terça-feira, 14 de abril de 2015

Juízes internacionais de marcha em Rio Maior

A equipa de 2014 (da esquerda para a direita): José Ganso,
Nicola Maggio, José Dias, Joaquim Graça, Mara Baleani,
Ana Toureiro, António Caniço, Alicia Ruano, Miloslav Lapka (del.
técnico) e Vasco Guedes. Foto: O Marchador
O Grande Prémio Internacional de Marcha Atlética de Rio Maior, que terá lugar nesta cidade ribatejana, no próximo sábado, dia 18, vai ter uma equipa de juízes internacionais a fiscalizar o evento, uma organização da Desmor, EM, SA, da Câmara Municipal de Rio Maior, da Federação Portuguesa de Atletismo e do Clube de Natação de Rio Maior.

O regulamento da referida competição estabelece que, no mínimo, juízes de cinco nacionalidades deverão integrar o júri da prova, variável de acordo com a dimensão do circuito (de seis a nove juízes). No caso de Rio Maior serão oito os juízes que interferirão directamente nas provas, quatro estrangeiros e quatro portugueses, todos internacionais e integrantes dos painéis europeu e mundial de especialistas.

Nesta competição serão implementadas algumas das regras do regulamento internacional que, por norma, são aplicáveis aos grandes eventos internacionais: campeonatos europeus e mundiais, taças da Europa e do Mundo, e Jogos Olímpicos.

Juiz-chefe: na regra 230, no artigo 3.º, é referido que “…o Juiz-chefe tem o poder de desclassificar um atleta, nos últimos 100 metros, quando pelo seu modo de progressão, infrinja, de forma óbvia, o previsto no artigo 1 (perda de contacto ou flexão), independentemente do número de notas de desclassificação (ou faltas) que o Juiz-chefe tenha recebido, relativamente a esse atleta, sendo-lhe, contudo, permitir concluir a prova.” Ele, Juiz-chefe atuará como oficial supervisor da competição e apenas atuará como juiz na situação atrás descrita. 

Juízes do mesmo país: Refere o artigo 6.º, alínea c), que “em todas as competições controladas directamente pela IAAF ou organizadas sob a sua égide, em caso algum poderão dois Juízes de Marcha da mesma nacionalidade ter poder de desclassificação”. No caso da competição (10 e 20 km) de Rio Maior atuarão, em simultâneo, dois juízes portugueses sendo que, caso um atleta receba duas faltas destes juízes, será contabilizada apenas uma.

Estão nomeados os cinco internacionais portugueses, José Dias (Juiz-chefe), Joaquim Graça, Vasco Guedes, Ana Toureiro (Assistente do juiz-chefe), e José Ganso (Secretário), e dos estrangeiros, atuarão Fei Jian (Colin Fee), da China, Alicia Ruano, de Espanha, Mara Baleani, de Itália, e Shaun Gallagher, da Irlanda. A equipa será completada com André Ferreira(secretário) e Francisco Franco, Operador de Quadros de Faltas.

Nicola Maggio, de Itália, é o delegado nomeado pela Federação Internacional de Atletismo. Juiz internacional de marcha, atuou, nessa qualidade, nos últimos Jogos Olímpicos, os de Londres, em 2012, e intervirá como juiz-chefe de marcha nos mundiais de juvenis, que decorrerão na Colômbia, em julho próximo.

Desde a edição de 1997, com a intervenção dos espanhóis Domingo Casillas e José Santasusana, já integraram os júris da competição 43 juízes internacionais, provenientes de 19 países.