Wenkui Gao em Saransk-2012. Foto: Lenar Rakhmatulin/Runner.ru Montagem: O Marchador |
Marchando sempre a ritmo abaixo dos quatro minutos por quilómetro, Gao e
Matsunaga cedo se destacaram da concorrência, onde se destacavam os três russos
(Nikolay Markov, Denis Sergeev e Maksim Krasnov), o chinês Jinzhu Jie, o
espanhol Diego García, o equatoriano Brian Pintado e o colombiano Brayan
Fuentes. Na perspectiva da classificação colectiva, a Espanha, a Austrália e o
México ficam na expectativa da luta pela «terceira «vaga» do pódio, com os
australianos a apresentarem Nathan Brill e Jesse Osborne em prudentes posições
à espreita dos da frente e os mexicanos a posicionarem o seu trio (Alan Yamil
Flores, José Luis Doctor e Ricardo Ortiz) até ao 15.º lugar.
No entanto, a Rússia começou a comprometer as ambições colectivas ao ver
ser desclassificado Maksim Krasnov, ainda na primeira metade da prova, facto
que terá determinado alguma pressão suplementar sobre Denis Sergeev, sempre
arredado dos dez primeiros e a partir desse momento obrigado a fechar a equipa
liderada por Nikolay Markov, posicionado na perseguição aos comandantes. Mas,
mais adiante, também Sergeev seria desclassificado e a Rússia, sem equipa,
ficava limitada à competição individual.
A meio da prova, a China estava claramente à frente graças à presença de
dois atletas nos três primeiros lugares, enquanto a Rússia (ainda antes de
ficar reduzida a um atleta) detinha um ponto de vantagem sobre a Austrália e
três sobre a Espanha e o México (que nesta fase estavam fora do pódio).
Enquanto Gao e Matsunaga continuavam a lutar pela vitória individual,
Markov e García ultrapassavam o segundo chinês, Jinzhu Jie, relegando-o para o
quinto lugar final, com 40.46 m, apenas menos um segundo que o surpreendente
peruano Paolo Yurivilca.
Na fase decisiva, Wenkui Gao (que fora 8.º na Taça do Mundo de Saransk de 2012) ofereceu aos compatriotas a alegria da
vitória, impondo-se ao colega japonês, enquanto Nikolay Markov, apesar de
claramente batido pelos dois da frente, concluía também abaixo dos 40 minutos
(39.55). Diego García abria a equipa espanhola com 40.10 m no quarto lugar e,
graças à 13.ª posição do compatriota Manuel Bermúdez (42.29),
desenvencilhava-se do México, ultrapassava a Austrália e subia ao segundo lugar
(garantido ainda pela desclassificação do segundo russo), assim assegurando a
conquista da medalha de prata colectiva. E ainda tinha Pablo Oliva no 15.º
lugar para, se necessário, fechar a equipa, mesmo que noutro lugar da
classificação.
Também a Austrália beneficiou do progresso classificativo de um dos seus
elementos, Nathan Brill, na segunda metade, mas tal foi insuficiente para
manter-se à frente da Espanha. Ainda assim, os desempenhos de Brill (7.º) e
Osborne (12.º - Tyler Jones foi desclassificado) garantiram a subida ao pódio
de uma formação que trazia aspirações a uma medalha colectiva.
Já o México sofreu a desclassificação daquele que era o seu melhor elemento
na primeira metade da prova, Alan Yamil Flores, de pouco valendo a subida de
Ortiz e Doctor na classificação, respectivamente 9.º e 11.º na meta. O México
terminava no quarto lugar, a um ponto da Austrália e com três de avanço sobre o
Japão.
Entre os portugueses, Miguel Rodrigues foi 22.º, com um novo recorde
pessoal de 44.30 m, melhorando os 44.39,82 m obtidos a 22 de Março na Pista de
Atletismo Rui Silva, no do Cartaxo, e ainda o máximo de estrada de 45.34 m
alcançado em 4 de Janeiro, nos regionais de Santarém. O marchador do Clube de
Natação de Rio Maior fez uma prova em «crescendo», cumprindo a primeira metade
em 22.17 m e a segunda em 22.13 m, subindo do 31.º lugar aos cinco quilómetros
para o 22.º no final.
Também Hélder Santos melhorou a posição da primeira metade para a segunda,
subindo três lugares para concluir na 31.ª posição, com 46.05 m. Mas a essa
subida na classificação não correspondeu uma melhoria de ritmo, acabando Hélder
Santos por gastar na segunda légua 23.30 m, depois dos 22.35 m dos primeiros
cinco quilómetros. Ficou, assim, distante dos 45.03 m que detém como recorde
pessoal, mas garantindo o fecho da equipa, com Portugal a ser décimo entre onze
países classificados.
Classificação
10 km juniores masculinos
1.º, Wenkui Gao (China), 39.40
2.º, Daisuke Matsunaga (Japão), 39.45
3.º, Nikolay Markov (Rússia), 39.55
4.º, Diego García (Espanha), 40.10
5.º, Jinzhu Jie (China), 40.46
6.º, Paolo Yurivilca (Peru), 40.47
7.º, Nathan Brill (Austrália), 41.07
8.º, Xiao Leng (China), 41.27
9.º, Ricardo Ortiz (México), 41.33
10.º, Muratcan Karapinar (Turquia), 41.46
11.º, José Luis Doctor (México), 41.47
12.º, Jesse Osborne (Austrália), 42.13
13.º, Manuel Bermúdez (Espanha), 42.29
14.º, Mahmoud Abdelfattah (Egipto), 42.59
15.º, Pablo Oliva (Espanha), 43.03
16.º, Miroslav Úradník (Eslováquia), 43.05
17.º, Jean Blancheteau (França), 43.10
18.º, Raouf Ben El Bahi (Tunísia), 43.23
19.º, Gregorio Angelini (Itália), 43.36
20.º, Daniele Todisco (Itália), 44.19
21.º, Yuki Kurumisawa (Japão), 44.27
22.º, Miguel Rodrigues (Portugal), 44.30
23.º, Martynas Jarusevicius (Lituânia), 44.30
24.º, Dmytro Sobchuk (Ucrânia), 44.38
25.º, Andrii Vodvud (Ucrânia), 44.39
26.º, Anton Radko (Ucrânia), 44.46
27.º, Michal Morvay (Eslováquia), 45.21
28.º, Ghassen Saidi (Tunísia), 45.29
29.º, Anthony Peters (E.U. América), 45.54
30.º, Pierre Vermaak (África do Sul), 45.54
31.º, Hélder Santos (Portugal), 46.05
32.º, Jonathon Lord (Nova Zelândia), 47.58
33.º, Jared Free (Nova Zelândia), 51.47
Desclassificados: Alan Yamil Flores (México), Arturs Makars (Letónia), Tyler Jones (Austrália), Yanis Souaber (França), Maksim Krasnov (Rússia), Denis Sergeev (Rússia), Brayan Fuentes (Colômbia) e Brian Pintado (Equador).
10 km juniores masculinos
1.º, Wenkui Gao (China), 39.40
2.º, Daisuke Matsunaga (Japão), 39.45
3.º, Nikolay Markov (Rússia), 39.55
4.º, Diego García (Espanha), 40.10
5.º, Jinzhu Jie (China), 40.46
6.º, Paolo Yurivilca (Peru), 40.47
7.º, Nathan Brill (Austrália), 41.07
8.º, Xiao Leng (China), 41.27
9.º, Ricardo Ortiz (México), 41.33
10.º, Muratcan Karapinar (Turquia), 41.46
11.º, José Luis Doctor (México), 41.47
12.º, Jesse Osborne (Austrália), 42.13
13.º, Manuel Bermúdez (Espanha), 42.29
14.º, Mahmoud Abdelfattah (Egipto), 42.59
15.º, Pablo Oliva (Espanha), 43.03
16.º, Miroslav Úradník (Eslováquia), 43.05
17.º, Jean Blancheteau (França), 43.10
18.º, Raouf Ben El Bahi (Tunísia), 43.23
19.º, Gregorio Angelini (Itália), 43.36
20.º, Daniele Todisco (Itália), 44.19
21.º, Yuki Kurumisawa (Japão), 44.27
22.º, Miguel Rodrigues (Portugal), 44.30
23.º, Martynas Jarusevicius (Lituânia), 44.30
24.º, Dmytro Sobchuk (Ucrânia), 44.38
25.º, Andrii Vodvud (Ucrânia), 44.39
26.º, Anton Radko (Ucrânia), 44.46
27.º, Michal Morvay (Eslováquia), 45.21
28.º, Ghassen Saidi (Tunísia), 45.29
29.º, Anthony Peters (E.U. América), 45.54
30.º, Pierre Vermaak (África do Sul), 45.54
31.º, Hélder Santos (Portugal), 46.05
32.º, Jonathon Lord (Nova Zelândia), 47.58
33.º, Jared Free (Nova Zelândia), 51.47
Desclassificados: Alan Yamil Flores (México), Arturs Makars (Letónia), Tyler Jones (Austrália), Yanis Souaber (França), Maksim Krasnov (Rússia), Denis Sergeev (Rússia), Brayan Fuentes (Colômbia) e Brian Pintado (Equador).
Por equipas
1.ª, China, 6 pontos
2.ª, Espanha, 17
3.ª, Austrália, 19
4.ª, México, 20
5.ª, Japão, 23
6.ª, Itália, 39
7.ª, Eslováquia, 43
8.ª, Tajiquistão, 46
9.ª, Ucrânia, 49
10.ª, Portugal, 53
1.ª, China, 6 pontos
2.ª, Espanha, 17
3.ª, Austrália, 19
4.ª, México, 20
5.ª, Japão, 23
6.ª, Itália, 39
7.ª, Eslováquia, 43
8.ª, Tajiquistão, 46
9.ª, Ucrânia, 49
10.ª, Portugal, 53
11.ª, Nova Zelândia, 65