Carlos Albano, Fonseca e Costa e Rui Mingas. Fotos: arquivo O Marchador, CN Alvito e ANGOP. |
Enquanto em Roma
decorria mais uma jornada dos XI Campeonatos Europeus de Atletismo, em
Silgueiros, uma aldeia do distrito de Viseu, um jovem a caminho dos 30 anos
estava de visita a casa de um familiar. O visitante era Carlos Albano; o visitado
era Fonseca e Costa, já nessa altura um treinador credenciado. Com eles, além
de outros familiares, encontrava-se Rui Mingas, conhecido cantor angolano, mais
tarde embaixador de Angola em Lisboa.
Como “em Roma sê
romano”, em casa de Fonseca e Costa estava a assistir-se à transmissão
televisiva de mais uma jornada dos Europeus. Eis senão quando no ecrã aparecem
marchadores que terminavam uma das provas. Nesse ano, brilharam nomes como os
do soviético Vladimir Golubnichy e dos alemães Bernd Kannenberg e Christoph
Hohne. Talvez algum deles tivesse sido quem atraiu as atenções de Carlos
Albano, que quis saber o que aquilo era.
Fonseca e Costa e Rui
Mingas trataram de explicar-lhe que se tratava de marcha atlética, uma
disciplina olímpica do atletismo. E foi logo ali na sala que Carlos Albano
experimentou aquela técnica nova, mal sabendo os presentes que mesmo à sua
frente se estava a “estrear” uma das figuras que fariam história na marcha
portuguesa por vários anos.