Foto: José Ganso |
Luís Dias foi atleta do Sport Lisboa e Benfica entre 1976 e 1980, período durante o qual deteve os recordes nacionais de 5000 e 10.000 metros marcha, bem assim como a melhor marca nacional dos 20 km.
Em 1982 passou a dedicar-se prioritariamente ao papel de treinador, ainda que desde 1980 fosse director para a área técnica da marcha da Associação de Atletismo de Lisboa, cargo que exerceu até 1985. Orientou tecnicamente alguns dos mais destacados especialistas portugueses de marcha, participantes em Jogos Olímpicos, campeonatos mundiais e europeus de atletismo e taças do mundo e da Europa de marcha. Foi treinador nacional de marcha de 1990 a 2007.
Foi também em 1982 que se tornou juiz nacional de atletismo, fazendo parte do Painel Nacional de Juízes de Marcha, onde integra o Nível 1, e sendo um dos formadores em cursos da especialidade.
Desde 2000 é membro da Comissão de Marcha da Associação Europeia de Atletismo e nessa qualidade tem desempenhado funções de representante da AEA, delegado técnico e membro de júris de apelo de numerosas competições de marcha (taças da Europa e grandes prémios do circuito europeu e mundial).
É membro fundador do Clube Português de Marcha Atlética em 1982, que presidiu em vários mandatos.
A eleição para o Comité de Marcha da AIFA, composto por onze membros, obriga a inclusão de pelo menos dois elementos do sexo feminino. Sari Essayah (Finlândia) e Jane Saville (Austrália), ambas ex-marchadoras de gabarito internacional e únicas mulheres candidatas a este comité, terão, por isso, eleição garantida.
O actual presidente, Maurizio Damilano (Itália), recandidata-se ao cargo mas contará com a concorrência do polaco Robert Korzeniowski (ambos ex-campeões olímpicos) e de Robert Bowman (EUA), que já exerceu a presidência.
Os restantes oito lugares disponíveis serão disputados pelos seguintes 21 elementos (quase metade oriundos de países europeus):
Europa – Luís Dias (Portugal), Edouard Antaczak (França), Maurizio Damilano (Itália), Robert Korzeniowski (Polónia), Peter Marlow (Grã-Bretanha), Rolf Müller (Alemanha), Maris Peterson (Rússia), Luís Saladie (Espanha) e Hans van der Knaap (Holanda);
América – Tim Berrett (Canadá), Robert Bowman (EUA), Roberto Apaceiro (Cuba), Miguel Ángel Rodríguez (México) e Cándido Velez (Porto Rico);
Ásia – Shande Yang (China), Fumio Imamura (Japão) e Doo-Na Chun (Coreia do Sul);
África – Khaled Amara (Tunísia), Joseph Ochieng (Quénia), Frik Vermaak (África do Sul) e Farah Moallin (Somália).
Do actual comité não se recandidatam Viacheslav Krasnov (Rússia), Fausto Mendoza (Equador) e Gabriel Roldan (México).