro colombiano, José Montaña (1.27.30 h), agora treinado por Rigoberto Medina.

A parte final revelou-se dramática para Barrondo que, com duas faltas, visualizadas pelo atleta no quadro de faltas, viria a sofrer uma terceira, já na etapa final do seu percurso e, consequentemente, com a raqueta vermelha a ser-lhe mostrada a apenas 25 metros da linha de chegada, ironicamente, pelo seu compatriota, Carlos Barrios, juiz-chefe da competição, neste caso, funcionando como porta-voz dos seus colegas, juízes de marcha. Em Taicang, nos 20 km da Taça do Mundo, já sofrera igual dissabor ao ser desclassificado nos últimos dois quilómetros.

No final das provas, enquanto Barrondo lamentava-se da atuação dos juízes de marcha, Horacio Nava reconhecia a dificuldade da vitória perante Barrondo e Arévalo. “Foi a única forma de conseguir algo de grandioso”, disse ao referir-se à ousada estratégia de acelerar na primeira parte da prova, consciente do desgaste que isso causaria aos seus adversários, mais rápidos que ele. Mirna Ortiz referiu que “trabalhei arduamente para aqui chegar e vencer, e ainda bater o recorde dos jogos, apesar das condições climáticas, muito difíceis”, concluindo que a felicidade apenas não se mostrou completa dada a desclassificação do seu marido, Erick.

Classificações
20 km femininos
1.ª, Mirna Sucely Ortiz Flores, 1987 (Guatemala), 1.35.43 (recorde dos jogos)
2.ª, Sandra Lorena Arenas Campuzano, 1993 (Colômbia), 1.36.29
3.ª, Ingrid Jhoana Hernandez Castillo, 1988 (Colômbia), 1.37.11
4.ª, Monica Equihua Solorzano, 1982 (México), 1.38.07
5.ª, Mayra Carolina Herrera Pérez, 1988 (Guatemala), 1.40.51
6.ª, Yanelli Caballero García, 1993 (México), 1.40.54
7.ª, Cristina Esmeralda Lopez, 1982 (El Salvador), 1.57.00
Desistente: Glenda Lucelia Ubeda Blandon, 1987 (Nicarágua).

20 km masculinos
1.º, Horacio Nava Reza, 1982 (México), 1.25.05
2.º, Eider Orlando Arevalo Truque, 1993 (Colômbia), 1.26.03
3.º, Jose Leonardo Montaña Arevalo, 1992 (Colômbia), 1.27.30
4.º, Richard Vargas, 1994 (Venezuela), 1.32.13
5.º, Gabriel Mauricio Calvo Aguilar, 1991 (Costa Rica), 1.32.57
6.º, Pedro Daniel Gomez Cruz, 1990 (México), 1.40.45
7.º, Eduardo Paau Anibal, 1987 (Guatemala), 1.50.26
Desclassificado: Erick Bernabé Barrondo García, 1991 (Guatemala).