Ana Cabecinha nos Campeonatos de Portugal, em Lisboa. Foto: O Marchador. |
No ano em que o
superquarteto português da marcha feminina tinha pela frente a necessidade de,
mais uma vez, eliminar uma atleta para constituir-se como trio para os Jogos
Olímpicos de Londres, Ana Cabecinha mostrou-se sempre (ou quase) acima do nível
das colegas. Pelo menos nos momentos decisivos, esteve mais forte.
Desde logo, os Jogos
Olímpicos foram o momento em que a marchadora algarvia se apresentou em melhor
condição, demonstrando ter conseguido com o treinador, Paulo Murta, tirar do
treino o proveito necessário para obter o melhor resultado na prova mais
importante. E em Londres conseguiu não apenas a melhor marca nacional do ano
como um resultado que deixou a atleta a não muitos segundos do seu recorde
nacional. E por pouco não alcançava na capital britânica o mesmo 8.º lugar
obtido na capital chinesa quatro anos antes, sendo agora 9.ª classificada.
Para trás, ficava uma
época recheada de sucessos, de que se destaca: a 18 de Fevereiro, em Espinho,
vitória nos Campeonatos de Portugal de pista coberta (12.34,00), à frente de
Vera Santos (Sporting CP) e Sandra Silva (Gira Sol – RC); a 18 de Março, em
Quarteira, vitória nos campeonatos nacionais de 20 km (1.29.53), à frente de
Inês Henriques (CN Rio Maior) e de Vera Santos; a 13 de Maio, foi a melhor portuguesa
nos 20 km femininos da Taça do Mundo de Saransk, na Rússia (9.ª da geral, com
1.31.42); a 7 de Julho, no Estádio Universitário de Lisboa, vitória nos
Campeonatos de Portugal (10 mil metros em 43.37,91), adiante, outra vez, de
Inês Henriques e Vera Santos.
Para fechar a época,
o segundo lugar alcançado a 14 Setembro na prova feminina da Final do Challenge
de Marcha da AIFA, realizada em Erdos, na China, com 43.31 m nos 10 km, atrás
de Liu Hong (43.18) e à frente de Liu Xiuzhi (43.37), ambas chinesas.
Perante um ano de
resultados deste nível, não poderia haver outra escolha que não a de Ana
Cabecinha para figura nacional da marcha atlética em 2012.