Pavel Parshin na meta, seguido de Vito Minei e de Álvaro Martín. Foto: a partir de streaming AEA |
Depois de ter sido campeão mundial de juvenis em 2011 e de ter vencido a prova de juniores da Taça da Europa de Dudince, em Maio passado, o marchador russo Pavel Parshin acrescentou esta manhã mais um sucesso internacional ao seu currículo vencendo os 10 mil metros marcha dos europeus de juniores de Rieti. No final de uma prova cheia de interesse, Parshin registou 41.01,55 m, à frente do italiano Vito Minei (41.08,76, rec. pessoal) e do espanhol Álvaro Martín (41.13,95). Miguel Carvalho terminou na décima posição, com 43.00,20 m.
Logo ao fim de meia volta parecia começar a definir-se uma classificação semelhante à da última Taça da Europa de Dudince, quando Pavel Parshin e o compatriota Nikolay Markov fizeram uma prova isolada e terminaram juntos nos dois primeiros lugares. Desta vez, isolaram-se com apenas 200 metros de prova, perante um pelotão liderado pelos italianos Minei e Francesco Fortunato, pelos espanhóis Martín e Marc Tur e ainda pelo turco Sahin Senoduncu, com Miguel Carvalho no meio deste primeiro grupo.
Até cerca dos três quilómetros, a vantagem dos russos foi aumentando para cerca de 50 metros, com uma passagem nesse parcial em 12.12 m. Markov e Parshin alternavam na liderança, enquanto o atleta português começava a descolar do primeiro pelotão, tal como o grego Kostandinos Dedópoulos.
Iniciava-se por esses momentos a recuperação dos mais rápidos do grupo perseguidor (Martín, Tur e Minei), que se aproximaram gradualmente da frente. Já com Marc Tur atrasado, Álvaro Martín e Vito Minei alcançariam Parshin e Markov cerca dos 6300 metros. Menos de uma volta depois, o espanhol assumiu a liderança com uma variação de ritmo a que todos responderam.
Por esta altura, Miguel Carvalho mantinha-se numa posição mais recuada (12.º lugar), mas revelando sempre um ritmo controlado e que prenunciava um recorde pessoal.
No entanto, cerca dos 7350 metros, Nikolay Markov foi recolher esponjas no posto de refrescamento e não mais conseguiu recolar ao trio da frente, ficando nesse momento definido o grupo que conquistaria as medalhas, faltando saber por que ordem se apresentariam no pódio.
Com Martín sempre no comando, o espanhol tentaria isolar-se na frente com uma aceleração por voltas dos 8200 metros, mas Parshin e Minei responderam tão facilmente que começava antornar-se claro que Álvaro Martín seria quem se encontrava menos bem. Martín voltaria a tentar ganhar vantagem a 700 metros do final mas o russo responderia de imediato e abalava dos dois companheiros, caminhando daí até final sem oposição na procura do ouro.
Vito Minei reservou para a última volta a sua aceleração derradeira, impondo-se por cerca de 20 metros a um Martín conformado e satisfeito pelo terceiro lugar obtido e pela medalha de bronze conquistada.
Quanto ao marchador português, ainda ganhou dois lugares nos quilómetros finais (por desclassificação de Dedópoulos e ultrapassagem do terceiro russo, Viktor Sokolov), falhando por escassas duas décimas de segundo a entrada na casa dos 42 minutos. Em todo o caso, a marca não fica longe do recorde pessoal, estabelecido em 42.47,89 m (2013, na Taça FPA, Quarteira).
Resultados
10.000 m marcha masculinos
1.º, Pavel Parshin (Rússia), 41.01,55
2.º, Vito Minei (Itália), 41.08,76
3.º, Álvaro Martín (Espanha), 41.13,95
4.º, Nikolay Markov (Rússia), 41.50,88
5.º, Marc Tur (Espanha), 41.51,24
6.º, Francesco Fortunato (Itália), 42.23,99
7.º, Jamie Higgins (Grã-Bretanha), 42.25,06
8.º, Artsiom Turkou (Bielorrússia), 42.28,29
9.º, Sahin Senoduncu (Turquia), 42.46,39
10.º, Miguel Carvalho (Portugal), 43.00,20
11.º, Viktor Sokolov (Rússia), 43.01,29
12.º, Tomas Bagdány (Hungria), 44.17,90
13.º, Luke Hickey (Irlanda), 44.18,05
14.º, Marius Savelskis (Lituânia), 44.55,76
15.º, Markus Kirölä (Finlândia), 45.36,17
16.º, Normantas Petrisa (Lituânia), 45.41,34
17.º, Miroslav Úradník (Eslováquia), 45.52,41
18.º, Adrian Dragomir (Roménia), 46.22,36
19.º, Elmo Koivunen (Finlândia), 47.24,82
Desclassificados: Marco Amati (Itáia), Konstadínos Dedópoulos (Grécia), Andrej Dolinský (Eslováquia).
2.º, Vito Minei (Itália), 41.08,76
3.º, Álvaro Martín (Espanha), 41.13,95
4.º, Nikolay Markov (Rússia), 41.50,88
5.º, Marc Tur (Espanha), 41.51,24
6.º, Francesco Fortunato (Itália), 42.23,99
7.º, Jamie Higgins (Grã-Bretanha), 42.25,06
8.º, Artsiom Turkou (Bielorrússia), 42.28,29
9.º, Sahin Senoduncu (Turquia), 42.46,39
10.º, Miguel Carvalho (Portugal), 43.00,20
11.º, Viktor Sokolov (Rússia), 43.01,29
12.º, Tomas Bagdány (Hungria), 44.17,90
13.º, Luke Hickey (Irlanda), 44.18,05
14.º, Marius Savelskis (Lituânia), 44.55,76
15.º, Markus Kirölä (Finlândia), 45.36,17
16.º, Normantas Petrisa (Lituânia), 45.41,34
17.º, Miroslav Úradník (Eslováquia), 45.52,41
18.º, Adrian Dragomir (Roménia), 46.22,36
19.º, Elmo Koivunen (Finlândia), 47.24,82
Desclassificados: Marco Amati (Itáia), Konstadínos Dedópoulos (Grécia), Andrej Dolinský (Eslováquia).